Quatro pontos para entender a crise global, por Luis Nassif

Qualquer análise sobre a economia brasileira precisa levar em conta a situação internacional. E há pelo menos quatro pontos obscuros no cenário global.

Qualquer análise sobre a economia brasileira precisa levar em conta a situação internacional. E há pelo menos quatro pontos obscuros no cenário global.

Ponto 1 – o lucro sem prosperidade das grandes corporações

Historicamente, o lucro foi associado ao crescimento e à prosperidade. Mais lucros significava mais investimentos e mais capacidade instalada na economia.

A era da “prosperidade sustentável” foi do fim da Segunda Guerra aos anos 70. Havia a  retenção e reinvestimentos dos lucros, permitindo aumentar a capacidade das empresas, a qualificação dos funcionários, tornando-as mais competitivas. Esse modelo começou a ruir em fins dos anos 70, promovendo dois fenômenos simultâneos: instabilidade do emprego e desigualdade da renda.

Nos EUA, desde a primeira metade da década de 90, a remuneração dos principais executivos dobrou ou triplicou. E os lucros passaram a ser apropriados preferencialmente por eles e pelos acionistas.

Essa política veio no rastro de novos conceitos que visavam asfaltar o caminho das grandes corporações. Na área da concorrência, a ideia de que a concentração permitia ganhos de escala que beneficiavam, em última instância, o consumidor.

Na apropriação dos lucros a ideia de privilegiar o acionista, por ser ele o único que correria riscos, apostando na companhia, e dos executivos, em um momento em que os CEOs passam a substituir as famílias no comando das grandes corporações.

Assim como os consumidores não foram beneficiados pela cartelização global, na distribuição dos lucros das empresas ignorava-se o contribuinte, que ajuda a bancar as agências regulatórias, a infraestrutura e os investimentos em ciência e tecnologia; e os trabalhadores, que apostam na empresa desenvolvendo sua capacidade através de uma carreira. Ambos seriam contemplados se os lucros fossem reinvestidos na melhoria das empresas e do nível dos trabalhadores.

Esses pontos são lembrados por William Lazonick, em estudo publicado na Harvard Business Review.

Nos EUA, diz ele, 0,1% da população, onde se incluem os executivos, se apropria de quase todos os ganhos da renda das empresas. Os sistemas de participação em resultados privilegiam o curto prazo, a redução de custos, o desinvestimento em todas as políticas de médio e longo prazo – capital humano, inovação, investimento em imagem etc.

Um dos instrumentos mais perniciosos é o da recompra das ações pela própria empresa, aproveitando a fase de juros baixos.

As 450 empresas do índice S&P 500 de 2003 a 2012 usaram 54% de seus lucros – total de US$ 2,4 trilhões – para recompra das próprias ações das companhias no mercado. Outros 37% foram pagos em dividendos. Menos de 10% foram aplicados em investimentos produtivos ou em melhoria dos salários.

Nos dois casos, a estratégia é motivada pelo interesse direto dos executivos, cuja maior parte da remuneração é baseada em ações da companhia. E recompras melhoram as cotações dos papéis.

Em 2012, os 500 executivos mais bem remunerados receberam, em média, US$ 30,3 milhões cada. 42% desse total vieram de ações de ações e 41% de prêmios de ações.

Recomprando as ações, aumentam seus preços, os ganhos dos executivos e, ao menos temporariamente, permite as empresas atingir as metas de lucro por ações trimestrais.

Mas houve o fechamento maciço de plantas, o fim da carreira do colarinho branco na mesma empresa, o enfraquecimento dos sindicatos

Hoje em dia, a saúde econômica dos EUA depende de legislações que controle as recompras de ações e os salários dos executivos. Especialmente após 1991, quando a SEC permitiu a venda imediata das ações recebidas por eles.

Esse modelo trouxe consequências complexas. A primeira, a enorme concentração de renda no período. A segunda, a precarização do emprego, despertando reações nacionalistas em vários países. A terceira, a perda de dinamismo das economias centrais.

É nesse quadro, de prazo longo, que surge o fantasma atual, de nova desaceleração da economia mundial.

Peça 2 – os riscos da desaceleração da economia global

Países podem entrar em recessão. Economia global, não. Quando um grupo de países cai, sempre há a possibilidade de outro grupo de países segurando a queda. E o principal indicador dessa processo contra cíclico é o comércio mundial.

As últimas estimativas do FMI indicam que o PIB mundial cresceu apenas 2,9% em 2019 – o pior desempenho desde a crise de 2008 e abaixo do ritmo de 3,8% ao ano do pós-crise no período 2010-2018.

Aceita-se que a recessão global se dá quando o crescimento cai abaixo de 2,5% ao ano. A faixa entre 2,5% a 3,5% ao ano é considerada zona de perigo. Portanto, apenas 0,4 ponto separa o PIB global do risco de recessão.

A previsão do FMI para 2020 e 2021 é de 3,3% e 3,4% respectivamente. No ano passado, revisou seis vezes suas previsões. Agora, com as medidas draconianas da China, para enfrentar o coronavirus, mais as incertezas com as guerras comerciais, a imprevisibilidade aumenta.

O indicador mais grave é o do comércio internacional, principal termômetro para uma economia cada vez mais globalizada. De 2010 a 2018 a média de crescimento do comercio mundial foi de 5%. No último ano, o FMI estima crescimento de 1% no comércio, depois de sete revisões para baixo.

O comércio mundial é visto como um amortecedor das crises globais. Agora, o colchão é pequeno, como observa o economista Stephen Roach.

Peça 3 – o aumento do endividamento mundial

O endividamento sustentável depende de dois fatores: a garantia de crescimento da renda; e a garantia de manutenção de juros baixos.

O Banco Mundial prevê uma próxima crise das dívidas, que estão crescendo no mundo todo. Estimuladas pelos juros baixos, as dívidas aumentaram para 230% do PIB global.

Nas últimas décadas, houve três crises de dívidas.

A primeira foi no início dos anos 80, quando os Estados Unidos explodiram a prime, pegando n contrapé economias emergentes, entre as quais o Brasil. Começou pelo México e caíram mais 16 países laino-americanos.

O segundo foi em 1997, com a queda de economias do leste asiático, como Indonésia, Malásia, Coreia do Sul e Tailândia. Em 2008 explodiu a crise do subprime, quando o Lehman Brotehrs entrou em colapso.

Agora, o Banco Mundial alerta para uma nova onda. As economias emergentes acumulam uma relação dívida/PIB de 170%. Entre os desenvolvidos, a vulnerabilidade maior é da Grã-Bretanha. Entre as emergentes, a Índia, que depois de um período de crescimento acelerado enfrenta problemas econômicos de monta.

O problema maior é o efeito contágio, quando uma crise localizada se espalha. Especialmente em um momento em que não há consenso sobre as políticas anti cíclicas a serem adotadas.

O segundo efeito dos juros baixos é a criação de bolhas especulativas em ativos reais. Os preços das ações, hoje em dia, a saída de capitais externos da bolsa brasileira, mostram que já começou a dança dos ativos, do capital financeiro pulando de galho em galho, saindo de ativos caros e buscando outros mais baratos, que serão inflados até que estourem. O fenômeno das moedas digitais é típico dessas fases de especulação.

Peça 4 – a fantasia da política fiscal

O alerta foi dado por Kenneth Rogoff, um dos principais economistas a desenvolver trabalhos sobre crises globais. Prevê ele que a próxima recessão será pior do que se imagina.

Depois que as taxas de juros internacionais chegaram perto de zero, ocorreu o que Rogoff chama de “evangelismo fiscal” entre economistas e formuladores de políticas públicas.

Rogoff não acredita em sua eficácia por um fenômeno óbvio: a política fiscal é politizada demais para substituir os bancos centrais. Segundo ele, as questões fiscais mexem com crescimento, estabilidade a longo prazo, alocação de recursos, por isso mesmo precisam ser decididas de modo democrático.

Políticas monetárias são simples e impessoais. A política monetária dos anos 90 e as metas inflacionárias, que entraram em vigor em 1999, promoveram o maior processo de transferência de renda da história. Mas beneficiam setores inteiros (no caso do Brasil, os detentores de capital), por isso mesmo sendo politicamente menos vulneráveis.

Já políticas fiscais permitem medidas direcionadas, beneficiando setores politicamente mais influentes. É só conferir a política de desonerações fiscais do período Dilma-Mantega e a polarização política permitida pela política de campeões nacionais, fragilizando politicamente o governo. Como lembra Rogoff, estabilizadores invariavelmente têm efeitos de incentivo, e as batalhas políticas sobre até que ponto devem ser expandidos são inevitáveis.

Por isso mesmo, acredita pouco nas políticas fiscais para evitar a próxima recessão.

Luis Nassif

17 Comentários

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  1. FORA DE PAUTA
    Outro cabra safado é esse Pedro Miau.Perdeu completamente o respeito por ele mesmo.Outra cópia escarrada e cuspida de Fernando Gabeira.Nem a pensão alimentícia do filho que tem com a atriz Guilla Gam ele queria pagar.Algum salafrario da Globo o alertou que o não pagamento dava cana.FDP.

  2. Poupa fôlego Nassif.

    Wilton Moreira já desvendou tudo lá embaixo.

    Sua análise fica no limite do desenvolvimentismo.

    O que no deserto atual entre seus coleguinhas é um alento, reconheço.

    Mas acho que você pode (e deve) ir além.

    Nada tema. A crítica do valor e o reconhecimento da impossibilidade civilizatória de mantermos o capitalismo não mordem.

  3. Gilberto Maringoni
    38 min ·
    ARMÍNIO FALA DE PROJETOS E DE FUTURO.
    NÃO ENROLA NINGUÉM COM LEGADO E VITIMISMO

    O DEBATE PÚBLICO de alternativas para o futuro acaba de ganhar um craque: Armínio Fraga. Sim, ele mesmo, o banqueiro, o homem do dinheiro, o fiel escudeiro de George Soros, o sócio da Gávea Investimentos, uma das estrelas da Casa das Garças e ex-presidente do Banco Central no II reinado de FHC. Um neoliberal de boa cepa, com vantagens adicionais, como preocupação social e reivindicando seu lugar na esquerda. “Mas uma esquerda para valer, não uma esquerda que fica dando dinheiro para rico”, sublinha. A estocada na máxima de que “os banqueiros nunca ganharam tanto quanto em meu governo” é clara e direta.

    O FINANCISTA DÁ UM SHOW DE BOLA em entrevista para Lígia Guimarães, da BBC (link nos comentários). Armínio não exalta nenhum legado tucano, não se derrete em saudosismo estéril e chuta a bola para frente. Seu jogo visa ocupar o imenso espaço vago do centro até a esquerda e – surpresa! – se colocar como polo oposto a Bolsonaro.

    Não à toa repudia o nazismo e o extremismo que podem prejudicar a economia. Implicitamente critica a política externa alucinada dos dias atuais, prega a redução das desigualdades via ação do Estado – e não apenas “da pobreza” – e defende investimentos “em áreas sociais”, como educação, saúde e transporte públicos de qualidade. Deplora o descaso com o meio ambiente e recupera bandeiras liberais, como a necessidade de se enfrentar a “desigualdade de gênero, de raça [e a] homofobia”. O incrível é que o conselheiro de Luciano Huck se coloca – em alguns tópicos – com mais ousadia do que a esquerda que já foi governo. Ele se opõe a cortes de investimentos públicos – “no fundo, é comer semente” – e prega uma reforma tributária para taxar os mais ricos.

    PODE-SE DUVIDAR DE SUA SINCERIDADE aqui e ali, mas é bobagem combatê-lo por esse viés. Sublinhe-se: Armínio tem projeto na cabeça.

    Mas não nos entusiasmemos. Como todo neoliberal, o ex-presidente do BC avalia que o Estado gasta em demasia, em especial com o funcionalismo. O pretexto é o de sempre: “ter dinheiro para (…) investir mais” no social. A proposta é conservadora, mas nada que o coloque em oposição a quem, em palácio, realizou o “maior ajuste fiscal da História”. Aliás, há convergências entre Armínio e a esquerda fiscalista. Ambos defendem a necessidade de mudanças na Previdência de tempos em tempos, a aceitação tácita das reformas 2016-2020 e não falam claramente em indústria e desenvolvimento.

    O LIBERAL COM SENSIBILIDADE SOCIAL é o personagem da hora e tende a ganhar espaço midiático nos próximos meses. Não adianta reclamar de quem faz o jogo correto, a partir de seu ponto de vista de classe.

    A esquerda precisa apresentar um projeto alternativo, que fale de coisas concretas, como emprego, salário e vida melhor. Ou melhor, nós da esquerda precisamos. É urgente parar de achar que egocentrismo e saudosismo resolvem todos os problemas.

    (Justiça seja feita: há valorosas exceções do lado de cá).

  4. Caro Nassif.
    Há quase um mês escrevi um artigo sobre algo novo na economia mundial, as chamadas empresas Zumbis, que não é a mesma coisa que se denomina no Brasil (empresas com CGC mas que não operam), dê uma olhadinha no artigo As empresas Zumbis continuam mesmo mortas a assombrar e caminhar na economia internacional. (https://jornalggn.com.br/blog/rdmaestri/as-empresas-zumbis-continuam-mesmo-mortas-a-assombrar-e-caminhar-na-economia-internacional/) vais ver que o problema é muito mais profundo, pois 15% ou mais das empresas no mundo inteiro não conseguem nem pagar os juros das suas dívidas (mesmo com juros baixíssimos) se com as guerras econômicas ou mesmo com a desaceleração da China e aumento da inflação os BCs não poderão aumentar seus juros, pois a imensa parte destas empresas irão a falência.

  5. Sobre o ponto 1 – O lucro sem prosperidade das grandes corporações, Marx diria:

    “All nations with a capitalist mode of production are therefore seized periodically by a feverish attempt to make money without the intervention of the process of production”.

    “Segundo anunciam ideólogos alemães, a Alemanha passou nos últimos anos por uma revolução sem paralelo. O processo de decomposição do sistema de Hegel, iniciado com Strauss, transformou-se numa fermentação universal para a qual são arrastados todos os “poderes do passado”. No caos geral, poderosos impérios se formaram para logo de novo ruírem, emergiram momentaneamente heróis para serem de novo remetidos para a obscuridade por rivais ousados e mais poderosos. Foi uma revolução ao pé da qual a Revolução Francesa é uma brincadeira de crianças; uma luta universal face à qual as lutas dos Diádocos aparecem mesquinhas. Os princípios expulsaram-se uns aos outros, os heróis do pensamento derrubaram-se uns aos outros com uma pressa inaudita, e nos três anos entre 1842 e 1845 varreu-se mais do passado na Alemanha do que anteriormente em três séculos.

    Tudo isto teria ocorrido no pensamento puro.

    Trata-se, por certo, de um acontecimento interessante: do processo de putrescência do espírito absoluto. Depois de extinta a última centelha de vida, as várias partes constitutivas deste caput mortuum entraram em decomposição, estabeleceram novas combinações e formaram novas substâncias. Os industriais da filosofia, que até aí tinham vivido da exploração do espírito absoluto, lançaram-se agora sobre as novas combinações. Cada um procedeu, com o maior zelo possível, à venda ao desbarato do quinhão que lhe coubera. Isto não podia sair bem sem concorrência. Esta foi inicialmente conduzida de um modo bastante burguês e respeitável. Mais tarde, QUANDO O MERCADO ALEMÃO ESTAVA SATURADO E A MERCADORIA, A DESPEITO DE TODOS OS ESFORÇOS, NÃO ENCONTRAVA ACOLHIMENTO NO MERCADO MUNDIAL, O NEGÓCIO FOI ESTRAGADO À MANEIRA HABITUAL NA ALEMANHA – PELA PRODUÇÃO EM GRANDE ESCALA E FICTÍCIA, PELA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE, PELA ADULTERAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA, PELA FALSIFICAÇÃO DOS RÓTULOS, POR COMPRAS FICTÍCIAS, POR VIGARICES NO SAQUE DE LETRAS E POR E POR UM SISTEMA DE CRÉDITO DESTITUÍDO DE QUALQUER BASE REAL. A concorrência acabou numa luta encarniçada que agora nos é exaltada e apresentada como uma mudança de importância histórica, como geradora dos resultados e conquistas mais prodigiosos”.

    Em outras palavras, a prosperidade das corporações burguesas sem qualquer contrapartida produtiva não é novidade no cenário econômico.

    1. A novidade não é o excesso de mercadoria, com a correspondente estagnação decorrente das duas formas de exploração (relativa e absoluta), concentração capitalista e desemprego tecnológico, mas sim a constatação de que não há outra “fronteira” para romper a inércia do capital acumulado, que acaba por se transformar em capital fictício (anti-valor rentista), que por sua vez pressiona ainda mais para baixo a renda e aumenta a concentração do capital advindo da produção cada vez mais alheia a mão-de-obra humana.

      Na época mencionada o capital se reinventou na corrida imperialista.

      Não há outro cenário possível para nova disputa do gênero.

      É o monstro devorando a si mesmo.

      O rato (o capitalismo) pariu a montanha (mercado financeiro) que irá soterrá-lo.

      1. Então, Nender e tal?

        Em que região você mora?

        Você tem alguma previsão do que acontecerá quando a participação do trabalho vivo for mínimo na economia?
        Sem renda para adquirir os bens produzidos, como a burguesia vai vender seus produtos e realizar seus lucros?

        Ou produzirão apenas meios de produção e realizarão o lucro extraído na produção comercializando-os entre si mesmos?

        E as pessoas, como elas vão sobreviver sem renda?

        Você acha que será instituída e distribuída uma renda básica universal para os excluídos do processo de produção?

        Ou reduzirão a jornada de trabalho de forma a permitir a cada um ganhar o pão com o suor do próprio rosto?
        A novidade não é o excesso de mercadoria, com a correspondente estagnação decorrente das duas formas de exploração (relativa e absoluta), concentração capitalista e desemprego tecnológico, mas sim a constatação de que não há outra “fronteira” para romper a inércia do capital acumulado, que acaba por se transformar em capital fictício (anti-valor rentista), que por sua vez pressiona ainda mais para baixo a renda e aumenta a concentração do capital advindo da produção cada vez mais alheia a mão-de-obra humana.

        Na época mencionada o capital se reinventou na

  6. Caro Nassif, o maior problema da economia hoje, é a igrejinha formada por economistas e donos do capital numa linguagem que ninguém entende. É como se marcianos se apropriassem de todas as riquezas da terra e eles ficassem dividindo tudo entre eles, conversando na linguagem deles…não vejo diferença…

    1. Diria Voltaire:

      “Cada ciência, cada estudo, tem o seu próprio e ininteligível calão, que apenas parece ter sido inventado para evitar as aproximações”.

  7. FORA DE PAUTA.
    1) Nassif tem queimado os neurônios atoa.O Brasil vai explodir no máximo,em 6 a 8 meses,não vai suportar tantas bandalheiras,no horizonte não descarto uma convulsão social;
    2) Um Iraniano foi condenado a morte por espionagem.Aqui,por espionarem e entregarem a rapadura,uns certos vagabundos vestidos ou não de toga,receberam $ 2,5 bilhões de premio de consolação:
    3)A menina Petra Costa vai ganhar o Oscar.

  8. CARTAS NA MESA.
    Sem dúvidas,chegamos ao fundo do poço,vivemos um pesadelo e a esquerda brasileira tem sua responsabilidade inconteste nesta verdadeira noite de São Bartolomeu que se abateu sobre esse pobre País deserdado de Deus.Não enxergo saida a curto prazo,principalmente por que os principais nomes da oposição(?) travam entre si,uma luta fratricida contra seus próprios umbigos.Lula não abre mão de nada,Ciro Gomes não tem muito nem pouco a oferecer,visto que,implodiu todas as pontes.As esperanças se é que existem,uma virá de fora,da eleição americana com a vitoria do Partido Democrata,(pouco provável) seja lá quem for.Jogaremos todas nossas fichas no front interno num provável duelo entre as forças bolsonaristas X as moristas,com a morte de um ou outro.Nassif pelo faro e brilhantismo que tem,há muito tempo já devia ter aberto nossos olhos,fazendo o que faço agora:O inferno nos espera e ele está logo ali,a um passo do despenhadeiro sem fim,e não deixasse essa constatação para um não cadastrado sem causa.

  9. Há algum tempo atrás se podia identificar sinais de um processo, digamos, curioso, que acontecia internamente à natureza mesma do capitalismo, ou seja, o capital recusava realizar sua vocação natural: produzir. Os dados atualmente disponíveis já permitem, ao que tudo indica, afirmar que passamos a linha do que se poderia denominar “sinais”. Parece que o capital dá totalmente razão ao título do livro do Dowbor: Era do Capital Improdutivo, título, aliás, que encerra uma contradição nos termos, pois ao negar sua vocação produtiva, de capital é que não deveria ser chamado.

  10. Há algum tempo atrás se podia identificar sinais de um processo, digamos, curioso, que acontecia internamente à natureza mesma do capitalismo, ou seja, o capital recusava realizar sua vocação natural: produzir. Os dados atualmente disponíveis já permitem, ao que tudo indica, afirmar que passamos a linha do que se poderia denominar “sinais”. Parece que o capital dá totalmente razão ao título do livro do Dowbor: Era do Capital Improdutivo, título, aliás, que encerra uma contradição nos termos, pois ao negar sua vocação produtiva, de capital é que não deveria continuar sendo chamado.

  11. O capital não está conseguindo ser salvo do afogamento na dinheirama inútil em que se converteu ao recusar retornar à atividade produtiva.

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