Na segunda-feira (1º), a Justiça absolveu o sargento André da Silva e o soldado Danilton da Silva. Eles eram acusados de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou defesa da vítimas.
A maioria do júri do Fórum Criminal da Barra Funda, à oeste da capital paulista, inocentou os PMs.
A abordagem ocorreu no bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, em junho de 2021. Vídeo que registrou a ação viralizou nas redes sociais. Assista:
Nele, é possível ver os dois oficiais atirando contra as vítimas, que eram suspeitas de roubo. Felipe Silva tinha 23 anos e foi alvejado por 27 disparos, enquanto Vinicius Procópio, de 19 anos, sofreu 23 tiros.
À época, os agentes tiveram prisão preventiva decretada pela Corregedoria da Polícia Militar por fraude processual. Os PMs teriam mentido no depoimento que deram ao Tribunal Militar.
Antes do julgamento, o Ministério Público havia denunciado os policiais por supostamente terem plantado duas armas na cena do crime. Porém, a acusação foi negada pela Justiça.
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Após a decisão vinda do Fórum, os agentes foram soltos.
Versão da PM
Segundo André e Danilton, Felipe e Vinicius teriam roubado pertences indivíduos em um Peugeot Griffe. Assim, supostamente fugiram em um Chevrolet Ônix, que parou ao bater em um poste de iluminação e um Honda Fit. Esse seria o momento registrado no vídeo.
Na perseguição, os policiais alegam que receberam tiros e por isso reagiram, em legítima defesa. Porém, ambos não foram baleados nem feridos, enquanto os suspeitos receberam, ao todo, 50 perfurações.
Especialista critica decisão
O presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, o advogado Ariel Alves criticou a decisão. Para ele, os membros do juri temem represálias em processos envolvendo policiais militares.
Essa absolvição é vergonhosa. Foi um verdadeiro fuzilamento realizado pelos PMs. A competência do Júri popular pra julgar esses casos precisa ser revista urgentemente. Os jurados, que em geral são comerciantes, profissionais liberais e funcionários públicos, temem retaliações dos policiais no caso de condená- los”, disse Ariel. “Ou atuam e julgam conforme o ‘senso comum’ de que ‘bandido bom é bandido morto’. E isso vira uma licença pra polícia matar. Que pode atingir suspeitos de crimes, mas também atinge inocentes. O papel dos policiais é de cumprirem as leis vigentes e não saírem matando como sádicos assassinos, fuzilando suspeitos de crime, como aparentemente ocorreu nesse caso.
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Andamos bem. Nosso aparato juridico penal é um dos mais vistosos do mundo. Dia destes, li no RT uma reportagem sobre um sujeito que manteve presos por 17 anos, dois filhos e a esposa no rio de janeiro. O cabra era conhecido na vizinhança como DJ, porque o som que vinha de sua casa era muito alto e incomodava os vizinhos. Nos comentários à reportagem, todos os falantes do fórum, ali de língua espanhola perguntavam por que diabos nenhum vizinho percebeu, em 17 anos que ninguém além do marido saia de casa, e por que ele ouvia um som tão alto, por que ninguém chamava a polícia pra ele. Malharam nosso amado país com essas críticas comezinhas. Dia seguinte, fui ver uma reportagem, pequena, no 247 onde esclarecia que o fulano, que mantinha refém a família por 17 anos, fora denunciado havia 2 ANOS, e que o caso se perdera nos meandros da polícia, ministério público e conselho tutelar – ninguém tinha tomado providência nenhuma.
Aqui a reportagem do RT – https://actualidad.rt.com/actualidad/437088-mantiene-esposa-hijos-cautiverio-17-anos-brasil
Foi esse conteúdo que o 247 republicou : https://revistaforum.com.br/brasil/2022/7/29/homem-preso-por-manter-esposa-dois-filhos-em-carcere-privado-por-17-anos-120890.html
Agora perguntamos o que o brasil tem de menos selvagem e iníquo que os talibãs?
Em que país vivem esses putos que se vestem de verde amarelo e vão dançar na avenida paulista com suas babás empurrando os carrinhos das suas crias?
Ah! e ainda queriam que o sérgio moro impusesse a “lei impunidade policial” . Já não basta a alteração que tirou do juízo cível o poder de julgar crimes cometidos por policiais contra civis transferindo-o para o Juízo Militar, permitindo que meganha julgue meganha e um encoberte as safadezas do outro, ainda pretendiam que policiais que cometessem crimes contra a população contassem com o “amparo de uma lei de impunidade específica”
Com supremo, com tudo, estamos como deus quer e o diabo gosta.