Ministro que acha que não teve golpe quer investigar juízes que acham que teve

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: CNJ
 
 
Jornal GGN – Mônica Bergamo resgatou uma entrevista que coloca em xeque o voto do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, em favor da investigação de quatro juízes que protestaram contra o impeachment de Dilma Rousseff. A jornalista mostrou que assim como fizeram os juízes, Noronha também se manifestou sobre o processo contra Dilma. Só que a favor dele, ao alegar que não foi golpe.
 
Corregedor do Conselhor Nacional de Justiça (CNJ), Noronha “também fez declarações públicas, em 2016, sobre o afastamento da então presidente do cargo. Com uma diferença: eles diziam que o afastamento era ‘golpe’. O magistrado afirmava, em entrevistas, o contrário: ‘Não é golpe de modo algum.'”
 
A jornalista deixou no ar que Noronha diz uma coisa e faz outra. Ele também “opinou, na época, sobre as manifestações em relação ao governo. ‘Uma [a favor de Dilma] é induzida, organizada. A outra [que pregava o impeachment] é natural.'”
 
Além de se posicionar a favor do impeachment, o ministro “homenageou o então presidente interino Michel Temer com um jantar em sua casa, em Brasília, que reuniu ministros do STJ, do STF (Supremo Tribunal Federal) e os tucanos José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).”
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. Sabem aquela “vem de berço”?

    Algumas delas não.

    “Além de se posicionar a favor do impeachment, o ministro “homenageou o então presidente interino Michel Temer com um jantar em sua casa, em Brasília, que reuniu ministros do STJ, do STF (Supremo Tribunal Federal) e os tucanos José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG).”

    Hummmmmmmmmmmm

    “Juiz brasileiro… pust” (Chico)

    Por favor sr. juiz, repita a frase: “Me envergonho de ter algumas lideranças políticas que o país tem. “

  2. O juiz é cidadão antes de ser

    O juiz é cidadão antes de ser juiz. Pode e deve exercer essa cidadania nos limites das normas legais. O que não deve e não pode fazer é usar o poder jurisdicional contra quem não é da sua preferência política e ao mesmo tempo refestelar-se em eventos de adversários daquele. Os exemplos estão aí e são conhecidos. O que o magistrado não deve fazer, isto sim, é exercer a jurisdição “ad hoc”, para fortalecer certo interesse político ou desfavorecer outro. O STF, que a Carmen Lúcia preside, é useiro e vezeiro em afirmar algo num caso e o contrário em outro igual. Estão aí o mensalão do PT e o do PSDB, o Delcidio e o Aécio. É sabido que o STF impediu Lula de ser ministro de Dilma. E nas mesmas circunstâncias, o STF permitiu Moreira Franco ser ministro de Temer. O descrédito nas instituições da Justiça na sociedade é flagrante e o STF, então, desmoraliza-se a todo instante. Moro, entre outras, cometeu ilegalidade flagrante com vazamento direcionado politicamente. O STF, em manifestação de Teori Zavascki, reconheceu a ilegalidade e não deu consequência disciplinar ao caso. Os magistrados que se manifestaram contra o golpe responderão a procedimentos disciplinares. E os muitos que se manifestaram a favor? Podia? Como querem credibilidade na sociedade se os ministros do STF, certos órgãos e agentes do Poder do Estado não a inspiram com suas condutas?

  3. O ministro João Otávio de

    O ministro João Otávio de Noronha deveria ter um minimo de vergonha na cara – golpista de primeira hora que ele sempre foi, abrindo a casa dele para os maiores bandidos do Pais ou Aécio Neves, José Serra e sua filha lavadeira e Michel Temer são o quê ? Juiz honrado não se mistura com politicos promiscuamente, muito menos com a quadrilha que se locupletou com o Pais.

  4. Máfia maçonaria tucana dos inférno! Tomaram os 3 poderes e tudo+

    Esses juízes que sabem que foi um golpe de estado, como todo brasileiro normal, estão sofrendo por não terem movido ações contra os juizes golpistas! Os juizes golpistas, espertamente, mesmo tardiamente, estão agora tratando de sairem na frente criminalizando processualmente os inertes não golpistas. Isso vale para todas as instituições, corporações, órgãos, poderes etc etc etc… onde os não golpistas, calados estão causando grande prejuízo à nação, bem como a eles próprios que já já poderão a sofrerem consequências do tipo dessa atitude do golpista criminoso  joão otávio de noronha.

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  5. É a “justiça” brasileira se

    É a “justiça” brasileira se esforçando para expurgar os juízes que ainda respeitam as leis brasileiras, para deixar no lugar somente os “juízes” criminosos como Moro e agora este Noronha.

    Vocês só se livram disso com revolta armada.

  6. Partidarismo político dentro

    Partidarismo político dentro do Conselho Nacional de Justiça, praticado pelo Ministro que o fez a FAVOR DO GOLPE, quer investigar outros juízes que se manisfestaram contra o Golpe!. Se a justiça brasileira prestasse, tivesse alguma vergonha  na cara, começaria por esse Minsitro do CNJ!!

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