“Você gosta de sauna?”: Presidente da Caixa é acusado de assédio sexual

Funcionárias relatam toques íntimos, constrangimentos e convites inapropriados de Pedro Guimarães. Confira depoimentos

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O então presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A lista de escândalos do governo Bolsonaro acaba de crescer, inaugurando uma categoria: assédio sexual. Bolsonarista raiz, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, está sendo investigado em sigilo por tocar partes íntimas, constranger e fazer convites inapropriados para funcionárias. Até agora, são cinco as vítimas que já falaram com as autoridades. O caso foi revelado na noite de terça, 28, em reportagem do Metrópoles.

Segundo a matéria, o Ministério Público Federal já colheu uma série de depoimentos de mulheres que foram vítimas das investidas de Pedro Guimarães.

Em viagens pelo Brasil, promovendo um dos programa da Caixa, com “mulheres bonitas” escolhidas a dedo para participar das comitivas, Pedro Guimarães foi comparado a um “boto” fazendo “dança do acasalamento” em piscina de hotel, na tentativa de seduzir as funcionários.

“Você gosta de sauna?”

Segundo um dos relatos, quando acaba a agenda oficial em viagens, Pedro Guimarães fazia convites de encontros inapropriados para as funcionários. Algumas foram convidadas a frequentar piscina ou sauna na companhia do presidente da Caixa.

“Ele me chamou para ir para sauna com ele. Perguntou: ‘Você gosta de sauna?’. Eu disse: ‘Presidente, eu não gosto’. Se eu tivesse respondido que gosto, ele daria prosseguimento à conversa. De que forma eu falo não? Então, eu tenho que falar que não gosto. É humilhante. Ele constrange”, disse uma mulher identificada como Thaís, que na mesma viagem recebeu um “beliscão” do presidente.

Em outra viagem, mulher chamada Cristina relatou que duas funcionárias da equipe foram chamadas para ir à piscina do hotel encontrar Pedro Guimarães. Tiveram de assistir a “performance” dele na piscina. “Ele parecia um boto, se exibindo. Era uma espécie de dança do acasalamento”.

Um das mulheres ouviu de uma pessoa próxima a Guimarães: “E se o presidente quiser transar com você?”

Cristina também relatou ao Ministério Público que Pedro Guimarães planejou viagem pela Caixa para uma cidade baiana com o objetivo de ver troca de casais envolvendo as funcionárias.

“Ele me falou: ‘Vou te rasgar. Vai sangrar’”, disse Cristina. Segundo ela, Guimarães começou a “arranjar casais”: “Ele dizia, apontando para nós: ‘nessa viagem fulano vai pegar você, beltrano vai pegar você’. Foi nojento”. 

“Toma um banho e vem aqui”

Outra funcionária, chamada Beatriz, relatou que foi obrigada a ir até o quarto de Pedro Guimarães entregar itens que o presidente da Caixa estava pedindo. Quando chegou na porta, ouviu: “Vai lá, toma um banho e vem aqui depois para a gente conversar sobre sua carreira”. A mulher não respondeu. “Na porta do quarto dele. Ele do lado de dentro e eu um metro para fora. Falei assim: ‘Depois a gente conversa, presidente’. Achei aquilo um absurdo. Não ia entrar no quarto dele. Fui para meu quarto e entrei em pânico.” 

Em outra viagem, Beatriz foi assediada fisicamente por Pedro Guimarães.  “Ele passou a mão em mim. Foi um absurdo. Ele apertou minha bunda. Literalmente isso”, afirmou.

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7 Comentários

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  1. Vai dar ruim pro boto. Espero que as funcionárias assediadas contem com bons advogados. Dá pra fazer um estrago bem grande nas finanças, na carreira e na reputação do puto.

  2. Quem votou nesse sujeito que ocupa a presidência da república sabia que esse tipo de coisa seria corriqueira em sua ocupação pelo poder. Espero que isto sirva de reflexão para todos e,principalmente,pelas mulheres .

  3. Não vou ler tudo nem comentar sobre esse assunto pois estou sem uma caixa de Plasil. Apenas indago sobre o papel da “imprensa”, indagação retórica, por óbvio, pois a ninguém mais causa estranheza. Lá atrás, o Correio Brasiliense noticiou os amassos entre o personagem e uma funcionária de um Banco Público. Qualquer “foca” poderia investigar se fora consensual entrevistando a funcionária, fosse o caso, ponto, assunto de vida privada. Não o fosse, a notícia poderia ter sido pormenorizada e o ovo gorado no ninho, evitando muitos dissabores às funcionárias assediadas. Mas o assunto foi noticiado, informando ser o presidente de um banco público, só ! Então qual, BB, BNDS, CEF ? E aí morreu o Neves, e o assunto morreu junto. A indagação: Se, hoje, O Lula for flagrado dando uns amassos na Janja, dentro de um carro, o CB noticiará que um ex-presidente do Brasil, etc. e tal……..e aí poderíamos pensar em Fernando Collor, FHC, Temer, Lula, ou não noticiaria nada ? Ou…imaginação livre, é só imaginar.

  4. Não vou ler tudo nem comentar sobre esse assunto pois estou sem uma caixa de Plasil. Apenas indago sobre o papel da “imprensa”, indagação retórica, por óbvio, pois a ninguém mais causa estranheza. Lá atrás, o Correio Brasiliense noticiou os amassos entre o personagem e uma funcionária de um Banco Público. Qualquer “foca” poderia investigar se fora consensual entrevistando a funcionária, fosse o caso, ponto, assunto de vida privada. Não o fosse, a notícia poderia ter sido pormenorizada e o ovo gorado no ninho, evitando muitos dissabores às funcionárias assediadas. Mas o assunto foi noticiado, informando ser o presidente de um banco público, só ! Então qual, BB, BNDS, CEF ? E aí morreu o Neves, e o assunto morreu junto. A indagação: Se, hoje, O Lula for flagrado dando uns amassos na Janja, dentro de um carro, o CB noticiará que um ex-presidente do Brasil, etc. e tal……..e aí poderíamos pensar em Fernando Collor, FHC, Temer, Lula, ou não noticiaria nada ? Ou…imaginação livre, é só imaginar.

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