O pior sinal dado pelo novo Ministro da Educação Milton Ribeiro não foi sua defesa do criacionismo, nem da pedagogia da palmatória, mas a indicação do Secretário Executivo, funcionário concursado da Controladoria Geral da União (CGU).
A CGU foi o principal instrumento dos governos Temer e Bolsonaro para intimidar as universidades. Foi o órgão que impôs o corregedor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pessoa com histórico de desequilíbrio, que montou a denúncia contra o reitor e professores, na operação que levou ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier. Transformou pedido de informações do reitor em tentativa de obstrução da Justiça. E a PF, comandada pela delegada Erika Marena vazou para a imprensa que a acusação era de corrupção.
Na mesma época, a CGU prosseguiu na guerra ideológica, conferindo-se o poder de analisar o currículo da Universidade Federal do ABC, para um curso ministrado aos Sem Terra, dentro de um convênio com o INCRA.
Foi também o órgão responsável pela operação infame da Polícia Federal contra a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em cima de denúncias vagas sobre o Memorial da Democracia.
Conforme anotou a UFMG, em seu site:
“Todas as instituições federais de ensino superior encontram-se amedrontadas e atemorizadas com os constantes riscos de prisões e conduções coercitivas de servidores e gestores, da busca e apreensão de documentos, sem os devidos processos legais e respeito a princípios como ampla defesa e contraditório. Mas do que isso, muitos dos projetos em desenvolvimento sofrem descontinuidade por conta da suspensão de contratos e convênios, fruto do irreparável prejuízo à imagem institucional”.
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Enquanto isso, cientistas e analistas politicos se entretém com a separação do governo em “alas”, “ideológica”, “racional”, “pragmática”, “olavistas”, “militares”…
Haja textão!
Ou seja; apenas mais um do estoque interminável de estrumes deste desgoverno.