Jornal GGN – A pedido de seu proprietário, Silvio Santos, o SBT vai voltar a apresentar o programa “Semana do Presidente”, que destacava os atos do governo federal ao longo dos últimos dias.
O programa ficou 20 anos no ar, cobrindo todo o período da ditadura até o mandato de Fernando Henrique Cardoso. Era conhecido por sua carga propagandista federal, com trilha sonora de cunho militar.
Segundo o jornalista Flávio Riccó, do portal UOL, a ordem para a retomada do programa foi dada por Silvio Santos direto dos Estados Unidos, onde passa férias. Pode-se dizer que essa ordem se deve à aproximação do dono do SBT com o presidente Jair Bolsonaro.
A aproximação tem uma explicação bem simples: junto com a TV Record, o SBT é a emissora que mais recebe verba de publicidade do governo federal. Segundo o site Meio e Mensagem, o percentual de investimento do governo para veicular publicidade no SBT aumentou de 24,8% em 2017 e 29,6% em 2018 para 41% em 2019.
O investimento em mídia do governo federal prevê alguns critérios para a definição de quais veículos televisivos receberão suas verbas de publicidade. A audiência é um deles, mas também são considerados o perfil do público, segmentos da população atingidos e alcance daquela emissora no País.
Desta forma, podemos dizer que uma mão lava a outra. Ou que Silvio Santos, como diz o bordão, topa tudo por dinheiro.
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Bem feito! Sílvio Santos desmonta a imagem de “o herói solitário sempre atacado pela mídia” que os estrategistas do golpe criaram com tanto empenho para Bolsonaro. Precisa avisar ao Guedes que há muitos pôsteres de SS nas paredes das dependências de empregadas domésticas, hein? E Regina Duarte, quando acabar esse governo, passa para o SBT ou não? rs… “Greta Garbo, quem diria”…
Uma bela iniciativa do homem do baú.Agora não falta nada para lembrarmos a ditadura.
Não é uma mera questão de puxasaquismo.
Trata-se de uma afronta à Constituição de 1988.
Na época da ditadura, a legislação era outra.
Hoje, não se permite propaganda da pessoa do presidente feita por uma emissora que é privilegiada no recebimento de verbas públicas.
Uma emissora de televisão é uma concessão do poder público.
Em hipótese alguma, pode enaltecer a figura do presidente. Tem que prevalecer o princípio constitucional da impessoalidade.
Cabe ação judicial.
O próprio MP já deveria ter agido, mas, infelizmente, cumpre papel político partidário.