Jornal GGN – Um estudo da Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), divulgado neste domingo (12) pela Folha de S. Paulo, mostra que o pacote de medidas econômicas anunciado pelo governo Bolsonaro contra o impacto do coronavírus não é suficiente. Se não apostar mais em transferência de renda para compensar o corte na renda e o desemprego, Bolsonaro dobrará a dimensão da crise.
De acordo com a reportagem, mesmo diante do que já foi sancionado pelo governo, a crise do coronavírus “deixará até 12,6 milhões desempregados e provocará contração recorde de quase 15% na renda dos trabalhadores.”
A “destruição de empregos, no Brasil e em outros países, não será comparável a nenhuma outra recessão dos últimos 40 anos.”
No cenário considerado que os pesquisadores consideram “mais factível” de acontecer nos próximos meses, a retração do PIB será de 3,4% e de 6,7% nas horas trabalhadas e na população ocupada. Serão 6 milhões de empregos a menos. O desemprego terminaria o ano no patamar recorde de 17,8%, ante 11,6% no primeiro trimestre do ano.
Num cenário ainda mais pessimista, a crise no setor de serviços levaria o desemprego para 23,8%, com 12,6 milhões de novos desempregados no país.
“Estou menos preocupada com PIB e mais preocupada com renda. O choque de emprego não tem como evitar. Já observamos em outros países. A questão é dar compensação de renda para amenizar esse choque severo”, disse a pesquisadora Silvia Matos.
Nas redes sociais, Bolsonaro reagiu mal ao estudo publicado pela Folha. “Esse jornal apoiou ações daqueles que destruíram empregos, e agora quer culpar o Presidente da República das consequências”, disse.
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As dores da crise sanitária virá muitos antes, das dores da depressão econômica, este pode ser o ponto decisivo para a derrubada do governo eleito em 2018.
O governo federal tem diante de si duas enormes crises para enfrentar, mas não tem as respostas para nenhuma delas.
Na crise sanitária já perdeu o protagonismo para os governadores, e será quase impossível se recuperar, mesmo que de agora em diante de um ” cavalo de pau ” ou uma “guinada de 180 graus”, dificilmente conseguirá retomar o protagonismo ou deixar de ser considerado de ser o grande culpado por tantas mortes que se anunciam.
Além a resposta da atual crise sanitária está na ciência e nas pesquisas científicas, que o governo eleito vem negando, inclusive com a significativa redução das verbas públicas.
A crise econômica, que não poderá ser resolvida,sem antes terminar a atual crise sanitária, o governo não tem as respostas necessárias, e tudo que fizer irá aprofundar ainda mais a crise econômica e caminharemos para uma depressão econômica, que poderá derrubar não só o governo eleito em 2018, como o próprio capitalismo.
As dores da crise sanitária virá muitos antes, das dores da depressão econômica, este pode ser o ponto decisivo para a derrubada do governo eleito em 2018.
O número de desempregados sempre foi muito maior do que se tem divulgado. Como acredito no cenario pessimista dada a incapacidade gerencial dos que por ora habitam Brasilia, poderemos sim atingir a taxa de 23,8%, mas com menos novos desempregados que 12,6 milhões citados, devido ao aniquilamento da taxa real por parte do desgoverno.
Mas o pior está por vir.
Como a grana qie o desgoverno vem liberando é dinheiro nossa mesmo (PIS, FGTS, etc.), ao ficar desempregado o cidadão estará sem folego financeiro,.e neste cenário de precarização dos direitos trabalhistas a negociação entre empregador e empregado irá gerar aquele famoso contrato CARACU, onde o empresario entra com a CARA e o trabalhador com o resto.
A postagem de Bolsonaro começou muito bem com o “Esse jornal apoiou ações daqueles que destruíram empregos” (faltou inserir o: desde antes da famigerada lavajato) – ainda que vinda de quem apoiou o impedimento de uma presidente, por base em ter sido torturada por um ídolo seu. Mas mostra que ele não tem a menor noção de que a cadeira presidencial, onde caiu de paraquedas, é lugar de poucos louros e de muitos desagrados, principalmente de acordo com a (in)competência de quem senta nela.