Lula trabalha por alianças com MDB em todo o Nordeste

PT vê possibilidade de apoio em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí nas eleições de 2022

Retrato de Lula apontando o dedo para um interlocutor
Foto: Ricardo Stuckert

Líder nas pesquisas para a eleição presidencial de 2022, o ex-presidente Lula (PT) está trabalhando na costura de alianças com o MDB em todo o Nordeste. A informação é do senador Humberto Costa (PT), que conversou com o jornalista Luis Nassif na última segunda (21), em entrevista veiculada no canal no GGN no Youtube (inscreva-se gratuitamente clicando aqui).

É possível que tenhamos apoio do MDB de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Não é pouca coisa. Lula está trabalhando nessas articulações”, disse Costa.

Segundo Costa, pesquisas mostram Lula liderando com mais de 60% das intenções de voto na maioria dos estados no Nordeste. A região é onde o PT tem mais apelo popular. No Sul do País, o partido tem a missão de construir palanques fortes para receber o ex-presidente em territórios mais afeitos ao bolsonarismo.

O PT conseguiu formar federação com o PCdoB e o PV, mas a participação do PSB não saiu apesar as negociações e concessões feitas pelo PT – como em Pernambuco, por exemplo, resultando na saída da deputada Marília Arraes do PT. Ela agora disputará o governo estadual pelo Solidariedade.

“O PSB quer apoiar o PT na Paraíba, onde ele tem um governador. Apoia Lula no Rio de Janeiro, e tudo indica que vai apoiar no Espírito Santo, no Maranhão e em vários outros estados onde eles não têm candidatos majoritários”, comentou Costa. Em São Paulo ainda há um impasse, com possibilidade de PT e PSB lançarem candidatos próprios, com Fernando Haddad e Márcio França, respectivamente.

Lula também trabalha para conquistar apoio do PSD de Gilberto Kassab em alguns estados. O partido estaria cortejando Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, para ser o presidenciável. Nesta semana, porém, Leite sinalizou que ficará no PSDB, rachando a militância tucana ao divergir da pré-candidatura presidencial de João Doria.

Em Minas Gerais, a intenção do petismo é fechar com Alexandre Kalil (PSD), mas há conversas com o PSB. O prefeito de Belo Horizonte renunciou nesta semana para concorrer ao governo estadual. “A grande questão é que o PSD tem hoje dois senadores. O PSB de Minas está considerando que terá candidato ao governo e ao Senado. E o PT quer a vaga do Senado. Na composição mais ampla, nós incluiríamos alguém. Então existe esse impasse, que não sabemos como será resolvido, mas será. É importante para Lula e Kalil.”

“No Sul, estamos tentando construir palanques fortes. No Paraná teremos situação de empate técnico entre Lula e Bolsonaro. Santa Catarina é o Estado mais bolsonarista do Brasil. Se Dario Berger [que se filiou nesta semana ao PSB, junto com Geraldo Alckmin] for o candidato a governador, terá apoio de Lula. Se não for possível, o PT vai montar o próprio palanque, provavelmente com o ex-deputado Décio Lima.”

Redação

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