O calendário do futebol brasileiro em 2015
Por Luis Filipe Chateaubriand
Do Bom Senso Futebol Clube
Tem-se preparação, mas se tem também o mesmo número de jogos em menos tempo
O calendário do futebol brasileiro de 2015 é dotado de quase todos os vícios de calendários de temporadas anteriores. A única melhoria implantada, aparentemente, é a adoção de uma pré temporada de 25 dias, ao invés dos cerca de dez dias habituais.
No entanto, constate-se que, como em 2014, um clube pode fazer, em tese, até 84 partidas oficiais ao longo da temporada (38 pelo Campeonato Brasileiro, 24 pelo conjunto Libertadores / Sulamericana / Copa do Brasil, 19 pelos Estaduais / Regionais, dois pela Recopa Sulamericana e um pela Copa Suruga; dessa vez, a Recopa Sulamericana e a Copa Suruga não contarão com clubes brasileiros, mas, ainda assim, o número de jogos oficiais de um clube brasileiro pode ir a 81).
Significa que, se há pré temporada maior, mas o número de jogos que se pode fazer é o mesmo, comprime-se o mesmo número de jogos por um tempo menor. Tem-se preparação, mas se tem também o mesmo número de jogos em menos tempo. Trocou-se seis por meia dúzia.
De resto, o que vemos?
• A não adequação ao modelo de calendário europeu, o que faz com que os clubes não possam excursionar na época propícia para enfrentar as grandes forças europeias.
• Várias rodadas de competições locais, menos importantes, jogadas aos finais de semanas, com várias rodadas do Campeonato Brasileiro, mais importante, jogadas em meios de semanas.
• Clubes jogando de forma simultânea às seleções, como acontecerá na época da Copa América, o que faz com que jogadores atuem sem seus principais destaques, cedidos à Seleção Brasileira, e cria concorrência entre atividades de clubes e atividades de seleções.
• Clubes grandes podendo fazer mais de 80 partidas oficiais por ano.
• Centenas de clubes pequenos podendo fazer menos de 20 partidas oficiais por ano, ao longo de menos de quatro meses.
• Estaduais com número de datas extremamente alto, estorvando toda a organização da estrutura.
Na batalha para se ter um bom calendário no futebol brasileiro, continuamos perdendo de goleada, de 7 x 1… mais um gol da Alemanha!
*Luis Filipe Chateaubriand é Membro do Bom Senso Futebol Clube e Autor da Obra “Um Calendário de Bom Senso para o Futebol Brasileiro”
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nem gosto disso
Não assisto a programação do PIG (partidária imprensa gatuna),
Mas, me ocorre uma questão:
Continuará a tv plimplim (ééca!) mandando no horário dos jogos e decidindo quais jogos serão televisados?
-Ligas estaduais com
-Ligas estaduais com divisões de 12 times o ano todo, com turno e returno, pontos corridos, e copas estaduais abertas (tipo FA cup) que durem o ano todo;-Libertadores para todo o continente americano, porém com primeira fase regional (onde o Brasil seria uma dessas regiões) e fase final em mata-mata com 8 times;-Melhores de cada estadual classificam-se a mata-mata regional em 4 datas (campeonatos regionais-RJ/SP, Nordeste etc);-Campeões/melhores nos regionais na fase de grupos da libertadores/brasileiro (8times);-Campeões das copas e das ligas, que não tenham ganhado seus regionais, mais o melhores nos estaduais mais bem colocados no ranking das ligas em fase-preliminar da libertadores/brasileiro (64 times, para classificarem 8)-Brasileiro (fase regional da libertadores, porém dando o título nacional ao seu campeão) em 4 grupos com 4 times, classificando os vencedores dos grupos a semi-final e posteriormente a final. Teríamos estaduais valorizados, valendo vaga no brasileiro, torneios regionais em tiro curto e valendo vagas em fase avançada do brasileiro, brasileiro emocionante, concorrido e acessível.Calendário enxuto, porém para todos, e com a divisao correta dos patrocínios dos campeonatos e das cotas de tv, melhores condições de concorrência aos pequenos…