
Diante da falha de segurança que levou à invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional por bolsonaristas radicais, o governo federal negociou com governadores de estados do Nordeste o envio de tropas para ajudar a conter os ataques terroristas.
Ainda na noite de domingo (8), agentes das forças de segurança do Ceará – governado por Elmano de Freitas (PT) – embarcaram rumo à capital federal. A cooperação com os estados foi anunciada pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, ao lado do ministro Flávio Dino, da Justiça, após Lula decretar intervenção federal na segurança do DF.
O governo do Rio Grande do Norte, sob a governadora reeleita Fátima Bezerra (PT), também enviou tropas para auxiliar o governo Lula a controlar o levante golpista. Um efetivo do grupamento choque da Polícia Militar do Piauí também embarcou na manhã desta segunda (9) no avião da Força Aérea Brasileira.
O apelo aos estados se tornou necessários depois que policiais e militares do Distrito Federal terem permitido a invasão de bolsonaristas à sede dos Três Poderes, na tarde de domingo (8).
Em coletiva de imprensa, Dino admitiu que a “infiltração” de ideologia bolsonaristas nas polícias militares propiciou as cenas que chamaram atenção do mundo todo.
“Há sim, objetivamente, preferência ideológicas nas instituições atrapalhando o cumprimento de deveres funcionais”, disse o ministro. “Houve deficiência de planejamento e, infelizmente, mais uma vez, vemos essa infiltração perversa de ideologias exóticas nas instituições brasileiras”, acrescentou.
Nove estados do Nordeste à disposição de Lula
O Consórcio Nordeste emitiu uma nota manifestando repúdio ao terrorismo bolsonarista. A organização que reúne os nove governadores do Nordeste se comprometeu a ajudar “na reconstrução de nossa democracia e retomada do pleno controle da segurança pública no Distrito Federal.”
“Afirmamos também que as forças de segurança dos governos dos nove estados do Nordeste estão integralmente à disposição do Governo Federal para o restabelecimento da lei e da ordem.”
O Consórcio defendeu “punição a todos os envolvidos, tanto os invasores quanto os seus financiadores e articuladores, assim como a servidores públicos que eventualmente tenham sido negligentes em suas funções.”
O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha. Antes disso, Ibaneis havia exonerado o secretário de segurança, o bolsonarista Anderson Torres, que estava de férias nos EUA enquanto Brasília era palco de terrorismo.
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Em boa hora. E as tropas do nordeste não deverão contemporizar.