Líder do Hezbollah nega participação em ataque e pede fim de envio de petróleo a Israel

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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Ataque do Hamas contra Israel “foi 100% palestino na sua implementação, e a decisão foi 100% palestina”, disse

O líder do Hezbollah, Sayyed Hasan Nasrallah, se pronunciou pela primeira vez desde o início das escaramuças na Faixa de Gaza, Palestina. Foto: Reprodução/vídeo reproduzido pela Sepa Más

O líder do Hezbollah, Sayyed Hasan Nasrallah, concedeu nesta sexta-feira (3) o seu primeiro discurso após quase um mês do início dos bombardeios, cerco e invasão da Faixa de Gaza e Cisjordânia, na Palestina, por Israel, ato contínuo e em resposta ao ataque terrorista do grupo Hamas, no último dia 7 de outubro.

Milhares de pessoas reuniram-se na capital do Líbano, Beirute, para ouvir o discurso bastante aguardado. Nasrallah exigiu “isolar Israel de tudo”, ao mesmo tempo que apelou aos árabes para pararem de fornecer petróleo ao país.

No início do seu discurso, Nasrallah apresentou as suas condolências às famílias dos membros do Hezbollah, a outros grupos que lutam contra Israel e aos civis mortos em combate. 

Ele também agradeceu às forças iraquianas e iemenitas que agiram para defender os palestinos na Faixa de Gaza.

Nas suas palavras, um evento importante era necessário “para devolver a questão da Palestina ocupada a uma prioridade no mundo”.

Desmente participação em ataque do Hamas 

Além disso, indicou que o ataque que o Hamas realizou em 7 de outubro contra o território israelense “foi 100% palestino na sua implementação, e a decisão foi 100% palestina”. 

Nasrallah afirmou que a guerra marcou “uma nova fase histórica contra o inimigo e no destino do povo palestino”.

Para ele, o conflito mostrou “a fraqueza de Israel”, destacando que os Estados Unidos (EUA) “correram” para ajudar o país. “Os EUA conduzem a guerra em Gaza e devem pagar o preço”, disse ele.

Dois objetivos a alcançar

Na sua opinião, a guerra atual é “uma batalha decisiva e histórica” sem precedentes. Neste contexto, destaca dois objetivos que devem ser alcançados agora: parar a guerra em Gaza e alcançar a vitória do Hamas.

Ao mesmo tempo, destacou a necessidade de enviar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. “A ajuda atual não é suficiente. É uma gota no oceano”, declarou.

Com informações da Agência RT e Al Jazeera

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