Xadrez sobre os hackers de Araraquara – 2, por Luis Nassif

A resposta estará nas investigações da Polícia Federal. E está em jogo a própria sobrevivência da PF como instituição permanente.

É mínima a possibilidade dos quatro de Araraquara serem os responsáveis pelo dossiê do Intercept. Pelas informações de especialistas, o sistema de hackeamento é complexo exige conhecimento técnico, processamento demorado e é feito por tribos que se comunicam internacionalmente.

Por isso mesmo, há muitas coisas a serem esclarecidas ainda.

Capacidade técnica de fazer o hackeamento -. Um pequeno estelionatário, sem formação, sem turma, especialIzado em pequenos golpes de cartão de crédito não teria conhecimento para tanto.

Segundo uma publicação que teria tido acesso a um comunicado do Anonymus Rio:

“O método apresentado pela PF, apesar de tosco, é possível. Mas perguntas surgem. Porque esses criminosos, mesmo sabendo da seriedade de invadir conversas de mil autoridades, não tomaram medidas de segurança simples? Por que não se livraram da prova de seus crimes mesmo com toda a repercussão nacional e internacional dos vazamentos?”.

O comunicado cita ferramentas como VPN’s, redes privadas virtuais, que servem para “mascarar” a atividade e são utilizadas por hackers e profissionais de segurança. Inverossímil

O script – no seu depoimento, o hacker Walter Degatti Neto traçou um script bem ensaiado sobre a maneira como foi obtendo celulares de autoridades. Verossímil

O contato com Manuela Dávila – sabe-se que procurou Manuela e, através dela, conseguiu o contato com Glenn Greenwald. Para comprovar o grampo, teria apresentado uma gravação obtida nas conversas. Verdade

O contato com Glenn Greenwald – O jornalista mostrou um diálogo com sua suposta fonte, negando qualquer relação com grampos em Sérgio Moro e companhia. Ao mesmo tempo, suspeito e advogado sustentam que a única aproximação com Glenn foi virtual. Não houve nenhum contato presencial. Sem confirmação.

Versão de Moro e da Globo – antes mesmo que a Polícia Federal periciasse os celulares ou inquirisse os araraquarenses, Sérgio Moro já mostrava certeza de que eles haviam fornecido o material para o The Intercept. Antes mesmo de Moro, O Globo já antecipava essa conclusão, sem haver nenhum contato com a PF. Suspeito

Uso do material – Imagine um pequeno estelionatário, especialista em golpes com cartão de crédito, sem histórico político ou de participação em tribos de hackers, dispondo dos cartões de mil pessoas, entre elas alguns dos homens fortes do regime. A troco de quê perderia tempo em uma operação típica de hacker – levantar informações confidenciais de autoridades, de interesse público – podendo encher as burras de dinheiro? Inverossímil.

A seriedade da Polícia Federal – há informações de que a equipe que conduz o caso é séria. No entanto, alguém vazou para Moro a lista de número de celulares de autoridades encontrado com Walter Degatti Neto. E vazou para o Jornal Nacional trechos de depoimentos sigilosos. Ponto de dúvida

A partir desses fatos, há um conjunto de dúvidas. E duas hipóteses possíveis.

Hipótese 1 – uma operação armada pelas organizações que sustentam Sérgio Moro.

Sabendo que houve um hackeamento nos celulares da Lava Jato, montar uma operação rápida com um pequeno estelionatário do interior de São Paulo, vulnerável – porque com ampla capivara na Justiça – para, a partir dele, incriminar o The Intercept.

O sujeito teria sido preparado voltando para o Twitter, iniciando uma militância extemporânea, ao mesmo tempo em que seriam providenciadas tentativas de hackeamento em autoridades. Depois, haveria um ensaio com ele sobre uma narrativa verossímil.

Descoberto pela Polícia Federal, confessaria ter sido o fornecedor dos arquivos para o The Intercept, tendo recebido por isso. A partir daí, estaria configurado o crime do jornal.

A pressa de Moro de destruir os arquivos seria para evitar a perícia que pudesse atestar que não se trataria do mesmo divulgado pelo The Intercept.

É hipótese forte, que exigiria uma boa retaguarda de hackers para montar a narrativa.

No entanto, essa versão não bate com a confissão de Degatti, de que não recebeu nada pelo envio, praticamente inocentando o The Intercept.

Há uma explicação para isso. Se admitisse o pagamento – mesmo não tendo ocorrido – Vermelho estaria sujeito a prisão. Ao negar, ele cumpriu sua parte no script, jogou a suspeita no meio da sala, mas não se autoincriminou.
Repito: é apenas hipótese a ser investigada.

Hipótese 2 – Degatti representando hackers

Nesse caso, haveria uma tribo de hackers por trás, que utilizou Degatti como intermediário. Mas não bate também. A troco de que recorrer a um pequeno estelionatário, sem tradição no mundo dos hackers, e sem conhecimento maior do universo político e midiático?

A resposta estará nas investigações da Polícia Federal. E está em jogo a própria sobrevivência da PF como instituição permanente. Há seriedade em algumas manifestações, mas vazamentos de interesse de Sergio Moro.

É curioso que dois episódios centrais na carreira recente de Bolsonaro – o esfaqueamento e o dossiê – tenham como autores pessoas totalmente desequilibradas.

Leia também: Xadrez de como Moro pode ter armado a história dos hackers

43 Comentários

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  1. Tem uma hipótese é que o Vermelho poderia está atrás de dados das pessoas processadas pelo Moro e o DD.
    Imagina se ele consegue, vamos dizer, os dados de uma conta na Suíça de um, por exemplo, Paulo Roberto Costa. Isso explicaria essas supostas viagens a Suíça que ele diz que fez. Não correria risco nenhum – ladrão roubando ladrão. Acho que ele tentava hakear pessoas da Justiça em busca de dados de pessoas processadas.
    Se for verdade mesmo que ele tem dinheiro na Suíça ele já poderia ter dado este tipo de golpe.

  2. Basta Greenvald entrar em contato com sua fonte novamente, se ela responder significa que não está presa ! Depois pronta o diálogo resposta da fonte no intercetp.

  3. Continuo lembrando do delegado Protogenes e da operação Satiagraha. Bastou o Gilmar e o republicanismo petista para acabar com tudo. Mas no universo de dois pesos e duas medidas tudo é possível. Que nojo.

  4. Nassif, presta atenção, o único item que vc colocou como verdade é, na realidade, duvidoso.
    Vc diz:
    “O contato com Manuela Dávila – sabe-se que procurou Manuela e, através dela, conseguiu o contato com Glenn Greenwald. Para comprovar o grampo, teria apresentado uma gravação obtida nas conversas. Verdade”
    Manuela admitiu que teve contato com alguém, não necessariamente com o cara que foi preso.
    É difícil crer que Manuela não tenha comentado nada com ninguém acerca do acontecido. Essa informação deve ter se espalhado e é bem provável que as “autoridades” já sabiam que Manuela tinha sido a intermediária do contato. Como a fonte era anônima, pode-se colocar qualquer um nessa condição.
    Espero que Manuela, já que está no exterior, providencie perícias particular antes de entregar seu celular para a PF.

    1. “É difícil crer que Manuela não tenha comentado nada com ninguém acerca do acontecido”

      Nen sequer uminha pessoa com formacao de JORNALISTA no planeta inteiro teria feito isso.

  5. Variação da hipótese 1: Moro obteve com a NSA as informações de como o Intercept obteve os arquivos, inclusive o contato com a Manuela. A criminalização do Intercept será feita não com o pagamento, mas dirão que têm os arquivos originais e que estes foram adulterados pelos jornalistas.

    1. Acredito que isto pode ter acontecido. Até com um acréscimo: Moro foi buscar socorro com os espiões institucionais da matriz. Mas o povo de lá já deve estar de saco cheio de tanta incompetência. Pagaram por serviço profissional e estão recebendo serviço mal feito. Mandaram o estagiário construir uma narrativa para Moro deixando que se afogue sozinho.

  6. Nassif, o mais estranho é Moro se dar a esse trabalho todo para depois o hacker inocentar o Glenn, é isso que não faz sentido…. O “modus operandi” de Moro indica outra coisa, ele costuma ser radical…. Vide o que fez com Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro, OBRIGADOS a incriminar Lula, mesmo sem provas, para terem suas penas reduzidas….. Não bate com o jeito de Moro um “acordo mais ou menos”……….
    Porque do jeito que a coisa está, é como se moro tivesse agido – se tudo isso foi armado por ele… – de um modo muito, muito IDIOTA, e aparentemente ele costuma ser bem mais calculista do que essa hipótese.
    Mas é fato, que a história está envolta em dúvidas e mistérios…… Hoje, se “parasse por aí”, Glenn seria o vencedor!

    1. “Nassif, o mais estranho é Moro se dar a esse trabalho todo para depois o hacker inocentar o Glenn, é isso que não faz sentido…. O “modus operandi” de Moro indica outra coisa, ele costuma ser radical”:

      Eduardo, Moro FOI radical. A esse ponto ta com cara que ele vazou informacoes DO PROPRIO telefone na armacao dos hackers de Arararaque. Note se que o minuto exato que Moro disse que os dados do telefone “batiam” -confirmando a veracidade dos dados- Greenwald confirmou outra coisa completamente diferente: que os dados tinha sido vazados do telefone DE DALLAGNOL!

      E no entanto, batiam com o que Moro ja tinha aas aas maos no proprio telefone.

      Por enquanto, nada mais faz sentido pra mim exceto que Moro so provou o proprio envolvimento numa farsa legaloide. A tentativa clara de destruicao de provas com avisos previos a parlamentares e juizes com mais peso judiciario e constitucional que ele so prova isso de novo, e tambem que ele tava pedindo apoio de superiores hierarquicos que o TELEFONE DELE miseravelmente fudia.

  7. Hipótese 1 tem mais consistência…
    e até me fez lembrar que o sucesso internacional do ET de Varginha também precisou de relatos de avistamentos de objetos voadores não identificados na semana anterior

    Segundo alguns hackers de verdade, caso deve entrar para a história da DeepWeb como
    O Incidente de Araraquara

    além de lembrar muito o que Bolsonaro aprontou antes de ser jogado fora pelo Exército

  8. Nassif, Manuela confirmou contato antes do intercept ter acesso.
    O método que divulgaram que o cara usou é bem crível. Não foi necessário uma linha de código. Foi um bug de telefonia.
    Ficar negando o óbvio fica chato. Perde credibilidade na argumentação com os coxinhas.

        1. Continua mentindo, cara, voce ta pensando que ta ficando com idiotas aqui. Nao somos.

          A unica data que ela confirma nesse item eh 12 de MAIO.

          Ela confirmou contacto, so isso. Glenn, nesse meio tempo, ja tinha dito publicamente MUITO ANTES dela mencionar essa data, que tinha os arquivos varias semanas antes, e tambem ja confirmou que eles vieram do telefone de Dallagnol.

  9. Não vi ainda em nenhum lugar a hipótese de que o hackeamento foi operado pelas milícias virtuais bolsonaristas.

    Bolsonaro pode ter interesse em destruir Moro politicamente, assim não o terá como concorrente em 2022. Moro e os demais lavajatistas. Mesmo que haja o risco de soltar o Lula, o caos provocado poderia valer a pena na missão de minar a credibilidade da imprensa.

    Isso explicaria a tentativa de tentar envolver a Manuela desde o início. Poder colocar alguém de esquerda na origem dos vazamentos jogaria daria combustível para as redes bolsonaristas de fake news.

    Ao não topar a parada e indicar o nome do Glenn, casado com um psolista, Manuela poderia ter dado uma boa ideia ao miliciano bolsonarista. Ao invés de vazar pela vice da chapa do PT, vazar por um jornalista gay, casado com esquerdista que ocupou a cadeira do Jean Wyllis. Um prato cheio para fake news.

    Bolsonaro quer o poder absoluto. Ele tentará destruir tudo e todos que puderem o confrontar.

  10. Para uma república de bananas que agora é governada como se fosse a quitanda dos tres patetas, uma armação totalmente sem nexo mas que vai convencer grande parte de uma sociedade alienada, extremamente manipulada pela midia oligopolizada e outros grupos. Agora Moro é uma vítima de perversos hackers aliciados por um estrangeiro inimigo da família tradicional. Atos de apoio ao honesto Moro atacado por hackers e pedindo a prisão do estrangeiro inimigo dos bons costumes. No tempo do Getulio tudo era mais elaborado, por exemplo, o plano cohen. A farsa da facada com Adelio percebia-se, pra quem tem alguma compreensão, uma farsa óbvia mas que poderia com facilidade convencer a grande maioria, inclusive a midia oligopolizada que quis acreditar. A facada teve know-how yankee. Mas quando a turma do Moro ( ou o GSI ?) elaboraram a trama dos pseudo-hackers de araraquara, o resultado foi amador, mambembe, tosco, mas ainda assim convencerá a população da república bananeira que desceu ao degrau mais baixo de uma república bananeira: ser comanda por alguem tosco, totalmente despreparado e fascista. É a festa da torcida campeã. É campeão. Da ignorância, miséria, exploração, o Gabriel Pensador já pensou nessa frase antes.

  11. Nassif, o ponto forte do xadrez reside na pressa com a qual o ex-juiz tenta destruir as provas que poderiam eliminar o Araponga de Araraquara como fonte do The intercept.
    Mas o que precisa ser explicado é este contato com a Manuela, caso tenha ocorrido antes do início das reportagens do The Intercept.
    Será que os verdadeiros hackers não sacrificaram através de um bucha um material que vinham obtendo em proveito de grupos apátridas e com fins variados para, com auxilio da Globo, desacreditar o The Intercept e impedir que os desvios da Lava(Vaza)-jato continuasse chegando ao público?
    Quem orientou para que as autoridades federais chegassem ao Araponga de Araraquara pode ser a chave para esclarecer todo este imbróglio, mas certamente os EUA estao por trás pois foi para onde o ex-juiz correu assim que a bomba vaza-jato começou a sugar e tornar público os detritos dos esgotos da Lava-jato.
    São reflexões. Mas as revelações corajosas do The Intercept, expondo toda esta podridão perfumada com um pseudo combate a corrupção, acirrou o sentimento fascista no país que caminha para uma desgraça.

    1. Gostaria de complementar lembrando que aquele que talvez seja o grande nome da oposição para as proximas eleições presidenciais, Flavio Dino, é do PCdoB. Então, não custa nada para um bando de golpistas preparar o terreno para enlamear uma provável candidatura de Flavio Dino e por esta razão incluiram Manuela com antecedência que nao confirma contato com o bucha preso.
      Mas precisaram sacrificar um material para livrar os vendilhoes das denuncias Intercept .

  12. por Fernando Horta, em perfil de rede social

    Minha hipótese sobre o imbróglio Moro-CIA-Vaza a Jato.

    A inteligência brasileira (aparelhada pelos militares desde o governo Temer com Etchegoyen) monitora cerca de 3 a 4 mil pessoas da esquerda hoje no Brasil. Com escutas ilegais, invasões digitais e etc.

    Este grupo identificou no início do ano a vulnerabilidade do governo quando descobriu que Glenn havia recebido algum material. Sem saber o que era exatamente eles colocaram em prática uma ação militar conhecida para “diminuir danos”.

    Moro foi aos EUA para apagar todas as informações comprometedoras de seu celular, laptop e dos servidores da Internet que, para quem não sabe, ficam nos EUA.

    No mesmo momento, eles criaram o plano para tirar ou diminuir a credibilidade do material do Glenn.

    Pegaram um criminoso monitorado pela ABIN (figura clássica para servir de bode expiatório) e inventaram que esta criatura seria o “hacker”. Assim, garantem que a fonte do vazamento é “ilegal” e protegem Moro e Dallagnol.

    O pobre “hacker” preso já recebeu a proposta de confirmar a versão do Moro e receber uma pena branda, conservando grande parte da grana que acumulou com os crimes.

    Este é exatamente o modo de operação da Lava a Jato. Usaram a Manuela para “esquentar” a versão, mas o material que o Glenn tem não foi passado pelos presos do Moro.

    Ainda, o Moro declara que o “hacker” invadiu e coletou informações de “autoridades” em todos os poderes brasileiros e assim “esquenta” o material que ele recebeu via NSA e CIA.

    É a desculpa perfeita. Moro tem os vazamentos feitos pelos americanos, diz que foi um “hacker” criminoso brasileiro, colocando o material do Glenn no mesmo balaio.

    Deixando claro, EXISTEM 3 materiais vazados DIFERENTES, de fontes diferentes, conteúdos diferentes e que Moro vai confundir como se fossem o mesmo:

    1) o material grave e cheio de crimes do Moro e Dallagnol que está com o The Intercept.

    2) o material inócuo e desimportante que o laranja “hacker de Araraquara” obteve na ação pensada pela inteligência brasileira.

    3) o material que Moro recebeu da NSA, que é totalmente limpo dos seus crimes e dos da lava a jato, mas contém vazamentos da vida pessoal, crimes e etc. de autoridades brasileiras.

    Com esta estratégia acontecem as seguintes coisas em curto espaço de tempo:

    – Moro passa a ter material para chantagens de autoridades que não sejam tão alinhados quanto o “in fux we trust”

    – Permite o argumento da “árvore envenenada” para invalidar juridicamente TODO o material do The Intercept. Sendo que ele precisa apenas de 4 votos no STF (“o fux é nosso, aha uhu”)

    – Moro passa a ter material e motivos para processar Glenn e pedir busca e apreensão em TODO o material do Intercept.

    Para isto basta apenas mostrar material íntimo vazado pelos americanos a ele, Moro, e dizer que foram os “hackers de Araraquara” argumentando pelo “risco” do crime continuado e dizendo que o material do The Intercept pode “prejudicar terceiros” além do Brasil

    – Com busca e apreensão no The Intercept eles farão “perícia” nos dois materiais (o do Intercept e o do “hacker de Araraquara” que, na verdade, é o material da NSA americana dado ao Moro).

    Não vai fazer diferença se o Glenn disser que a apreensão não pegou o material, eles precisam apenas parecer que pegaram o material do The Intercept, pois vão inventar o conteúdo do mesmo jeito.

    – Nesta “pericia” de comparação, feita por um “método” impessoal de “comparação” simples por um software, vão “mostrar” que o material “foi adulterado”.

    Com isso acabam com o material do Gleen e, ao mesmo tempo, indiciam o The Intercept, Glenn, Demori e etc. Por crimes digitais, receptação de mercadoria roubada, chantagem, formação de quadrilha e etc.

    Indiciam Manuela, Reinaldo Azevedo, Mônica Bergamo por associação ao crime, por bloquear as investigações, por tentar bloquear a justiça e etc.

    – os “hackers” vão fazer “delação premiada” e terminarão o ano que vem como os delatores da lava a jato: em prisão domiciliar gozando o fruto dos crimes.

    – Glenn, Demori e todos os que manipularam diretamente o material vão ter prisão decretada.

    – Os jornalistas brasileiros com algum nome (como o Reinaldo Azevedo e a Mônica Bergamo) serão processados civilmente também e vão tomar umas multas milionárias.

    – O STF vai se acovardar e declarar o material todo nulo. Lula segue preso, Dallagnol solto e inimputável e Moro novamente um herói.

    – O Brasil segue sendo vendido, Bolsonaro como mico animador de plateia na cabeça de um estado fascista, controlado por instituições corrompidas e com Moro como “eminência parda”, tendo controle total das polícias, do judiciário e do MP.

    Toda a família Bolsonaro estará nas suas mãos e se eles tentarem algo, o Queiroz será encontrado ou as investigações contra os filhos do Bolsonaro andarão mais “depressa”.

    – Bolsonaro quer indicar o filho para a embaixada nos EUA porque viu que o contato dos americanos com Moro em imenso e “perigoso” aos Bolsonaro.

    Só há dois problemas neste plano:

    – As instituições ainda não estão totalmente conformadas e resistências pontuais podem fazer um grande estrago.

    – As eleições.

    Bolsonaro vai querer se candidatar e Moro, Doria e Witzel têm seus egos nas nuvens.

    Se os senadores disserem em alto e bom som que Moro NÃO vai para o STF, acaba o contrato de apoio Moro-Bolsonaro.

    De repente, ao invés de amigos e colaboradores os dois se tornarão como amantes que dividem a mesma cama mas quer matar o outro.

    A curto prazo todo o Brasil republicano perde.

    No médio prazo temos ainda uma chance grande de todos perdermos muito…

    A inação e o conluio do STF destruíram o Brasil.

    *Fernando Horta é formado em História pela UFRGS, com mestrado em História das Relações Internacionais na UnB, onde cursa doutorado

    1. Eu considero a hipótese de Horta plausível.
      Acho ainda que a Lava Jato e Moro podem ter constatado ou foram avisados de possiveis haqueamentos antes mesmo do Intercept ter recebido o material.
      Acho ainda que não somente Manuela foi contactada com a oferta de vazamentos. Presumo que outras pessoas do espectro da esquerda devem ou podem ter sido sondadas, para com isso envolver personalidades ou partidos, como foi feito com Manuela. Descobrir isso ajudaria a desmontar a farsa.

      As viagens de Dallagnol e Moro ao mesmo tempo aos EUA têm com certeza relação com o caso e a CIA e NSA estão envolvidos até à medula, o que acho seja unanimade em todas as hipóteses.

  13. Falta uma hipótese: estão alucinados com o que ainda será ou poderá ser revelado, sem que saibam (Moro, TRF-4, Supremo…) até onde possuem conversas registradas. Atordoados, produzem falsas “descobertas” para que o informante e o próprio Intercept cometa algum descuido…
    Ou seja, o pior cenário para o(s) Moro(s) é o desconhecimento da amplitude do material em posse do Intercept (e a agressividade que demonstram pode ter origem nesta preocupação: de todos, de Curitiba à Porto Alegre até Brasília!). E a loucura desta ignorância sem qualquer informação e a menor ideia de como foram adquiridas (e a amplitude) estes diálogos os levam a gerar fatos falsos como iscas.

  14. Nassif tem várias camadas de hackers nessa brincadeira.
    Todos encobertos por zilhões de dados, tipo assim uma dezena de censos chineses, que se misturam aos do telegram da turma.
    Coitadinho do carinha de arara…..quara…kkkk. Pelo menos espero que ele tenha negociado a inocência nos demais processos que responde…. que o moroso seja declarado responsável único por soltar bandido.

  15. 1- Os detidos de Araraquara não são Hackers. São golpistas virtuais, usuários de métodos rudimentares para aplicação de golpes financeiros. Não tomaram providências de segurança, como a utilização de VPN mencionada pelo ANONYMOUS, justamente por serem apenas amadores que encontraram um método tosco (espécie de gambiarra) para violar celulares de terceiros.
    2- Improvável que os planejadores de um suposto ardil soubessem que Manuela D’ávila fora a mediadora entre a fonte do The Intercept e Glenn Greenwald, para que pudessem passar a informação ao Delgatti.
    3 – Não faz sentido afirmar que não recebeu dinheiro para evitar a prisão, já que cometeu crime da mesma forma, e agora detido ,será julgado também por outros ilícitos de que é acusado.

    1. “Os detidos de Araraquara não são Hackers”

      Nao so isso. Eh so pedir pra qualquer um ou todos do hackers de Arararaque pra sentar num computador e enfiar um “Feliz aniversario” pelo drop-box do Glenn pra se ter certeza em menos de uma hora se eles sao ou nao capazes desse feito, nao eh?

      Quantos dias se passaram e por qual razao isso nao foi feito ainda?

  16. E NESSE AMADORISMO E EMBRÓLIO DE MORO, CERTAMENTE STF JÁ ESTA COM AS BARBAS DE MOLHO COM UMA FIGURA QUE SUPOSTAMENTE IRÁ COMPOR SE BOZO INDICA-LO. MARRECO VAI ACABAR NO OSTRACISMO E SAIRA DO BRASIL, ATE PQ E ENVIADO DOS EUA OU ALGUEM TEM DUVIDA? AS EMPRESAS NACIONAIS FORAM AS RUINAS E A SOBERANIA EM FRANGALHOS.

  17. Xadrez do interesse na destruição de provas:

    Quem tem interesse na destruição de provas?
    PT? Greenwald? Manuela? PCdoB? PSol? Não. Todos exigem até na justiça, a preservação. Logo não devem ter culpa no cartório.

    Moro? Dellagnol? Sim. Logo… tirem suas conclusões.

  18. Só um completo imbecil para acreditar nesta história deste ex-juiz ladrão e golpista.
    Mas a globo tem muitos seguidores que são completos imbecis.
    Nisso a globo merece elogios: sua grande capacidade de idiotizar pessoas.

  19. Eles querem forçar contato entre o Greenwald e a sua fonte, devem estar monitorando o tempo todo para descobrir. Ficam balançando o hacker Tabajara por todo o lado, para serem desmentidos.
    E esperam um passo em falso.
    Monitoram não daqui.
    O plano também não é daqui.

  20. Eles querem forçar contato entre o Greenwald e a sua fonte, devem estar monitorando o tempo todo para descobrir. Ficam balançando o hacker Tabajara por todo o lado, para serem desmentidos.
    E esperam um passo em falso.
    Monitoram não daqui.
    O plano também não é daqui.

  21. E por que motivo excluir a hiopótese de fogo amigo? Duvido e muito que um cara banal lá de Araraguara estivesse interessado nessas coisas de LJ. E foi jogado nisso exatamente porque é um idiota. Tem um procurador que não estava gostando nada nada de nadinha da posição dele dentro da LJ. É um procurador com muito mais tempo de serviço que o Carola devoto, muito mais experiente e, no entanto, foi colocado como “subordinado” do Caralo Devoto.Há até uma pssagem em que ele critica as opções adotadas pela força tarefa.É um exemplo, mas tem outros. Ademnais, o Telegram já afirmou por escrito, que não houve invasão alguma nos celulares e, ainda há o depoimento de uma ex funcionária do MPF, afirmando que não se trata de hacker, mas sim de fogo amigo. E é sabido por todos que Sérgio MOro virou uma estrela sem te brilho algum e isso incomoda e muito, membros do próprio judiciário. Até Gilmar Mendes ficou puto. “esse cara fala com Deus?” pergunou Gilmar numa plenária do STF.

  22. Salienta -se que:
    1- quem tem tecnologia pra fazer um “hackeamento” dessa proporção, em tamanho e complexidade, que atinge autoridades de cargos elevados da nação são poucos lugares do mundo. Talvez, EUA, Israel, Rússia e China.
    No Brasil, abin e exército.
    2- existe uma disputa internacional imposta pelos EUA com os multiblocos( BRICs, UE), que busca reafirmar sua hegemonia. Essa disputa inclusive se dá no plano das informações, desde acesso a informações privilegiadas ( que inclui espionagem e inside information) a até a difusão de fakenews que poluem as nuvens de informação e obrigam os serviços de inteligência a processarem melhor seus dados. Há uma tendência global dessa guerra de informações forças a um incremento no desenvolvimento tecnológico tanto de proteção quanto de ação para preparar melhor o subsídio da decisão dos líderes e do comando global.( Isso desemboca também na guerra bélica)
    3- o mundo é enxergado como zona de influência, isso que ocorre no Brasil é a disputa pelos seus recursos. O comando de hj, tem uma preferência específica pelos EUA, seja lá por quais motivos ideológicos e financeiros.

    Não podemos desvincular essa análise destes fatos.
    No plano nacional, existe uma disputa pelo poder no bloco que assumiu o controle do governo.
    Pressuposto a ser analisado:Assumindo que muitos deles tem auxílio do governo EUA e que se ” o inimigo do meu inimigo, é meu amigo” podemos assumir que o grupo opositor pode procurar auxílio do outro lado da esfera de influência, china e Rússia.
    Pressupostos 2 a ser analisado;
    Existe uma cisão dentro do circuito militar ( o circuito militar tem capacidade técnica e pessoal preparado pra construir esse tipo de hackeamento). O presidente tem dado preferência a uma ala e detrimento de outra, tem comprado inimigos. Preenchidos os espaços com gente de confiança e que possivelmente tem envolvimento com grupos milicianos.
    Se por um lado a nomeação do filho para embaixada americana visa facilitar a já encaminhada ampliação da posse/ porte de armas da população ( ingresso de uma financiadora da campanha deles no mercado Brasileiro) por outro terem cedido a base de Alcântara aos EUA dá um posto avançado deles no Brasil.
    Eventuais problemas que podem ocorrer no território nacional a quem se opõe a está política. Como TB a grupos opositores que eventualmente, podem tentar tomar o poder ( ou isto pode ser forjado).

  23. Concordo bastante com Fernando Horta sobre essa “teia de aranha”. Tudo preparado para parecer o que querem que pareça, inclusive colocando alguém como a Manuela D´Avila no meio da história. Eu aposto haver não haver hacker nenhum. Quem repassou tudo isso ao Intercept era alguém que teve acesso à Lava Jato. De dentro ou não tanto.

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