MP indica que Flávio sabia de tudo, e senador pede HC preventivo

MP tem indícios de que Queiroz prestava conta do esquema aos "superiores"; HC preventivo está nas mãos de Gilmar Mendes

Jornal GGN – É destaque em O Globo desta quinta (19) que o senador Flávio Bolsonaro é suspeito, para o Ministério Público, de saber de todo o esquema de rachadinha que acontecia em seu gabinete, quando ele era deputado pelo Rio de Janeiro.

Hoje senador, Flávio é investigado no chamado “caso Queiroz”. E, de acordo com o Estadão, já apresentou ao Supremo Tribunal Federal, na noite de quarta (18), um pedido de habeas corpus preventivo contra eventual pedido de prisão. O recurso está em sigilo e caiu nas mãos de Gilmar Mendes, diz o jornal.

Segundo O Globo, ao pedir a nova rodada de buscas e apreensões em endereços ligados a Flávio, nesta semana, o Ministério Público sustentou que Fabrício Queiroz não atuava “sem conhecimento de seus superiores hierárquicos”.

Há uma evidência forte nesse sentido: uma conversa entre Queiroz e Danielle Mendonça, suspeita de ser funcionária fantasma, e ex-esposa do miliciano Adriano Nóbrega – que também recebia dinheiro do esquema.

No diálogo, obtido pelas autoridades, Queiroz revela que prestava contas dos recursos aos superiores e, para isso, guardava os contracheques mensais, aos quais não estava tendo acesso naquele mês por estar de férias.

“Fabrício Queiroz não agiu sem o conhecimento de seus superiores hierárquicos como alegou sua defesa nos autos do Procedimento Investigatório Criminal, pois o próprio revelou para Danielle Mendonça que retinha contracheques para prestar contas a terceiros sobre os salários recebidos pelos ‘funcionários fantasmas’ e os percentuais retornados (‘rachadinhas’) à organização criminosa”, escreveram os procuradores.

Ainda na visão do MP do Rio, Flávio lavava o dinheiro que levantava com o esquema de rachadinha – quando os funcionários não trabalham de fato, e devolvem parte do salário ao gabinete – comprando imóveis, para enriquecimento pessoal.

Redação

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