O excludente de irresponsabilidade do general Pazuello, por Luis Nassif

Sua alegação é que houve um mês de campanha eleitoral sem nenhum impacto sobre a pandemia, logo o isolamento não seria necessário. Todas as indicações são de uma volta da curva de crescimento do Covid-19.

Agência Brasil

O depoimento do Ministro da Saúde, general Pazuello no Congresso representou uma versão de terraplanismo com isenção de responsabilidade. Seu argumento contra o aumento do isolamento é uma demonstração maiúscula de que não aprendeu nem o óbvio sobre a pandemia.

Uma das obviedades é que há uma defasagem entre o relaxamento do isolamento é o aumento de novos casos; e entre o aumento de novos casos e o aumento de óbitos.

Sua alegação é que houve um mês de campanha eleitoral sem nenhum impacto sobre a pandemia, logo o isolamento não seria necessário. Todas as indicações são de uma volta da curva de crescimento do Covid-19.

Não foi o único excludente de irresponsabilidade praticado por ele no depoimento. Para se defender do abandono dos estoques de testes, minimizou sua relevância. Segundo ele, o único diagnóstico que vale é a consulta médica. Não conseguiu entender até agora que, mesmo não sendo 100% seguro, o teste é o primeiro passo para a identificação da contaminação.

Luis Nassif

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Meu Deus! O que fizeram com as escolas de oficiais militares deste País? Que safra de generalecos de baixo estrato cultural e intelectual e insensibilidade é esta? Vou voltar a ler Euclides da Cunha… Pelo menos, em Os Sertões, o escritor fala de oficiais sábios, estrategistas e patriotas. Mesmo com o malogro da campanha militar contra Antonio Conselheiro.

    1. Alguém pode me explicar o motivo para que o Exército Brasileiro tenha que ter mais de 240 generais? Generais para comandar o quê? Nem tropas numerosas temos direito, para enfrentar qualquer inimigo! Pensaram em atacar a Venezuela para criar uma porta de entrada ao exército norte-americano. Se cagaram… Não tem como manter uma batalha por mais de um dia! Então, serve para o quê, mesmo?

  2. Além da total falta de nexo. Se eles, os cloroquinistas, defendem que o “melhor tratamento” é a descoberta precoce da infecção, para iniciar o tratamento refugado pelo mundo todo com remédios para malária, vermes e vento no ânus, a melhor forma de identificar precocemente é através dos testes que o gestor de almoxarifado deixou estragar-se ajudando a trazer um prejuízo milionário aos cofres públicos.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador