Lula sempre esteve na mira, é único no palanque e sem medo de discursar

Não pude ficar triste, ou ter qualquer outro sentimento, porque não ouvi o discurso de Lula neste 1º de Maio da CUT, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Como poderia tê-lo feito se vivo, como milhões, entre estados periféricos do Brasil?

Mas vi as imagens na internet. E, sempre à distância, acompanhei sua trajetória, mas, mais que a dele, a de seus companheiros de luta e ideais ativistas populares e sindicais dos brasis distantes de São Paulo e Rio de Janeiro. E, como Lula, eles sempre foram isolados, segregados, demitidos para posteriormente serem chamados de vagabundos, até que, é claro, raiou o poder federal no horizonte do Brasil.

Àquela época não havia presidentes e prefeitos que “deveriam estar”, mas não compareciam, aos palanques do Dia do Trabalhador. Todos do mesmo lado de Lula eram desconhecidos, como são até hoje aqueles que não ocuparam posições de poder ao longo dos vários mandatos ocupados por eleitos do partido de que ele é fundador e símbolo. E se carregavam faixas e cartazes de todo tipo, incluídos protestos de “tendências” políticas internas ao movimento dos trabalhadores por conta do descompasso interno, as quais ao longo dos anos se transformaram em partidos e hoje estão na oposição.

Lembro de muitos lulas dos arrabaldes do país falando apenas para alguns colegas de trabalho, amigos e familiares em longínquos primeiros de maio, naquelas eras em que não havia muito do que se alegrar, tampouco muita esperança naqueles que os ouviam há milhares de quilômetros de centros que concentravam trabalhadores.

Não há o que lamentar num discurso que não tem novidades ou não aponta para o futuro, pois o passado e seus donos se negam a passar. A reação continua repetitiva, raivosa, retrógrada e sempre com os mesmos ataques à plebe, sem necessitar de argumentos para compartilhar com seus amigos proprietários da mídia e com eleitos a quem patrocinam para que esses defendam cegamente seus interesses, haja vista sua relação espontânea de dependência e sua fidelidade canina de subserviência e deslumbramento.

Lula não se queixa da imprensa, Lula a critica duramente e aponta as distorções propositadas que propala impunemente, escudada pela causa irretocável que ele ajudou a defender, a liberdade de expressão, ora utilizada meramente como plataforma irresponsável da postura oposicionista que ela se atribuiu, menoscabando com essa atitude inclusive àqueles que sustenta, os políticos seus aliados. E é claro, que não se pode esquecer que foi, apesar dessa mesma mídia, desses mesmos donos, do mesmo patriciado conservador, que jamais se conformarão com a mudança de grupos de poder, que o PT foi escolhido sucessivamente nos últimos doze anos para presidência do país pela maior força que existe numa democracia: o voto.

Ao ver e ouvir Lula agora, a sensação se tem é a de estar assistindo o recomeçar contínuo de ciclos mágicos e trágicos, que, alternadamente, conduzem e arrancam do poder líderes populares que promovem profundas transformações sociais e que saem da vida para entrar na História exatamente por isso. Não é tão difícil se crer que, mesmo líderes de grande aceitação pelo povo, reconhecidos mundialmente como vencedores, em poucos anos possam sofrer com os efeitos do revisionismo de boa e de má fé de todas as origens e distintas justificativas, voltados a questionar ideologicamente ou a destruir no imaginário a possibilidade real da ascensão de lideranças igualitárias.

De fato, Lula não precisa provar mais nada. Já passou para a história, em um lugar grandioso a despeito da origem pobre, e necessita cuidar da saúde, em especial por estar no ano de seu septuagésimo aniversário e já ter sido tratado por conta de doença grave, tendo em conta que para sua biografia ele continua a fornecer gestos, palavras e exemplos que seguem merecendo registros como modelos para reflexão para aqueles que o sucederão como, aliás, o sucedeu aquela que ele escolheu como candidata e que se reelegeu com sua ajuda.

Nesses tempos bicudos, que é bom que se diga, se iniciaram em 2005 a apenas três anos da primeira posse presidencial de Lula, um violento desgaste foi irrogado ao PT em decorrência dos próprios erros da primeira vez do partido no poder. Ajudaram sobremaneira nisso os aumentativos atribuídos aos apelidos dos casos judicializados, inspirados por um crápula dentre os líderes da adiposa coalização do primeiro mandato presidencial, e aos quais a grande mídia corporativa oposicionista deu grande e facilitada reiteração e retumbância, a ponto de serem adotados por jornalistas de grande competência, mesmo aqueles que têm vínculos com Lula.

É impossível um mito perder seus dons, com apenas uma exceção: que ele seja um falso mito. E esse, definitivamente, não é o caso de Lula.

Lula é um símbolo político tão forte e inexpugnável que, mesmo com todo o bombardeio maciço direto e indireto a que tem sido submetido permanece uma figura pública de influência mundial e, ainda que venha a ter êxito a pretendida destruição do PT como partido político, Lula e a própria sigla não sucumbirão no plano das conquistas simbólicas do povo brasileiro, tal como não sucumbiram Brizola e o velho PTB, mesmo com a usurpação da sigla e o bloqueio midiático imposto ao defensor da Legalidade e do trabalhismo brasileiro. Política é simbolismo e concretude e, por isso, para a História Lula será sempre o velho PT e PT será sempre o velho Lula, mesmo depois das inelutáveis mortes dos dois que, oxalá, ainda tardem muitas décadas.

Num conflito existem atos violentos de parte a parte. No alegado conflito, que degenerou em confronto e se “encaminha para uma guerra de extermínio” entre mídia e PT quais foram os gestos de parte a parte? O que, efetivamente, o PT fez de belicoso contra a mídia, além de eventuais discursos de indignação? Em relação ao que a mídia tem feito, resta alguma dúvida, tomando como símbolos apenas os casos do debate presidencial da TV em 1989 e da revista semanal da véspera das eleições de 2014?

E, se, ainda assim, Lula até meio ano atrás detinha o dom de presidente mais popular da história do Brasil, fica difícil descobrir qual a importância de outros dons que ele teria supostamente perdido ao longo do seu caminho recente.

É por saberem disso, que seus adversários da “aliança midiática-política-jurídica” jamais o tiraram da mira. Embora tal coligação seja fluida, é permanente, e só precisa se coagular e concentrar às vésperas de episódios mais consequentes para os rumos ideológicos nacionais. E estamos diante de alguns deles, tais como a assunção do protagonismo internacional geopolítico e econômico do país; a mobilidade massiva de camadas pobres da população para posições de maior influência na vida pública via poder aquisitivo e formação universitária, e o combate estrutural à corrupção. Não descobriram nada de novo agora: o medo e o ódio à Lula jamais desapareceu depois de vencida sua etapa de inocente útil nas eleições de 1989, isto é, desde que ele iniciou sua ascensão como político com penetração popular e viabilidade eleitoral. Dilma é combatida naquilo que é sua sucessora fiel, e suportada, até louvada, naqueles pontos em que se afasta de sua herança.

O fato de Lula não liderar pesquisas eleitorais para 2018, em várias regiões do país não destoa em nada dos resultados das eleições mais recentes. E assim como a situação do país pode mudar nos próximos anos, prever a candidatura de Lula e, mais difícil ainda, os resultados da provável eleição, depende, entre outras tantas coisas intangíveis, da sua vontade e dos candidatos contra os quais competiria.

O que aconteceu é que o tempo passou e, com ele, a história vai se transformando.

Por jamais ter sido amigo ou companheiro de campanhas de Lula, talvez seja menos doloroso e melancólico encontrar respostas para o momento do mito. O tempo entre as eleições passadas e o sismo ao qual o governo está submetido é curto para elaborar-se uma análise fria e a buscar encaminhamentos para vencer esta fase crítica. Por outro lado, não esmaeceu o perfil bravo e lutador de Lula.

No momento, não será um discurso novo capaz de mobilizar eleitores jovens ou companheiros antigos caídos na luta, mas ao contrário.

É possível arriscar que Lula só voltará a se candidatar se perceber que o discurso das causas igualitárias, que continua o mesmo em essência, basta, por oposição, fazer-se a observação das momentosas demonstrações retrógradas contra elas aqui e em todo o mundo, tiver o poder de resgatar os veteranos da resignação da melancolia e a mocidade da inapetência por utopias.

Nesse caso, e somente nesse caso, se pode esperar o retorno do mito, ainda que disfarçado de mendigo depois de tantas perdas infligidas pessoalmente a ele, para curvar o grande arco de alianças que só ele foi capaz no Brasil contemporâneo e disparar outra vez o país para o futuro que lhe cabe na história mundial.

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Paráfrase-resposta ao artigo de Ricardo Kotscho,

Lula está na mira, isolado no palanque e sem discurso

Redação

43 Comentários

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  1. Onde é pra assinar?

    Também assisti à transmissão na íntegra, pela internet e concordo com essa sua longa análise em contraponto à do Kotcho.

    Quem viver verá.

  2. Belo texto!

    Concordo em gênero, número e grau com o texto!

    Parabéns pelas palavras carregadas de força e de esperança!

    Conclamo os colegas de blog e de luta pelo Brasil mais igual e mais justo para todos a divulgar este texto como um manifesto de reflexão e de reposicionamento para as batalhas que teremos pela frente.

    Viva Lula!!!

    Viva o Brasil!!!

     

  3. Lula, enquanto tiver saúde

    Lula, enquanto tiver saúde suficiente,  não vai permitir que a direita retorne ao poder.

    Saúde e vida longa a Lula, um brasileiro que orgulha a todos nós, que temos fome e sede de justiça social.

    Lula, o maior líder trabalhista de nossa história.

    Salve o Lula,  Viva o Lula!

  4. Luta de classes
    Em seu discurso, Lula subiu meio grau na temperatura e já foi o suficiente para a reação histérica e suja da mídia.
    Durante anos ele amaciou o discurso até conseguir ser presidente.
    Penso que agora, diante de tanta intolerância dos mais ricos, talvez seja a hora de Lula voltar a ser o Lula de 89 e apavorar geral. Porque do jeito que está, com a corrupção escancarada e a falta de decência na cara do 1%, não está dando mais.

  5. Este é o cara, queiram ou não.
    O cara, o metalúrgico analfabeto para alguns e o presidente eleito por duas vezes, democraticamente para outros. tem 27 títulos de Doutor Honoris Causa” mundo afora e aqui, um bando de cretinos, canalhas e hipócritas continuam a falar merda sobre ele!Em 2018 será Lula lá. Também em 2022!rs rs

  6. Vão tentar atingir o Lula nem

    Vão tentar atingir o Lula nem que precise inventar noticias, como já estão fazendo, e como novas lideranças petista estão surgindo, nesse meio tempo vão tentar lançar esses nomes no meio do furacão tambem, a delação premiada que já estava preparada para o dono da utc é um dos xcapotilos maios vergonhosos da historia desse país, mas a investigação é “tecnica e apartidaria” não?

  7. Que coisa !

    Apelos a mitologia e a magia sem qualquer conexão com a realidade, tentando recriar um personagem que teve a oportunidade histórica, concedida pelos brasileiros, de fazer a diferença e não fez.

    O melhor que Lula poderia fazer hoje pelos brasileiros era recolher-se e viver seu ocaso.

    Teve sua chance e fez muito pouco, quase nada.

     

    1. As coisas passaram na janela e só Carolina, digo zezé não viu…

      Imagine um presidente:

      (1) Com o curso fundamental e “sem falar inglês” (2) democraticamente eleito 2 vezes (sem comprar a segunda), (3) transformou a maior crise mundial desde 1929 em uma marolinha (cantada antes!) no país, (4) sofreu (e ainda sofre) uma permanente e insidiosa campanha miRdiática de 95% de abrangência cartelizada, (5) teve a maior aprovação da História brasilera para um presidente eleito, (6) em fim de 2 mandatos, (7) isso registrado por institutos de pesquisa e opinião ligados à opoisição ao mesmo…

      Ou seja, o míope zézinho não viu e “pensa” (?) que fatos são…

      “Mitologia”

      1. Minha querida deficiente visual

        Você da MVP, que agora se faz passar por donzela desprovida de visão, éna verdade desprovido de inteligência.

        Lula é uma criação da direita e todos sabem disso.  Esse personagem foi criado e beneficiado sempre pelo Establichment que comanda esta sociedade desde sua formação e à ela sempre foi muito útil.

        O personagem ficou no curso fundamental e sem saber falar inglês porque se tivesse aproveitado os anos que passou sendo sustentado pelos brasileiros para estudar ou aprender a falar inglês( ou pelo menos tivesse aprendido a falar português corretamente ) deixaria de ser o personagem que emociona pessoas desprovidas de senso crítico, como você, o autor do texto deste post e mais uma penca de gente que comentou aí.

        Não adianta você iludir a si mesmo com essa estória de que no auge de sua popularidade no governo o personagem era vítima de uma campanha midiática porque não era, isso é uma mentira e mesmo que contada milhões de vezes não se tornará realidade.

        Lula nunca incomodou o Establichment, só foi uma marionete deles, e agora decidiram que tem que acabar com a imagem dele que construíram em milhões de cabecinhas não pensantes que decidem as eleições. E assim será.

        1. Eu só queria saber

          Quem dá 5 estrelas para esse fulano. Só pode ser o mesmo kkkkkk A pequenês do raciocínio é tamanha, que não acredito que o Anarquista lhe tenha dado.

        2. Tem mais títulos de Doutor pelo mundo que o principe da Sorbonne

          O “exilado” que andava no Chile “na mais linda Mercedes (Benz) azul que (Weifort) vira na vida”, de familia de miliares que sequer confiavam no parente, pode aprender (mal) Português, Inglês, Francês, Sociologia e até se aposentar vagabundamente antes do prazo. Com isso tudo poderia ter aprendido a ser presidente e o máximo que conseguiu foi trair seu povo.

          O “apedeuta” não fez só a “cabeça de cabecinhas não pensantes” (opiniõezinhas, dá de monte, já fatos e argumentos…pffff) mas de dezenas de universidades e instituições internacionais de renome pelo mundo, honrado com títulos e prêmios cobiçados internacionalmente, que a míRdia tenta esconder (e vc não sabe porque nela se informa cegamente). Usou seu tempo de operário para lutar pelos seus pares, enfrentando com sucesso, multinacionais sob uma ditadura.

          Aí aprendeu a ser o estadista que vc (e seus co-coxinhas odeeeeiam!

          Fica sofrendo com essas hemorróidas cerebrais que não lhe deixam rir…

           

      1. Cheguei há muito tempo

        Mas que diferença faz isso.

        O Brasil depois de Lula e do PT continua sendo o mesmo país de sempre, aquele que se você sai e volta 15 dias depois, mudou tudo, mas se você sair e voltar 15 anos depois, continua tudo a mesma coisa.

         

         

  8. Sejamos razoáveis!

    A perspectiva sebastianista com a qual o Lula é visto parece ser o último refúgio do petismo ingênuo, o petismo mecânico e automático, o petismo fetichista, o petismo com-a-cabeça-no-buraco, aquele petismo onde a utopia deu lugar a uma espécie de declamatório infantil, adocicado e nauseante.

    Com o Lula como última esperança sebastianista, o petismo de hoje está virando uma espécie de neobrizolismo.

    Só resta a ele o recurso do culto à personalidade.

    “Manifestos” como esse que se publicou aqui, inconformados com a clarividência do Kotscho, caracterizam o espernear cego desse novo messianismo petista.

    Por isso eu sou obrigado a reiterar aqui o que já comentei no post original com o artigo do Kotscho:

    https://jornalggn.com.br/comment/646168#comment-646168

    1. Caro Ricardo, engraçado ler

      Caro Ricardo, engraçado ler você apontar a perspectiva sebastianista apenas de um lado. É claro, o tom sentimental empregado e impregnado por Kostcho em seu texto, pela proximidade óbvia que desfrutou, não poderia encontrar um contraponto sem uma dose extra de dramaticidade.

      Mas ao contrário de sua (óbvia) má vontade, há que se considerar que o texto dramatiza a partir de processos que estão bem claros e descritos.

      O autor fala da judicialização da política, da partidarização da mídia, dos erros do governo, dos limites do presidencialismo de coalisão, etc.

      Mas rebate o texto onde ele deve ser rebatido: Lula é o mesmo porque a elite e a luta de classes também o são, apesar de pretenderem novas roupagens e panelaços digitais.

      Ser petista ou ser Lula hoje é estar tão isolado antes como em 1989, em 1994, 1998, 2002, 2006, ou em 2010, apesar da fluidez dos repertórios de desgaste e corrosão do capital político que insistiu em desafiar a ganhar eleições sem romper (ou inovar) regras impostas pelo establishment (o que talvez tenha sido o nosso verdadeiro erro estratégico, ainda que possa ser um acerto tático).

      Exacerbar as expectativas do mito Lula para além de suas possibilidades, ou sem considerar o todo (como ensina Habermas, que está passeando pelo blog hoje) é tolice.

      Sabemos que todos que os surtos de desenvolvimento perfiféricos estão sempre condenados aos humores do vai e vem dos capitais no seu eterno ciclo de acumulação, expansão, retração e purgação.

      E que tais ciclos atingem sobremaneira países cujas amarras institucionais são recentes e/ou mais frágeis, condenando os sistemas representativos à uma permanente instabilidade e maior submissão ao interesse financista.

      O texto não ressalta os limites de Lula (que são claros e evidentes) ou o seu desgaste, mas sim a sua altivez e grandeza de continuar ali, mesmo que não não precisasse, por tudo que já representa.

      É essa “humildade” que aproxima o mito da sua enorme humanidade e, portanto, falibilidade.

      É cediço que o governo do PT ou a era lulodilmista não está sob ataque permanente todos estes anos pelas alianças que fez, ou pelos supostos erros na condução macroeconômica (sejamos honestos, com a capilaridade interligada e supranacional dos sistemas financeiros, resta quase muito pouco às soberanias nacionais, e você sabe disso).

      Lula, Dilma e PT estão sendo massacrados pelo que representam, pela rearrumação na mais desigual estrutura social do planeta, enraizada não em Serra Leoa, ou no Paraguai, mas na sétima economia mundial.

      Indesculpável, pelo que será perseguida até a morte, a ousadia de Dilma e o seu achincalhado (inclusive aqui) ministro Mantega (vejam só, éramos felizes e não sabíamos) a queda vertiginosa dos juros em 2011, que sugou 60 bi de dólares da banca em um ano.

      Ou as tratativas do banco de ajuda mútua dos Brics, com aporte simbólico de 200 bi de dólares, mas abrindo o debate da desdolarização (ainda distante, é certo) do mundo e das trocas internacionais.

      Assim como Lula será execrador por ter ajudado o capitalismo a tentar se manter sob as próprias pernas neste país de merda e exclusão, dando vagas nas universidades, traquitanas, um carrinho e passagens de avião para quem só lavava privadas…Tudo isso sem a “permissão” e o aval da classe média e elite branca e de olhos azuis.

      É claro, corremos o risco e sofremos hoje na pela a conversão da pobretada em uma classe menos pobre, que hoje ameaça (ideologicamente e eleitoralmente) morder a mão de quem os alimentou. Mesmo ainda assim, mesmo correndo o risco de não ser mais compreendido por eles, mesmo não entendendo bem porque o cara que ganhou uma casa, emprego e uma condição de vida melhor graças a políticas de governo insista em dizer que foi por “mérito”, Lula não abriu mão e nunca hesitou em fazer o que tinha que ser feito.

      Talvez o psdb tivesse razão e fosse até mais “revolucionário” que Lula e o PT, por manter a pobretada cada vez mais na merda, esperando sua explosão final em convulsão social, enquanto cinicamente desfrutava dos gozos da desigualdade.

      Talvez Lula seja, de fato, ingênuo e sebastianista, ao crer que pode ainda fazer política, e estar ao lado de um cartaz que ataque seu Partido (será que foi acidente?), em um 1º de Maio onde os trabalhadores estão ameaçados de voltar à merda.

      Talvez Lula seja louco de estar ali, quando tudo o remete para casa.

      Desafiar o senso comum é sempre uma atitude sebastianista, nisso, tavlez você tenha razão. 

       

      1. Voltando às explicitudes

        Talvez eu deva então reiterar mais explicitamente o que está apenas linkado com alguma discrição no comentário anterior:

        O que me impressiona é a absoluta incapacidade de distanciamento crítico dos próprios petistas. Eles transformaram a política em fé messiânica para si mesmos. Eles são incapazes de constatar fatos, tal é a paixão com que abraçam suas escassas certezas.

        Naufragarão com elas.

        Naufragarão com elas porque a primeira coisa minimamente óbvia que deveriam constatar é o que o Kotscho constatou: o PT perdeu o discurso.

        A aparente hegemonia discursiva que o estreitíssimo progressismo petista gozava há dois anos atrás se esfumou. E se esfumou porque o desenvolvimentismo petista obtuso foi incapaz de sinalizar para um horizonte de cidadania. Ele sinalizou apenas para o horizonte da predação hedonista, e desmontou praticamente tudo o que dizia respeito a participação, a organizações sociais e a coletivos. Transformou tudo em objeto de consumo, de geladeiras a universidades. Só que agora acabou o tempo da bonança…

        É aquela visão de mundo de peão do final da ditadura militar: bem-estar social se resume a televisão na sala e carrinho na garagem. (Se o sujeito vai para uma universidade, ele não vai para ampliar seus horizontes de conhecimento e, com eles, participar na construção de uma sociedade melhor; ele vai lá para um dia poder ganhar mais e colocar uma televisão (de plasma) na sala e um carrinho na garagem).

        Agora, já não há mais conjuntura econômica para sustentar a miragem da falsa inclusão, a inclusão sem cidadania, sem bens sociais e sem equidade.

        O Lula começa a falar sozinho. E quem nunca teve projeto de futuro, projeto nacional e projeto de sociedade agora insistirá apenas na língua de madeira dos velhos clichês, que, com crise econômica, desemprego e desmonte da infraestrutura produtiva batendo à porta, passa a soar apenas como mera vacuidade.

        Agora, o projeto vazio do PT começará a pagar o preço da sua farsa. (E digo isso sem nenhum arrivismo, até porque eu mesmo fui militante petista por muito tempo e continuei votando no PT. Tudo isso é meramente constatativo. Pobres dos petistas que não forem capazes de constatá-lo também!).

        1. Discordar é salutar, desonestidade intelectual não…

          Bem, um pouquinho de aula de História e outras cositas más:

          01- O PT não perdeu o discurso, o PT teve que transpor os limites do udenismo de macacão dos anos 80 e 90, quando agradava seu tripé fundador, eclesial de base, sindicalismo fordista (de onde vem o próprio Lula e seu imaginário) e o revolucionarismo trotskista, com sua moral anti-política. Ou seja, o PT mudou seu discurso. Se você (e o Kotscho) gosta ou não, é outra História

          Esse discurso agradava a classe média e deu enorme fôlego ao PT para comandar grandes contingentes urbanos do eleitorado. Gente como o Kotscho (e talvez como você).

          02- Com a Carta aos Brasileiros (2001/2002), e a percepção (errada ou certa, é a História que proporcionará distanciamento necessário para julgamentos desapressados) de que o discurso moralista revolucionário não seduziria parcelas importantes do eleitorado despolitizado e nem garantiria a governabilidade desejada, o PT aceitou jogar o jogo, e tentar proporcionar as mudanças necessárias;

          03- É bom considerar um parêntese: Tudo isso se deu junto a um estrutural processo de mudança dos marcos legais do Estado brasileiro, onde as normas do sistema representativo experimentaram um brutal aumento de poder de instâncias burocráticas sobre o poder político (desde a aberração chamada Justiça Eleitoral, passando pelo MP e pelo Judiciário, ambos seduzidos e capturados pela partidarização e criminalização da política). Associados e aproveitando a chance, os grupos de mídia, que por óbvio, tentam barrar qualquer conversa sobre democratização do controle da comumnicação social do país. Houve um deslocamento dos eixos de poder, dos militares, passando por um pequeno período onde o poder político teve relevância (Constituinte, etc) desembocando na juristocracia policialesca de hoje em dia.

          04- No âmbito externo, o mundo passou pelo maior cataclismo econômico desde 1929, e dadas as dimensões do sistema financeiro atual e sua conectividade e interdependência, é possível assumir que 2008 foi muito mais desastroso que 1929. Não é preciso detalhar o vai e vém dos fluxos econômicos e seus ciclos de expansão, retração e purgação para aumento da acumulação rentista…Imagino que saiba do que estou falando.

          05- Porém, a construção do governo do PT não primou apenas pela distribuição de bens de consumo e traquitanas, aproveitando a fartura nos picos deste ciclo: Ela mudou a cara da Universidade Pública, e há muito por fazer, é claro, devolveu as reservas de petróleo ao patrimônio nacional e colocou o pré-sal como plataforma de financiamento da Educação, que pode ser considerada a maior medida estratégica já feita por uma administração na História deste país, se considerarmos os valores envolvidos e a importância central do tema. Há outras considerações chatas, como aumento da renda, do salário mínino, Mais Médicos, etc. Mudanças e tarefas que vão além dos seus significados práticos, e você sabe disso (mas, propositalmente, esquece).

          06- É óbvio que o governo por si só não conseguiria alcançar e disputar o imaginário popular e travar a luta simbólica e ideológica…Esse papel cabia sim (e aí válida crítica ao PT, mas não é ele o único responsável) aos partidos de esquerda e movimentos sociais, onde estão?

          07- Os partidos de esquerda (PSOL, PSTU e outros malucos do tipo). junto com ex-militantes, frustrados com o abandono das teses revolucionário-moralistas, isso sim um messianismo anti-política (que irônica e paradoxalmente, acaba por se chocar com o excesso pragmatista de alguns seduzidos pelo poder),  desperdiçaram chance única de alavancar o avanço ideológico na sociedade brasileira, no entanto, preferiram engordar o cordão dos moralóides da direita.

          08- E rápido pulam de um lado para o outro, mas batem na mesma tecla na qual acusam o PT: o economicismo, sim, porque só ousaram colocar a cabeça de fora quando os fundamentos econômicos se deterioram, com raras exceções…

          09- É claro que o consumismo hedonista não pode bastar a construção de um senso coletivo senão doentio, mas fica a pergunta: enquanto o PT tratava de trabalhar aspectos de certo conforto econômico, indispensáveis e inadiáveis em um país que apenas ano passado conseguiu se livrar da marca “mapa da fome” (e isso é outro feito desconsiderado ou desprezado pelo comentarista), onde estavam os ideólogos da “pura esquerda”, como Vossa Excelência?

          10- Quantos partidos fundaram, quantos votos tiveram? Afinal, melhor ambiente democrático e econômico não existiu, e não me consta que o PT tenha barrado ou tentado impedir o surgimento de “esquerdistas puros” e ideologicamente afiados…

          11- Onde estão os verdadeiros progressistas, capazes de aumentar o capital político e dar estabilidade ao governo do PT, ampliando noções de que direitos são mais que carros nas garagens? O que fez este pessoal enquanto a gente estava alimentando e colocando essa gentalha nas Universidades para que cometessem o crime de querer ganhar mais apenas, e não passar as tardes discutindo Foucault ou Habermas? O que faziam enquanto o PT entupia as ruas de carros?

          12- Será que os verdadeiros progressistas, como Vossa Excelência, se esquecem que foi o conforto econômico (na maioria das vezes)de seus pais conservadores e retrógados que possibilitaram o surgimento de gerações de contestação do status quo (mesmo que contraditoriamente cevados pelo din-din do papi e da mami para praticarem o diletantismo blasé)?

          13- O caro comentarista se esquece que partidos governam com a realidade e com as forças políticas instaladas…Por óbvio há espaço para construção de utopias e a luta simbólica pelo “futuro”, é certo…Mas quando governos ousam disputar (“aparelhar”) esse campo político (o imaginário), não raro desembocam em sangrentas ditaduras…Governos representam e executam (dentro de limites institucionais) as políticas públicas elaboradas a partir das demandas e atritos da sociedade em movimento, só isso.

           

          14- O PT não perdeu o discurso, até porque não há “O” discurso…O que há são erros e acertos: Há mais justiça social do que antes? Há. Há mais gente, pretos principalmente, nas Universidades? Há. Há mais gente comendo mais? Há. Há mais gente morando um pouco melhor? Há. Há mais respeito internacional pelo país? Há. Há controle nacional sobre suas reservas de energia? Há. Há liberdade de expressão, há um ambiente democrático? Há. Há mais chance e maior solidez para o governo contornar os efeitos de crises capitalistas que não controla e nem tem responsabilidade sobre elas, do que havia antes? Há.

          Então, caro amigo, colocar nas costas do PT (e do governo, são coisas diferentes, lembra?) toda a responsabilidade pelo andar da carruagem não é burrice, é desonestidade intelectual mesmo.

          1. Haja paciência para tanta verborréia!

            Mas a coisa toda é muitíssimo, mas muitíssimo mais simples.

            Na verdade, é realmente curioso como o fanatismo tem o hábito de caluniar tudo aquilo que não lhe agrada.

          2. Somos um país de fanáticos,

            Somos um país de fanáticos, mesmo, seja de esquerda, mas PRINCIPALMENTE de DIREITA.

          3. ó Santo Oráculo.

            Mil perdões, santo oráculo que bebe no santo graal das simplicitudes. É tudo muitíssimo simples, como não? Que tolo somos todos nós, e toda ciência social, a sociologia, a História, a economia, e enfim, a antropologia (essa é tola mesmo, sem ironias).

            Desculpe a minda fanática e profrana pretenssão de discordar de ti com tanta incontinência verbal.

            Perdoe-me, era só nervoso.

            É tudo uma questão de fé.

            Nós temos a fé errada e Vós tens a certa.

            Ótimo assim, e muito obrigado.

        2. Como eu adoro ver essa gente

          Como eu adoro ver essa gente se dizer petista, num passado e não perceber a grande mudança havida no Brasil com o governo do PT. Essa gente não conhece o Brasil e tampouco seus pobres e principalmente a sua elite. Eles querem um condão de fada nas mãos do Lula, não o querem como homem normal, mas como o líder Messiânico. Culpam os petistas de pertencerem a uma seita e não percebem que os que queriam isso,  são  eles mesmo. Aí ficam decepcionadinhos, sem ter onde por os pés, já que o GRANDE LíDER era de carne e osso. Quanta infelicidade ! quanta decepção ! quanta raiva ! quanto ódio! conseguem ter em seus coraçõezinhos. Não conseguiram ficar riquinhos, os pobres.!

    2. Clarividência do Kotscho, ah,

      Clarividência do Kotscho, ah, sei. Mas você tocou num ponto interessante: se o PT tivesse herdado o DNA do PTB do Brizola, muita gente da mídia nativa estaria hoje dedicada a comentar exclusivamente as alterações do clima. O que  lamento que não tenha acontecido.

  9. QUEM É ESSE BRANDES …

    que branda tantas bobagens? De onde surgiu?Trabalha para quem com tanto afinco? Putz .. só muita Tatuzinho com limão para aguentar!

  10. “clarividência do Kotscho”

    Quanto será que ele está cobrando por uma consulta? Se for caro igual ao Robério de Ogum ou a Mae Dinah tô fora!

     

     

  11. As coisas boas não mudam

    Que bom que não tinha autoridades no palanque, somente líderes populares.

    Que bom que a essência do discurso de Lula não mudou.

    Que bom que Lula continua o velhho e bom Luis Inácio.

    Até a vitória sempre. Sem perder a ternura jamais.

  12. Lula é tudo isso mesmo?

    Dias atrás li o artigo do Kotscho ao qual o post faz contraponto. Não me surpreendi, achei realista, pé no chão. Mas esta manifestação do Cesar Monatti, esse endeusamento, essa bajulação é até comovente. Aí me pergunto: porque um cara tão genial e tão excepcional, foi tão descuidado na escolha de uma sucessora que dilapidou e desmoralizou sua obra? 

    1. Devagar com o andor, pé de

      Devagar com o andor, pé de peira. Como há um artigo nas redes, é muito cedo para julgar o mandato da Dilma. O Kotcho é um daqueles blogueiros dito progressistas que está se distanciando da realidade, apesar dele se jactar de ter acompanhado o sapo barbudo por muito tempo. É daqueles que à primeira cara feia vão pra debaixo da cama.

      Agora, quanto ao Lula muita água vai correr embaixo da ponte, até 2018, De minha parte, continuo votando nele,

  13. Uma lição de história do Brasil, por Mauro Santayana

    São quatro vídeos consecutivos, é só ter 2 segundos de paciência de um para o outro.

    De Getúlio à redemocratização pós 64. Mas é no último vídeo que Santayana fala do devastador papel da imprensa no golpe de 64, imprensa que recebeu muito dinheiro do governo americano. Exatamente como o que acontece hoje. Ou seja, a história se repete como farsa, mas pouca gente sabe que agora é uma farsa.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=0PQbT0kkGfA align:center]

     

     

  14. ”Sem medo de discursar”
      O

    ”Sem medo de discursar”

      O tamanho da falta de medo é equivalente a sua tremenda cara-de -pau.

      O cara é um baita engodo.

         ”Eu não sabia”, está se tornando verbete,

              Não tem cabimento: Se a sua conduta fosse pra tirar miseráveis da miséria, TODOS apoiamos.

                   Mas aí ele discursa( nem precisava) , nunca OS RICOS GANHARAM TANTO DIHEIRO COMO NO MEU GOVERNO,

                          Ponto.

                   É fato que Lula tirou miseráveis da miséria e ricos ganharam como nunca ganharam neste país país.

                      Então quem pagou a conta? alguém tem que pagar…

                     A classe média nas suas 3 modalidades: Média baixa, média média e média semi alta.

                            TODOS REGRIDIRAM.

                           Tá certo isso sr, Lula , sem abalar um centavo dos ricos e DESTRUIR a classe média?

                            QUE HORROR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1. Antes de ofender o

      Antes de ofender o ex-presidente Lula deixe de rastejar, levante-se da lama onde vive, fique em pé e coloque seu nome no comentario.

      Covarde que se esconde atrás de um pseudônimo ridículo, igual as suas idéias do século XIX.

      Voces nunca votarão ao poder pelo voto popular, sua única esperança é o golpe.

    2. Antes de ofender o

      Antes de ofender o ex-presidente Lula deixe de rastejar, levante-se da lama onde vive, fique em pé e coloque seu nome no comentario.

      Covarde que se esconde atrás de um pseudônimo ridículo, igual as suas idéias do século XIX.

      Voces nunca votarão ao poder pelo voto popular, sua única esperança é o golpe.

    3. Dizem que a inveja mata

      Mas FHC já está quase com 90 anos, morre de inveja do Lula mas continua vivo. Deve ser por que junto a inveja vem também o ódio. Deve ser o ódio que matem estas figuras vivas. A começar pelo comentarista covarde que nem o próprio nome tem coragem de assumir ao escrever estupidez aqui.

    4. qua! qual classe!

      Os ricos e os que ganham muito dominam e manipulam a classe media. Classe media, os políticos são a ultima fronteira antes de abordagem eles!!!

      Fico impressionado com sua capacidade.

      Mais foi um engodo sim, se analisar friamente, sim a classe media não estava organizada e não estava disposto a mudar, um exemplo são a maioria dos que lutaram contra a ditadura, escreveram livros, e depois retornaram ferrenhos as suas classes medias, melhor dizendo ela foi a primeira a manifestar contra a eleição do Lula e o PT, foi com a representante Namoradinha do Brasil da voz da mídia, a classe media. A classe media brasileira é triste, uniformiza, estampa coisas e pessoas, preconceituosa e instável.

      Enfim! Ser amigo de intelectual, de algum artista, ter lido o livro “tal”, ser e conhecer um politico, saber e conversar com rico e é melhor que ser de pobre, achar o chefe sempre legal, bacana, sempre foi o pensamento, postura e atitude da classe media brasileira . Outro exemplo bom de é dizer; – classe media: porá tenho um amigo Negão legal.

      Você poderia conjecturar que Lula iria taxar, cobrar, retirar dos ricos ou dos que ganham mais?

      A classe media brasileira nunca deixaria. Também não se conforma com a Bolsa Família e aceita na vida americana: Welfare is the provision of a minimal level of well-being and social support for all citizens, sometimes referred to as public aid.

      Boa Noite!

  15. Concordo com o autor. Um

    Concordo com o autor. Um resposta adequada aos que desembarcam apressados com medo de molhar os pés.  Lula é Lula. Quem o viu surgir, se impor como líder sindical, se mostrar um presidente disposto a apontar a bússola para o progresso de sua gente, brilhar, ser respeitado e homeneageado no exterior pelo governo que fez em tão pouco tempo, só pode continuar aplaudindo. Os da oposição ao PT, que o odeiam como odiaram Getúlio e Brizola que também olharam para sua gente, repetem sempre o mesmo mantra, a desqualificação pessoal. Odeiam e ponto. Lula já entrou para a história não adianta espernear.

     

  16. MUNIÇÃO

    Gostaria que o Kotscho lesse essa paráfrase do artigo dele e parasse para pensar se era a hora certa de escrever aquele desabafo… Não precisamos de inimigo na trincheira ou mesmo de um sincericídio nesse momento em que tantas forças se unem para pulverizar o governo Lula/Dilma, ignorando a melhoria que houve na vida de milhões de brasileiros nos últimos anos. Há coisas que a gente só deve falar dependendo do interlocutor. Kotscho, por quem sempre tive grande admiração, deu mais munição para quem já tem muita. Que pena! Uma hora depois de publicar o artigo, já estava sendo citado como exemplo de quem “viu a luz” num debate da GN.

    E nós, que damos a cara para bater, vamos ficando cada vez mais sós!

     

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