Durante ato de filiação de Geraldo Alckmin nesta quarta (23), o PSB reafirmou, através de caciques como o presidente nacional Carlos Siqueira, a intenção de lançar Márcio França ao governo de São Paulo, mesmo com pesquisas eleitorais indicando que Fernando Haddad (PT) é hoje o pré-candidato do campo das esquerdas com mais condições de vencer a eleição no Estado.
Alckmin é o provável vice de Lula na disputa federal, mas PT e PSB não conseguiram chegar a um acordo para formar uma federação em 2022, justamente por causa das disputas locais.
Alckmin, que já prometeu fazer campanha com Haddad no interior de São Paulo, minimizou a falta de consenso entre as siglas, as disputas entre aliados e palanques divididos em vários estados.
Incitado a revelar sua “opinião pessoal” sobre qual deveria ser o desfecho em São Paulo, Alckmin, diferentemente da cúpula do PSB, ficou em cima do muro.
Ele disse que França tem experiência como prefeito, vice e governador, e “pontua muito bem nas pesquisas”. Mas ressalvou que “a decisão não é agora, é mais à frente.”
Alckmin disse que a decisão entre França ou Haddad será das instâncias partidárias, e defendeu que assim seja, pois ele acredita “nos partidos políticos e em diminuir o personalismo.”
FRANÇA USA ANTIPETISMO CONTRA HADDAD
Horas antes do evento com Alckmin, durante entrevista à GloboNews, França argumentou que o antipetismo em São Paulo pode prejudicar a candidatura de Haddad, que apareceu com 38% das intenções de voto em pesquisa Genial/Quaest de fevereiro.
França alegou que Haddad tem chances de bater de frente com Tarcísio de Freitas, ministro e candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo.
Na visão de França, Lula é popular “da Bahia para cima”; nas regiões Sul, Centro e Sudeste, a chapa Lula-Alckmin precisaria ter flexibilidade e subir em palanques para além do PT.
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