Wellington Dias acompanhará regulamentação das bets após gastos do Bolsa Família e pede esclarecimentos à Fazenda

Carla Castanho
Carla Castanho é repórter no Jornal GGN e produtora no canal TVGGN
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Governo federal levará em conta a proteção dos mais vulneráveis e os possíveis impactos sociais causados pelas apostas online

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou que solicitou esclarecimentos ao Ministério da Fazenda e que acompanhará a regulamentação das apostas online para evitar que recursos de benefícios sociais sejam utilizados em jogos de azar.

O comunicado foi divulgado após um relatório do Banco Central revelar que, apenas em agosto, cerca de cinco milhões de beneficiários do Bolsa Família destinaram R$ 3 bilhões a apostas online.

“É fundamental lembrar que os programas sociais de transferência de renda foram criados para assegurar a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias em situação de vulnerabilidade. Nossa prioridade será sempre combater a fome e promover a dignidade para quem mais precisa”, enfatizou o ministro.

A regulamentação das chamadas bets foi anunciada pelo governo em maio deste ano, e Dias garantiu que o governo federal levará em conta a proteção dos mais vulneráveis e os possíveis impactos sociais dessa prática.

“Nosso foco permanece firme: garantir que o Bolsa Família continue sendo um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que esse objetivo se mantenha”, reforçou.

O estudo do Banco Central

O estudo do BC, elaborado a pedido do senador Omar Aziz (PSD), mostra que os R$ 3 bilhões transferidos para casas de apostas por meio do PIX correspondem a cerca de 24 milhões de beneficiários do programa social do governo.

O perfil predominante dos apostadores está na faixa etária de 20 a 30 anos, e o valor médio das transferências varia conforme a idade, com os apostadores mais velhos investindo mais dinheiro nos jogos online. Enquanto os mais jovens apostam cerca de R$ 100 por mês, os mais velhos chegam a gastar mais de R$ 3 mil mensalmente.

A proteção aos consumidores

Para reforçar a proteção dos consumidores, o secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, destacou a preocupação com o crescente problema da dependência em jogos de azar e o previsto superendividamento causado por aplicativos de apostas. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), promete agir para restringir a publicidade e o acesso a essas plataformas.

“A partir de 1º de outubro, será realizado um mapeamento das ocorrências, e a população é convidada a denunciar casos por meio do Consumidor.gov ou dos Procons”, informou Damous ao canal do YouTube ICL. A medida visa conter o que ele chamou de “tempestade das bets”, referindo-se à proliferação desses aplicativos no Brasil nos últimos anos.

“É um drama essa febre de apostas aqui no Brasil, aliás, em todo o mundo, onde esses jogos são permitidos. Isso vai trazer muito problema, superendividamento, que é outro flagelo brasileiro, vai trazer dependência. Aquilo que o governo arrecada em termos de impostos (daí a necessidade de legalização dessas empresas) vai perder no SUS”.

2 Comentários

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  1. Brasil, um país em surto psicótico
    Quando ainda acampavam em frente aos quartéis e cantavam e rezavam para um pneu, alguém no Twitter (que vai voltar daqui a poucos dias), publicou que àquelas pessoas precisavam de uma dose maciça de Haloperidol.
    Bom, era uma piada, e fui ao Tio Google para entender e descobri que é um medicamento indicado para surtos psicóticos. Daí comecei a entender que não era uma piada, mas indicação de um profissional que entende do riscado.
    De lá para cá a patologia se agravou, e muito, mas muito mesmo. A psicopatia se alastrou pelo país de forma avassaladora, a saber.
    Pablo Marçal tem 1,3 milhão de seguidores no Insta, e cerca de 20% de intenções de voto em São Paulo, além de envolvimento direto em uma série de CRIMES, o sertanejo presidiário nada menos do que 45 milhões de seguidores, ou mais de 20% da população do país.
    E ainda as Bets, que consumiram “modestos” 3 bilhões dos beneficiários do Bolsa Família, APENAS NO MÊS DE AGOSTO/24, entre outras inúmeras aberrações, cada uma pior do que a outra. Os brasileiros gastam inocentes 20 bilhões POR MÊS EM Bets. 24 milhões de brasileiros participam ativamente de jogos de azar. E ainda há quem queira “regulamentar” as Bets. Ora, regulamentar as Bets é o mesmo que regulamentar o estupro.
    A solução para esse quadro desesperador? Ora, resgatando o velho e bom fumacê, quando os carros do Ministério e Secretarias de Saúde (estadual e municipal) percorriam as cidades pulverizando o inseticida para combater o mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti.
    No caso, um fumacê de Haloperidol por todo o país, que exigiria um investimento gigantesco do Ministério da Saúde, e uma grande integração e logística (não ousem chamar o general Pazuello) para atingir todo o país, a saber.
    Sul – Pulverizar todo dia por 1 ano os estados do RS e PR, exceto Santa Catarina, de quem se tratará logo mais abaixo;
    Sudeste – Estados populosos (SP, RJ) que exigirão atenção – e investimentos – redobrados, tipo a pulverização diária e a colocação de Haloperidol na água da Sabesp e outras companhias municipais. No caso de MG, além das medidas de praxe, Haloperidol no pão de queijo.
    Centro-Oeste – Aqui é especial. É uma região formada por 4 estados imensos, MT, MS, GO e TO. Como fazer? Simples, todas as inúmeras fazendas possuem aviação agrícola própria ou terceirizada para pulverização de “defensivos” nas lavouras (morei 10 anos no CO, entre MS e GO), daí os aviões pulverizariam não os campos de soja, mas os aglomerados urbanos. Três vezes por dia.
    Aí chegamos em GO e SC (Goiânia e Balneário Camboriú). Além de tudo que foi descrito acima, equipes volantes para atender os casos graves, ministrando haloperidol na veia.
    Norte e Nordeste – Relaxa, eles são de boa.
    O Brasil precisa, sim de Simão Bacamarte, e também de doses maciças e permanentes de Haloperidol.

  2. O braZil é um país que, antes de resolver os seus principais problemas, inventa outros, num estoque infinito deles.
    É marromênu como a dívida pública: nunca acaba, só cresce…
    Moral da história. BET pra quê?!
    Não tem que regular, taxar, limitar propoganda e o escambau!
    Tem que ANULAR a liberação, dada pelo “estadista” Temer e deixada rolar pelo seu “mítico” sucessor na inacreditável parceria do atraso de 65 anos em 6,5 do país.

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