Jornal GGN – Nas novas mensagens reveladas pelo El País em parceria com o Intercept Brasil nesta quinta (22), consta uma planilha, compartilhada nos chats de Telegram em 2016, sobre metas e ações que a força-tarefa queria tirar do papel entre 2017 e 2018. E um dos planos era se transformar em um “grupo de atuação nacional em corrupção”.
A reportagem do El País não expõe detalhes sobre quais tipos de acordos seriam feitos ou quem estaria incumbido de levar essa operação adiante. Também não está claro como a força-tarefa pretendia nacionalizar seus trabalhos.
Tratando-se de Lava Jato, há dúvidas: a operação queria forçar a investigação de casos que não estavam em sua jurisdição [as ações penais contra Lula são exemplos de que isso, de fato, já pode ter ocorrido], ou pretendiam compartilhar dados e modus operandi com outros núcleos do Ministério Público?
As mensagens de Telegram divulgadas até agora pela série da Vaza Jato denotam que os procuradores liderados por Deltan Dallagnol, todos de primeira instância, não tinham receio de extrapolar os limites do cargo que ocupam.
Há evidências de que eles incentivaram investigação até contra autoridades do Supremo Tribunal Federal, por exemplo.
Há ainda o caso do acordão feito pela Petrobras nos Estados Unidos, que garantiu à Lava Jato R$ 1,25 bilhão para gerir uma fundação de direito privado. As conversas de Telegram mostram que os procuradores de Curitiba não deixaram a Procuradoria Geral da República participar das negociações, e o acordo secundário, feito no Brasil entre a Petrobras e a força-tarefa, acabou suspenso pelo STF.
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Não tem a planilha inteira, ou pelo menos parte maior?
Na linha 15 (última) tem uma operação com a coluna meta escrito “Dilma”.