Um raio x implacável de Mandetta, comentário de Nilo Filho

Não restam dúvidas. Neste governo, a família vem em primeiro lugar.

Por Odorico Menin
comentário no post Mandetta e as circunstâncias: como se comportou no impeachment

Discordo, Nassif

Mandetta, raposa política, oportunista, tenta surfar na onda anti bolsonarista.

Separei 7 matérias relativas, a saber

COMEÇO por uma matéria publicada na Veja em 02/10/2019, a saber:

LUIZ HENRIQUE MANDETTA: A FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR
A definição de limites entre o interesse público e os interesses privados pode gerar uma grande dor de cabeça ao ministro da Saúde

Por Daniel Pereira – Atualizado em 27 set 2019

A lista de pais orgulhosos é extensa e inclui também o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que não economiza elogios à sua filha Marina Alves Mandetta, advogada em plena ascensão profissional.

Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2015, Marina era sócia do Eichin Amaral Advogados até o fim do ano passado.

Cuidava, entre outras coisas, de processos judiciais da Unimed Rio, empresa que ela mesma levou para a carteira do escritório.

Foi assim até novembro de 2018, quando os Mandetta — o pai e a filha — decidiram abraçar projetos mais ambiciosos.

No dia 20 daquele mês, Bolsonaro anunciou Luiz Henrique Mandetta como futuro ministro da Saúde.

Um dia depois, Marina formalizou sua saída do Eichin Advogados, decisão que, conforme o seu relato, havia sido tomada em outubro.

Já no dia 13 de dezembro, Marina abriu seu próprio empreendimento, batizado de Mandetta Advogados.

A Unimed Rio acompanhou Marina na mudança, porque, segundo a advogada, a política de seu antigo escritório previa que quem saísse da sociedade levaria os contratos que tivesse conquistado. A aposta da filha do ministro de montar a própria banca logo rendeu frutos.

Neste ano, já com Mandetta despachando no ministério, Marina conseguiu mais dois clientes no setor de saúde: a Unimed Seguros e a Central Nacional Unimed, que teriam optado por seus serviços ao reconhecer a excelência do trabalho prestado à Unimed Rio.

Radicada no Rio, Marina também passou a transitar com desenvoltura em Brasília e São Paulo, muitas vezes acompanhada do pai. Foi o que ocorreu em agosto último, durante um congresso da Associação Brasileira de Planos de Saúde, entidade que reúne cerca de 150 empresas do setor e representa suas demandas junto ao governo.

Convidado para dar uma palestra no evento, Mandetta levou Marina a tiracolo.

Em sua fala de quase quarenta minutos, o ministro mencionou a presença da filha aos representantes das operadoras de planos de saúde que estavam na plateia:

– “O século XXI, gente, vai ser absolutamente fantástico. Nós vamos viver melhor. Nós vamos viver mais tempo. Eu vou poder curtir o Gabriel, aqui da minha filha, da Marina, que está aqui, muito mais tempo do que a minha mãe e o meu pai curtiram os seus netos”.

Encerrada a exposição do ministro, Marina distribuiu cartões aos participantes do congresso, ressaltando que já possuía experiência no setor. Aproveitou, assim, a janela de oportunidade aberta pelo pai.

– “Não vejo nenhum tipo de conflito de interesse. Passei o meu contato a quem me pediu. As pessoas têm curiosidade e querem o contato da filha do ministro”, afirmou a advogada.
– “Nós só atuamos no contencioso judicial. Não fazemos nada no âmbito administrativo justamente porque a ANS é subordinada ao Ministério da Saúde”, acrescentou.

A ANS é a Agência Nacional de Saúde Suplementar e tem a missão de regulamentar a atuação dos planos de saúde.

– “Não houve nenhuma referência à profissão de minha filha ou a sua empresa”, declarou o ministro, negando que tenha dado uma mãozinha a Marina diante de potenciais clientes.

– “Ela apenas atendia a um evento do qual seus clientes participavam, algo de rotina e público”, disse.

Segundo Marina e a organização do congresso, ela participou do encontro como convidada do ministro, e não como representante de empresa.

VEJA pediu ao advogado Mauro de Azevedo Menezes, mestre em direito público pela Universidade Federal de Pernambuco e presidente da Comissão de Ética Pública entre 2016 e 2018, que analisasse o caso. Sem saber o nome dos personagens envolvidos, ele disse que o enredo encenado pelos Mandetta no congresso das operadoras de planos de saúde configura conflito de interesse e é “gravíssimo”, uma vez que a lei proíbe a autoridade de usar o cargo em benefício próprio ou de familiares.

Menezes ressaltou que a situação também pode ser configurada como improbidade administrativa e ter repercussões inclusive na seara penal.

– “Eu acho que está se banalizando no Brasil, infelizmente, a violação da fronteira entre público e privado em altas esferas, e isso é uma crise na nossa República.”

A história recente é repleta de casos de empresas com interesses no governo que tentam comprar favores de autoridades repassando recursos a seus familiares.

Foi o que fez a Odebrecht com parentes do ex-presidente Lula, de acordo com relatos de delatores da empreiteira. Até aqui, não há nenhum indício de que esse seja o objetivo das operadoras de planos de saúde ao contratar o escritório da filha do ministro.

Os laços do grupo empresarial com a família Mandetta são antigos.

O ministro já foi presidente da Unimed Campo Grande (MS).

Em 2016, avisou à filha que a Unimed Rio abriria uma concorrência para contratar advogados.

Marina participou dela e levou o cliente.

Velhos conhecidos, Mandetta e os diretores da Unimed se reuniram em junho passado em Brasília.

O ministro ouviu um pedido para que o governo libere parte de uma reserva financeira de emergência que as operadoras de planos de saúde são obrigadas a manter. Só a Unimed tem 8 bilhões de reais parados nessa reserva.

A empresa e suas concorrentes também querem desregulamentar o setor, até para facilitar os polêmicos reajustes por faixa etária.

No congresso de que participou com a filha a tiracolo, Mandetta se mostrou favorável a essas demandas.

À reportagem, o ministro afirma que não há relação entre a sua posse e a ascensão profissional da filha.

Ecoando Bolsonaro e Mourão, alega que Marina conquistou dois novos clientes na área da saúde exclusivamente pela competência dela.

Não restam dúvidas. Neste governo, a família vem em primeiro lugar.

Colaborou Nonato Viegas

Publicado em VEJA de 2 de outubro de 2019, edição nº 2654

https://veja.abril.com.br/politica/luiz-henrique-mandetta-a-familia-em-primeiro-lugar/

*** Parte II

MANDETTA QUEM É

– MANDETTA foi eleito Deputado Federal (DEM do MS) em 2010, foi reeleito em 2015.

– Não se candidatou nas eleições de 2018, talvez para não ser barrado pela Justiça Eleitoral

– Ele é médico e sua famíla é de políticos no Mato Grosso do Sul

– Seu pai foi vice-prefeito de Campo Grande.

– Seus primos um é Nelsinho Trad, ex-Prefeito de Campo Grande e agora Senador [*]; outro é Fábio Trad hoje Deputado Federal; outros ainda Marquinhos Trad atual prefeito de Campo Grande; e por último Paulo Siufi Neto o ex-presidente da Câmara Municipal de Campo Grande.

[*] Em13 de março de 2020, seu primo Senador Nelsinho Tradf foi diagnosticado com Covid-19 após viagem para aos EUA integrando a comitiva de Bolsonaro

– Mandetta Secretário da Saúde quando seu primo Nelsinho Trad foi Prefeito de Campo Grande

– Durante seu mandato como Secretário, ele, junto com o prefeito (seu primo Nelsinho Trad) e outros membros do governo municipal, sofreram acusações de fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de prontuário eletrônico na Secretaria da Saúde

– Como Deputado Federal, Mandetta:

-> Votou a favor do impeachment de Dilma

-> Votou a favor da PEC do TETO dos GASTOS (a que travou, por 20 anos, todos os investimentos futuros, inclusive da saúde, educação, cultura e ciências…

-> Votou a favor da REFORMA TRABALHISTA (que flexibiliza, retira direitos dos trabalhadores, fragiliza economicamente os sindicatos e a Previdência Social

*
>>>ACUSAÇÕES:

-> 1 MPF DENUNCIA EX-PREFEITO E OUTROS 25 POR FRAUDE NO GISA EM MS

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/02/mpf-denuncia-ex-prefeito-e-outros-25-por-fraude-no-gisa-em-ms.html

O Ministério Público Federal (MPF em Mato Grosso do Sul) ajuizou duas (2) ações de improbidade administrativa na Justiça Federal de Campo Grande por fraudes na implantação do sistema Gisa (Gestão de Informações em Saúde) pela prefeitura da capital sul-mato-grossense.

De acordo com o MPF, foram denunciados o ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), o ex-secretário de Saúde Pública, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e outras 24 pessoas.

-> 2 INVESTIGADO SOB SUSTEITA DE FRAUDE MANDETTA SERÁ MINISTRO DA SAÚDE

https://veja.abril.com.br/politica/investigado-sob-suspeita-de-fraude-mandetta-sera-ministro-da-saude/amp/

-> 3 NOTAS MOSTRAM VOOS DE MINISTRO DA SAÚDE DE BOLSONARO PAGOS POR EMPRESA INVESTIGADA (Telemídia)

Futuro ministro da Saúde de Bolsonaro reconhece ter feito viagens sem pagar, mas que pedido foi para o dono de táxi-aéreo ( e cf se apurou, os vôos foram pagos pela Telemídia empresa favorecida por Mandetta)

A empresa de informática Telemídia é suspeita de favorecimento durante a gestão de Mandetta na Secretaria de Saúde de Campo Grande (MS).

De acordo com a publicação, segundo as investigações, que correm na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, já no final de sua gestão na secretaria, em 2009, Mandetta fez uma licitação de R$ 9,9 milhões para implementar um sistema de informática.

O então secretário teria atuado, de acordo com investigadores, para garantir que a empresa Telemídia ganhasse o contrato, mesmo não tendo sido a primeira colocada na concorrência.

Os documentos obtidos pelo GLOBO mostram que, meses depois de ter sido supostamente beneficiada por Mandetta no contrato milionário, a Telemídia pagou R$ 21 mil por uma série de voos da Amapil Táxi Aéreo realizados entre junho e julho de 2010 pelo já ex-secretário e então pré-candidato a deputado federal.

Os recibos emitidos pela Amapil citam o empresário Rui Aquino, um dos sócios da Telemídia na ocasião, como contratante do fretamento.

Para os investigadores, as viagens seriam uma espécie de contrapartida pela atuação de Mandetta na Secretaria de Saúde, completa o Jornal O Globo

-> 4 Em 2020, o MINISTÉRIO DA SAÚDE comprou, em Regime Emergencial, aventais hospitalares para o Sistema Único de Saúde (SUS) da empresa Prosanis Indústria e Comércio por R$ 700 mil.

A empresa é de Aurélio Nogueira Costa, dono da Cirumed Comércio Ltda.

A Cirumed foi uma as maiores doadoras de campanha de Mandetta para deputado estadual pelo Mato Grosso do Sul.

Em 2010, a empresa doou R$ 50 mil para a campanha de Mandetta, através de dois cheques.

Em 2014, a empresa foi a segunda maior doadora da campanha de Mandetta, com um repasse de cerca de R$ 94 mil, por depósito em espécie.

(…)

Ministério da Saúde contrata empresa ligada ao financiamento da campanha de Mandetta

>>>> NA CRISE DO COVID-19:

Como Ministro da Saúde, Mandetta critica a quarentena:

– http://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/294351/por-enquanto-nao-existem-mudancas-em-relacao-ao-pr.htm

– https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,mandetta-muda-discurso-diz-que-fica-no-cargo-e-critica-quarentena,70003247923

– https://www.agazeta.com.br/brasil/mandetta-muda-discurso-diz-que-fica-no-cargo-e-critica-quarentena-0320

– O Ministério da Saúde tem em sua estrutura funcional permanente, médicos sanitaristas, infectolgistas, técnicos especializados e um corpo de funcionários altamente qualificado

– Mesmo com essa estrutura técnica Mandetta – raposa política – tergiversa

*** Parte III
MANDETTA e seu ASSESSOR ESPECIAL

JOSÉ CARLOS ELELUIA -Eng. Eletrônico – Assessor Especial do Ministro da Saúde

1)
https://www.metro1.com.br/noticias/politica/74228,ex-deputado-aleluia-e-nomeado-assessor-especial-do-ministro-da-saude
– Ele já havia sido nomeado conselheiro da Itaipu Binacional, com mandato até 16 de maio de 2020

2)
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/04/1874729-aleluia-do-dem-recebeu-caixa-2-e-propina-da-odebrecht-dizem-delatores.shtml

– O ministro Edson Fachin autorizou a abertura de uma investigação sobre o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht.
– Segundo o despacho do relator da Lava Jato, dois colaboradores da empreiteira relevaram pagamentos a duas campanhas do político.
– Eles citam que em 2010 foram R$ 300 mil em caixa 2, enquanto em 2014 foram R$ 280 mil em doação oficial, mas com contrapartida.
– Para a PGR (Procuradoria-Geral da República), há indícios de propina no repasse.
-“O parlamentar teria recebido doação oficial tendo, como contrapartida, assumido posições favoráveis aos interesses do Grupo Odebrecht”, diz trecho da decisão.

3) https://www.viomundo.com.br/voce-escreve/charles-carmo-aleluia-e-os-escandalos-de-corrupcao.html

– Envolvidos com o escândalo dos Anões do Orçamento, Aleluia jurou inocência. Acabou inocentado.

– Mas o fato de o relator da CPI, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), tê-los inocentado gerou suspeitas na época.

– Falava-se em uma troca. Magalhães teria aceitado livrar o correligionário Aleluia se em troca seu partido aceitasse liberar o conterrâneo Sérgio Guerra, que à época era filiado ao PSB.”

*** Parte IV

https://www.cartacapital.com.br/saude/ex-ministros-da-saude-se-unem-contra-bolsonaro-e-recorrem-a-oms/

26/03/2020

Sete ex-integrantes da pasta assinam o manifesto que repudia as ações do presidente no combate ao coronavírus

Em resposta à fala de Bolsonaro, que minimizou os efeitos do coronavírus e se posicionou contra a quarentena, sete ex-ministros da Saúde divulgaram um manifesto contra a atitude do presidente, classificada como “irresponsável” e “desrespeitosa”.

“Preocupado em atender interesses estritamente econômicos, [Bolsonaro] propõe uma dicotomia entre o enfrentamento da crise na saúde e na economia. Os países que têm conseguido os melhores resultados são aqueles que fizeram o isolamento social, garantiram o atendimento à saúde da população e tomaram medidas para manter a renda e ativar a economia. Não há, portanto, dicotomia entre manter a atividade econômica e salvar vidas”, diz a carta, divulgada nesta quinta-feira 26.

Os ex-chefes da pasta também criticaram o isolamento vertical, que foi proposto por Bolsonaro e é restrito apenas à população idosa e com comorbidades. “Tal postura, além de desmobilizar a população que vem fazendo sua parte, seguindo as orientações da OMS, do próprio Ministério da Saúde, dos governadores, prefeitos, imprensa e líderes do parlamento, fere também, de maneira irreconciliável, ao pacto federativo e a autonomia de seus entes”, argumentam.

Na carta, o grupo afirma que vai recorrer à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização das Nações Unidas (ONU) para tentar barrar as atitudes do presidente. “Temos compromisso de nos engajarmos no esforço da sociedade brasileira na proteção de nossa população, independentemente de sua condição econômica e social e de sua faixa etária. Nosso dever é preservar a vida de nossos cidadãos”, concluem.

O manifesto foi assinado por Marcelo Castro, Arthur Chioro, Alexandre Padilha (ministros do governo Dilma), José Gomes Temporão, José Agnor da Silva, José Saraiva Felipe e Humberto Costa (ministros do governo Lula). Leia a NOTA integral na matéria

*** Parte V
MANDETTA – ATUALIZAÇÃO (l)

– Todos os países do mundo proibiram exportações de produtos de saúde, por se tratar de material estratégico para a segurança dos seus cidadãos
– A Itália adquiriu máscaras e ventiladores operacionais no Brasil
– Esses produtos foram retidos e impedidos de serem embracados, devido a medida provisória nesse sentido – solicitada pela própria indústria brasileira
– Aí, o Deputado Brasileiro no Parlamento Italiano, Luiz Roberto Lorenzatto, entrou em contato com o Deputado Eduardo Bolsonaro, com o Chanceler Ernesto Araujo, com Onyx Lorenzoni e com o próprio Mandetta (citados nominalmente no vídeo do Dep. Lorenzato), e a partida foi liberada em um momento que se sabe haver ampla falta de produtos para a defesa da saúde dos brasileiros

ASSISTA o VÍDEO datado de 21/03/2020

*** Parte VI
ATUALIZAÇÃO (II)

Países disputam a obtenção de material estratégico para o combate ao Coronavírus, assim, p.ex, temos

da RFI – Rádio França Internacional

1) – Oferta de pagamento em dinheiro vivo e de três a quatro vezes mais caro que o preço original. É desta forma que máscaras encomendadas pela França são adquiridas por americanos na pista de aeroportos chineses, momentos antes de embarcar a seu destino.
http://www.rfi.fr/br/américas/20200402-covid-19-eua-pagam-mais-caro-e-ficam-com-remessa-de-máscaras-chinesas-destinadas-à-frança

2) – Autoridades francesas afirmaram nesta semana que os Estados Unidos estão comprando carregamentos de máscaras já vendidos à Europa nos aeroportos chineses por um valor de três a quatro vezes superior ao negociado.
– No entanto, dentro da própria União Europeia, países estão confiscando entre si o material médico que, em tempos de coronavírus, está valendo mais que ouro.
http://www.rfi.fr/br/europa/20200403-covid-19-após-denúncia-da-frança-contra-eua-surgem-revelações-sobre-confiscos-de-máscaras-entre-pa%C3%ADses-europeus
*
da BBC
3) – Os EUA foram acusados de redirecionar para si mesmos um conjunto de 200 mil máscaras que tinha como destino original a Alemanha, em um ato descrito como “pirataria moderna”
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52166245
*
4) – Mônica Bergano – Folha de São Paulo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2020/04/sao-paulo-tem-so-a-metade-de-ventiladores-que-precisa-para-crise-do-coronavirus.shtml

5) – Sem ventiladores mecânicos, pacientes podem ter falência de órgãos.
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/04/02/33percent-das-cidades-brasileiras-tem-no-maximo-10-respiradores-mecanicos-entenda-por-que-aparelho-e-essencial-no-combate-ao-coronavirus.ghtml

*** Parte VII

https://theintercept.com/2020/04/02/coronavirus-mandetta-testes/

CORONAVÍRUS: MANDETTA PROMETEU 15 MILHÕES DE TESTES, MAS SÓ ENTREGOU 0,5% ATÉ AGORA
(…)
Testes rápidos para tapar buraco
Enquanto isso, o governo tenta mostrar que não está parado anunciando a distribuição de 500 mil testes rápidos, que produzem resultados em 15 minutos, mas são muito menos confiáveis. Eles foram doados ao governo federal pela mineradora Vale, que vê na crise do coronavírus uma oportunidade de se recuperar do desgaste de imagem sofrido após os crimes ambientais que mataram quase 300 pessoas em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais. É o primeiro lote de um total de 5 milhões de testes rápidos que a empresa prometeu doar. Além deles, a Fiocruz deverá fornecer mais 3 milhões.
Mas os testes rápidos não resolvem o problema. Como já dissemos, a confiabilidade deles é baixa – eles detectam uma proteína produzida pelo organismo para reagir ao coronavírus, que só aparece sete dias após a infecção. Estima-se que resultados negativos para coronavírus podem ser falsos em três de cada quatro testes. Por isso, não se prestam a um diagnóstico preciso, e a orientação do governo é usá-los apenas para monitorar agentes de saúde e de segurança.
Mandetta repete, em entrevistas diárias, que a principal estratégia do governo contra a covid-19 será fazer testes em massa nas 48 cidades com mais de 500 mil habitantes – usando os testes PCR. Se de fato for colocado em prática, irá funcionar no sistema drive thru: as pessoas irão de carro aos postos de coleta. Dali, o material extraído da mucosa do nariz será levado ao laboratório. O paciente receberá o resultado, em 24 horas, por meio de um aplicativo, que ainda está sendo “cristalizado”, segundo o ministro.
Mas, para isso, faltam os testes. O Intercept perguntou ao ministério, desde o dia 31, quantos já foram comprados – ou, caso as compras não tenham ocorrido, qual a data prevista para elas. O órgão limitou-se a dizer que “as aquisições não foram finalizadas”, sem esclarecer a data de conclusão e os fornecedores dos testes.
O maior contrato para compra de insumos para testes foi feito com a empresa investigada pela Polícia Federal.

Já houve atraso no cronograma anunciado no dia 24: o governo esperava que a Fiocruz entregasse 2 milhões de testes PCR e 3 milhões de testes rápidos até 30 de março. O calendário, porém, foi revisto “devido à escassez mundial de insumos” para a fabricação dos exames. Agora, a previsão é de que a Fiocruz entregue 1,5 milhão de testes por mês a partir de abril, sem especificar uma data. Até lá, o sistema de saúde brasileiro pode já ter entrado em colapso.
O Ministério da Saúde também fez compras emergenciais de insumos no Brasil – como reagentes químicos, instrumentos para cultura viral e equipamentos de laboratório – para que instituições como a Fiocruz montem os kits para realização dos testes. Essas compras somam R$ 4,8 milhões e estão listadas no site do ministério.
É provável que esses insumos venham a ser usados para a montagem de parte dos 3 milhões de testes que a Fiocruz irá entregar. Mas, como os contratos não permitem estimar quantos testes serão produzidos com o material comprado e o Ministério da Saúde se recusa a informar, isso é incerto.
Como se a situação não pudesse ser pior, o maior desses contratos – no valor de R$ 3,2 milhões e destinado à compra de materiais para detectar o vírus em laboratório – foi firmado com -> uma empresa chamada Reagen, investigada em uma operação da Polícia Federal no Paraná. [1] Ela responde a uma acusação de improbidade administrativa por um esquema de desvio de bolsas de pesquisa na UFPR, a Universidade Federal do Paraná.
O dono da empresa, Jorge Luiz Bina, foi condenado em primeira -> a quatro anos e seis meses de prisão. O empresário defendeu-se afirmando que a esposa, também incriminada, disse à justiça que ele “não possuía envolvimento no esquema”. [2]
-> O Intercept já mostrou também que Mandetta pagou 67% a mais por máscaras de um empresário bolsonarista. [3]
O teste molecular, ou PCR, é o padrão ouro – ou seja, o mais confiável conhecido – para detectar o coronavírus. Associado a um bom diagnóstico clínico, ele tem alta confiabilidade

NOTAS:
[1] UFPR- APURAÇÃO LIGA SERVIDORA QUE FRAUDOU BOLSAS DE ESTUDOS E ANOVO DESVIO
https://educacao.uol.com.br/noticias/2018/03/20/apuracao-liga-servidora-que-fraudou-bolsas-de-estudo-a-novo-desvio-na-ufpr.htm

[2] MINISTÉRIO DA SAÚDE CONTRATA EMPRESA DE CONDENADO POR LAVAGEM DE DINHEIRO
– Dono da empresa foi condenado por caso que envolveu desvio de R$ 7 milhões, e a companhia é envolvida em investigação de 2009 relativa a um processo licitatório no Paraná
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/03/19/interna_politica,835186/ministerio-da-saude-contrata-empresa-condenado-por-lavagem-de-dinheiro.shtml
19/03/2020

[3] CORONAVÍRUS: SEM LICITAÇÃO, MANDETTA PAGA 67% MAIS CARO PARA COMPRAR MÁSCARAS DE EMPRESA DE BOLSONARISTA
https://theintercept.com/2020/03/22/mandetta-mascaras-bolsonarista-coronavirus/

***
Mandetta, raposa política, agora surfa na onda do coronavírus e de ataques ao Bolsonaro…

Redação

3 Comentários

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  1. Um presidente nazi-fascista, funcionário informal de uma nação genocida, não teria como assessores pessoas minimamente decentes. Todos são iguais, desumanos, incompetentes e hipócritas.

  2. As redes sociais e a legião de imbecis

    “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel. O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”. Umberto Eco, depois de uma cerimônia em que recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, em 2015.

    Está circulando nas redes, dependendo do lado da bolha em que vc pesquisa, a hastag #Mandetta2022, assim como um dia o Joaquinzão Barbosa também foi o sonho de consumo de uma classe média embevecida e imbecil. O mimo mais singelo com que o Mandetta é agraciado é #Herói.

    O mundo corporativo ensina que jamais se derrama elogios a alguém que tão somente cumpre a sua obrigação. É o mínimo. E o conceito de “herói”, convenhamos, ficou um pouco desgastado depois que o MC Bial chamou os rapazes e meninas bombados, seminus e microcéfalos do BBB de “nossos heróis”.

    Alguém aceitar fazer parte desse governo como Ministro de Estado por sí só explica muito e tudo. Não tem volta. Collor chamou FHC para Ministro das Relações Exteriores, obnubilado pela VAIDADE, FHC já ia aceitando quando Covas salvou o pavão de Higienópolis: “Fernando, se vc fizer parte desse governo, vc está perdido”. O verbo não foi exatamente esse. Não fosse isso, FHC não ganharia a presidência em 1994.

    Menos, portanto.

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