
Projeto do IR enfrentará debate para aprovar contrapartida, diz Haddad
Por Bruno Bocchini – São Paulo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite desta sexta-feira (21) que o projeto do governo federal que pretende isentar do Imposto de Renda as pessoas que ganham até R$ 5 mil deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional. No entanto, ele ressalvou que a compensação da isenção enfrentará “o debate real”.
“A dificuldade é fazer quem não paga pagar para compensar, que é a contrapartida”, disse o ministro, no podcast Inteligência Ltda.
“Nós vamos ter alguns meses de debate, o que é ótimo. Quanto mais se debater, quanto mais a sociedade estiver envolvida, melhor. Vai ser muito difícil um deputado se manifestar contra a isenção. Então qual vai ser o debate real? A compensação, quem paga. O que a gente combinou, que não pode acontecer, é dar o benefício sem compensação”, acrescentou.
Segundo o Ministério da Fazenda, mais de dez milhões de brasileiros deverão ser beneficiados com o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, anunciado na última terça-feira (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto já foi encaminhado ao Congresso Nacional.
De acordo com a pasta, a proposta deverá ter impacto neutro sobre a arrecadação do governo. A isenção deverá gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,8 bilhões e será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês – ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país. Caso seja aprovada pelo Congresso, a proposta valerá a partir de 2026.
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Dificuldade?
Bem, então corta subsídios e incentivos dos ricos em outro canto.
Não precisa lei, é só caneta e tinta.
O que é isso?
Então, para quê eleição, voto e governo?
Se eu sou a maioria consagrada no governo que eu elegi, e se esse governo representa, ou deveria, noções tributarias, econômicas e políticas de uma agenda, como é que o ministro desse governo assume que não consegue fazer o que a CRFB manda?
A cada um na proporção de sua capacidade tributária, quem pode mais, paga mais.
Ah, dirão os néscios e os cínicos, isso é mais complexo, é uma luta política dinâmica.
Sim, mas o PT está há 16 anos no governo, Lula é o brasileiro que mais ganhou eleições para presidente, e daí?
Isso não significa nada?
Quando é que Lula e o PT enfrentaram, ou pelo menos colocaram esse tema na pauta, da justiça tributária?
Nunca!!!!!
Por óbvio, sem debate, sem tensão política, fica tudo sempre como está, e cada tentativa corresponde a um fracasso:
“Ah, viu não deu, mas tentamos!”
Se votar em Lula não significa nada, então, voto nulo em 2026, ou volta Bozo, que dá no mesmo.