Políticos e jornalistas manifestam apoio ao GGN após censura do banco BTG

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Censura é "genérica, desproporcional e, portanto, inconstitucional", escreveu o ex-juiz e governador Flávio Dino

Jornal GGN – O GGN vem recebendo, desde domingo (30), uma série de manifestações públicas em solidariedade à censura imposta por um juiz do Rio de Janeiro, que determinou a retirada de 11 reportagens e artigos exclusivos, assinados por Luis Nassif e a repórter Patrícia Faermann, que citam negócios do banco BTG Pactual. O jornal vai recorrer da decisão.

A decisão sustenta que na democracia a imprensa é livre, mas não pode “causar danos à imagem de quem quer que seja”. O GGN, segundo o juiz da 32ª Vara Cível, “transbordou os limites da liberdade de expressão”. Sem entrar no mérito das denúncias levantadas pela redação, a decisão diz que todo o conteúdo deve ser censurado porque pode causar prejuízo financeiro aos acionistas do banco.

Ex-juiz, o governador Flávio Dino escreveu no Twitter: “Minha solidariedade ao @JornalGGN, editado por @luisnassif, alvo de censura genérica, desproporcional e, portanto, inconstitucional. Creio que esse grave erro judicial será cassado em instâncias superiores.”

A ex-presidente Dilma Rousseff também afirmou que a decisão é inconstitucional e desrespeita o direito à informação [veja aqui].

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, também se pronunciou: “Toda solidariedade ao @luisnassif
e equipe. Será que o juiz que censurou as matérias sobre o poderoso banco BTG, chamando o GGN de “jornal pequeno”, seria tão valente para tratar as mentiras da Globo sem Lula e o PT? O Brasil precisa de mais justiça e menos censura.”

“O cerceamento do jornalismo independente é inaceitável”, tuitou a deputada federal Jandira Feghali.

O deputado federal Ivan Valente, do PSOL, afirmou: “É inaceitável qualquer tipo de Censura. Banqueiro acobertado pela Justiça, GGN não poder falar do BTG Pactual. Toda solidariedade a Luis Nassif e à equipe do Jornal GGN.”

Guilherme Boulos, do PSOL, endossou: “O que dizer quando um juiz censura o jornalista que publicou denúncias sobre o banco fundado pelo atual Ministro da Economia? Minha solidariedade ao @luisnassif e à equipe do @JornalGGN.”

O deputado federal Lindbergh Farias postou: “Minha solidariedade a @luisnassif e à equipe do @JornalGGN, censurados por um juiz a pedido do banco BTG Pactual pela publicação de reportagens sobre a compra de carteiras de crédito do Banco do Brasil. Uma agressão à liberdade de imprensa e ao direito do cidadão se informar.”

Os jornalistas José Trajano, Xico Sá, Bob Fernandes também manifestaram apoio contra a censura ao jornalismo do GGN. A jornalista Bárbara Gancia tentou chamar a grande mídia à responsabilidade de defender a liberdade de imprensa.

“É muito sério o ataque contra Luis Nassif, jornalista q sempre incomodou o poder e está sofrendo nítida tentativa de destruição p/ parte do poder público. Parece q ninguém se incomoda c isso. A começar pelos colegas da imprensa, que deveriam estar botando a boca no trombone!”, escreveu ela.

O jornalista Marcelo Lins, da GloboNews, comentou: “A compra da carteira de crédito do BB pelo BTG Pactual não é digna de um debate sério e adulto sobre esse tipo de transação, envolvendo um banco que tem a maior parte das ações em poder do governo, ou seja, do Estado, do país ? Me parece que sim. Isso é notícia ? Precisa ser.”

Além de intelectuais e juristas, o GGN recebeu apoio da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e de sites da mídia alternativa, como Blog do Marcelo Auler, Jornalistas Livres, Diário do Centro do Mundo, Brasil 247, Revista Fórum, Viomundo, entre outros.

Confira, abaixo, algumas manifestações.

8 Comentários

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  1. Infelizmente não dá pra dizer que é inacreditável nos tempos atuais!
    O GGN transborda é seriedade, responsabilidade, profissionalismo, humanidade!
    Fico torcendo pela vitória deste jorna. Torço pela saúde do Luis Nassif.

  2. Caros Nassif e colaboradores do GGN, recenam minha solidariedade e meu repúdio à decisão rasa, preconceituosa, prepotente e desrespeitosa à democracia.

  3. Nassif, a seriedade com que atuas, somando a integridade e o amor ao nosso Brasil, sera reconhecida pelas cortes superiores e agora todos sabemos que existe uma mutreta no banco do guedes.
    Certamente sear noticia internacional. A cobra vai fuma, pois nao se deve mecher com pessoa de probidade como voce. Vai tem troco.
    Aguenta firme meu irmao. Que os Orixas te abencoe.

  4. Lembro da época da “ditabranda”(segundo a folha…), mais precisamente no fim da dita, quando começou a abertura “lenta, gradual e segura” e começaram a liberar filmes/livros/discos censurados pelo regime…..Lembro das filas quilométricas nas portas de cinemas de mostras ou festivais para assistir os filmes censurados…….A loucura para comprar uma entrada para assistir o espetáculo dos artistas censurados…..Essa turma “poderosa” que gosta de calar o desafeto, parece que não aprende uma lição simples…..A censura cala num primeiro momento, num segundo momento funciona como uma concha acústica e amplifica e multiplica por 10 o alcance da obra…..

  5. Luis Nassif é um defensor dos interesses do país e do seu povo. A ele nossa total solidariedade. Quem extrapolou foi o juiz, que em sua sentença fere a nossa já desrespeitada Constituição.

  6. Muita gente prestando solidariedade ao Nassif, inclusive eu. Isso é bom.
    Mas… e a PUNIÇÃO exemplar para esse juiz que desrespeitou a constituição federal? O judiciário virou casa mãe joana???

  7. Total apoio ao grande jornalista Nassif.
    Respondendo à Barbara Gancia : possivelmente a maioria dos seus colegas da grande imprensa se calará para ficar de bem com os patrões ligados ao sistema financeiro e ao mercado ao qual Guedes é atrelado.
    Será que eles não veem que não reagindo agora, o monstro da repressão, censura, tortura e morte vai ficar incontrolável e vai pegá-los também?

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