O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, determinou que o desembargador Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsável pelos processos oriundos da operação Lava Jato, preste esclarecimentos no âmbito de uma reclamação disciplinar apresentada pelo advogado Rodrigo Tacla Duran.
Em reclamação enviada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Duran alegou que Lima teria cometido “desvios funcionais” ao julgar recursos da extinta força-tarefa “mesmo sabendo-se manifestamente impedido”.
O impedimento teria como plano de fundo o fato do magistrado ser irmão de Luciano Flores de Lima, “conhecido delegado da Polícia Federal que atuou a frente da conhecida Operação Lava Jato“. Duran, ainda afirma que Lima mantém “sólido vínculo de amizade e de confiança” com o ex-juiz Sérgio Moro.
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Com isso, o advogado pede a abertura de um procedimento de apuração contra desembargador, seu afastamento do cargo e a redistribuição de processos da Lava Jato, além de correição extraordinária nos referidos gabinetes.
De acordo com a decisão de Salomão, assinada no último dia 14, Lima tem dez dias para prestar os esclarecimentos. Vale ressaltar que, em maio, o desembargador se declarou impedido de julgar o caso do ex-ministro Antonio Palocci.
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