Lula: “Só é possível fazer Frente agora em cima de programa de governo”

"Não é falta de tentativa. Cada um [partidos] está com o horizonte em 2022, é difícil", diz Lula sobre Frente Ampla contra Bolsonaro

Jornal GGN – Em entrevista a youtubers e blogueiros de esquerda, o ex-presidente Lula disse que uma Frente Ampla contra Jair Bolsonaro é difícil de sair do papel porque partidos e políticos que discutem a iniciativa não convergem sobre o chamado “dia seguinte”.

Enquanto o PT defende nova eleição após a saída de Bolsonaro, outras lideranças são a favor de movimentos que não alteram essencialmente a polícia econômica do governo federal.

“Só é possível fazer frente agora em cima de um programa de governo. Porque muita gente que tem uma frente contra Bolsonaro não quer impeachment. Ora, se a pessoa não quer impeachment, não quer mudança na política econômica, você vai criar uma frente em torno do quê?”, questionou Lula.

“Tirar o Bolsonaro e por Mourão? Tirar o Mourão e botar o Guedes? O ideal é que você tivesse uma Frente que conseguisse fazer impeachment do Bolsonaro e depois fizesse eleição direta do presidente da República e concorresse quem quisesse concorrer. Isso é uma Frente”, definiu Lula.

O petista defendeu que após o impeachment, o Congresso deveria se debruçar sobre uma proposta de emenda constitucional para viabilizar a eleição direta logo após o processo de afastamento. Hoje, a lei diz que o impeachment alça o vice-presidente ao poder.

Segundo Lula, a Frente Ampla não sai não por “falta de tentativa”, mas porque “cada um [partidos políticos] está com o horizonte em 2022, é difícil. Vamos ver se a situação política nos obriga a fazer o que a gente precisa fazer.”

Assista:

 

Redação

8 Comentários

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    1. PauloDantas: politicamente falando, segundo MillôrFernandes, no Brasil “ninguém é culpado, pois todos são cúmplices”. Cristalino, como água na fonte…

    2. “Após o impeachment, o Congresso deveria se debruçar sobre uma proposta de emenda constitucional para viabilizar a eleição direta logo após o processo de afastamento”. É isso mesmo? Impeachment de Bolsonaro mas o vice não assume, e 3/5 do congresso convocam eleições gerais? Isso tem sentido? Só há um caminho q é a impugnação da chapa este ano ainda é seguir a Constituição: eleições. Onde está a mobilização do PT? O PT é um cadáver na sala, que emperra a luta da esquerda. PT permitiu Baruscos e Paloccis. O povo não perdoa q tem o Estado como maior instrumento e não respeita o Estado. O PT é um amontoado de pessoas com mandato ou que ocupam cargos em governos e na estrutura partidária. PT aponta o passado glorioso. Mas não o q não temos é futuro..

  1. Nassif: tem muita gente descendo o pau no SapoBarbudo (principalmente CoronelCiro) por não aderir a FrenteAmpla, contra TenenteJair e seus palacianos fardados. Até a FadinhaDaMata deixou seu TãotãoDistanteFeudo pra falar mal do desafeto figadal (juro que nunca entendi tanto ódio). A EsquerdaFestiva, por exemplo, estava abalada e indignada. Lógico, a grande mídia, prá variar, abafou o caso. Aos poucos o MelianteOperárioNordestino, com maestria, vem mostrando à galera que o buraco é mais em baixo. O Judiciário, braço legal da Elite, esticando o balcão de jurisprudência com AulasMagnas a peso de ouro. Os VerdeSauvas, com sua inutilidade secular, sempre baioneta em riste e bala na agulha, na defesa dos interesses do Formigueiro (e parentes e amigos), vociferando fórmulas políticassociais das quais nem o VelhoMundo se lembra, promete “freio de arrumação” pra encaixar seus protegidos. Nos bastidores a dupla Waldemarzinho/JeffersonX-9 (pontas do iceberg Centrão) sonham com os velhos tempos, as FarrasDoBoi à dedeu. Essa novela NoveDedos conhece de cor e salteado. Conhece a inercia da massa e o poder de manobra da Elite. Por isto repete que esse papo de Frente e coisa de boiola, que não tem o que fazer e fica inventando futricas pras comadres avivadas. Só espero que, retomando ele o comando em Pindorama (ele ou seu indicado), não esqueça que sem demolir a Bastilha e afastar os guardiões do Quintal onde moramos terá que, quando muito, dar biscoitos ao Povão…

  2. O maior problema do Brasil é a abominável política econômica “pinochetista” de Paulo Guedes e sua turma, que coincide em quase tudo com a defendida pelo PSDB, DEM e caterva. Hipocritamente, criticam Bolsonaro, defendem uma suposta democracia em que tudo permaneça como está. O povo brasileiro (maioria, das classes B, C, D e dai para baixo) só pode concordar com tal abominação se for muito burro, além de masoquista. A parcela superior da classe A só olha para seu próprio umbigo, se julga “elite” sem ter nada de melhor além da renda que a minoria realmente rica (o poder permanente) lhe permite para atuar com sua capataz. Quem quiser que esteja “junto” a esse pessoal alimentando a hipocrisia. E Lula tem toda razão na sua posição crítica ao “faz de conta”. Amplitude tem limites.

  3. Em entrevista hoje na CNN, Ciro Gomes esclareceu suas três condições para uma Frente Ampla: (1) proteger vidas; (2) proteger empregos; (3) proteger a Democracia. Para isso, fomentar uma unidade a mais ampla possível sem qualquer tipo de restrição.
    As divergências serão necessariamente tratadas em seguida.
    Penso que quem cria obstáculos à formação da Frente Ampla é aliado tácito de Bolsonaro.

  4. Bolsonaro não é esta lástima que é, apenas por causa de sí mesmo. Ele tem suas características altamente destrutivas, mas há algo muito mais destrutivo contra o país e contra o povo brasileiro. E isto é o programa a cargo do Paulo Guedes. Pouco adianta defenestrar o Bolsonaro para substituí-lo pelo Mourão ou outro que vá manter o mesmo programa e política ultra-liberal que devasta as riquezas do país e as condições de vida do povo. Mesmo a criminalidade do mito, dos ministros e aliados, da familia e da milicia, apesar do potencial de maldade contra o país e o povo, não é o pior. Contra tudo isto a Globo segue batendo, tentando recuperar a sua credibilidade, depois de ter sido o principal cabo eleitoral do Bolsonaro, junto com a operação louvajeca. O que a Globo e muitos arrependidos de terem votado no Bolsonaro, e que aceitam entrar na frente ampla, o que querem é tirar este incômodo chamado Bolsonaro, mas manter a política do Guedes, contra a qual nem a Globo nem os arrependidos se insurgem.

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