MP diz que divergência política motivou assassinato do petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Antes de atirar em Marcelo Arruda, o bolsonarista Jorge Guaranho disse: "petista vai morrer tudo"

O Ministério Público do Paraná convocou a imprensa na tarde desta quarta-feira, 20, para informar que o policial penal Jorge Guaranho será denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil. O MP divergiu do entendimento da Polícia Civil ao apontar que a motivação do crime foi divergência política.

Segundo a apuração do MP, antes de entrar atirando na associação onde o guarda municipal Marcelo Arruda fazia sua festa de 50 anos com decoração lulopetista, Guaranho disparou: “petista vai morrer tudo”. Para os promotores, isso indica que a motivação do assassinato de arruda foi por “preferência político-partidárias antagônicas”.

No inquérito da Polícia Civil, a delegada Camila Cecconello concluiu que não houve motivação política para o crime porque, segundo ela, Guaranho matou Marcelo por ter se sentido “humilhado” com a hostilidade que sofreu quando passou pelo local da festa de carro pela primeira vez, provocando o aniversariante e os convidados. A delegada qualificou o motivo como “torpe”.

Apesar da divergência entre MP e Polícia Civil, a pena para Jorge Guaranho segue a mesma: pode variar de 12 a 30 anos de prisão, a depender dos agravantes. O MP informou que ainda há perícias e informações para anexar aos autos.

O promotor Tiago Lisboa Mendonça defendeu que não existe no ordenamento jurídico nenhuma tipificação penal adequada para o caso específico. Segundo ele, a lei agrava homicídios praticados por preconceito de cor, raça, etnia, religião ou procedência nacional, mas não há analogias para caso envolvendo política.

Antes de morrer, Marcelo Arruda – que era tesoureiro do PT – conseguiu atirar no policial bolsonarista, que acabou internado após o episódio. Guaranho recebeu alta nesta semana.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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