Bolsonaro, o Ogro supremo do mal em seus estertores finais!, por Eduardo Ramos

Seja o que for que ainda esteja tramando, Bolsonaro perdeu. Perdeu a eleição, perdeu o senso, perdeu apoios importantes, perdeu, perdeu, perdeu...

Bolsonaro, o Ogro supremo do mal em seus estertores finais!

por Eduardo Ramos

Algumas expressões que jamais seriam usadas em circunstâncias normais, ao serem utilizadas por determinadas pessoas revelam como o sol do meio dia a gravidade de um momento.

Explico para o entendimento do amigo que me lê:

1 – NENHUM presidente de país civilizado emite uma fala que revele seu desprezo por um presidente de um outro país que acaba de perder a eleição, ao parabenizar o vencedor. Macron, presidente da França, não pôde se conter: Disse a Lula: “Eu esperei COM IMPACIÊNCIA ESSE MOMENTO!”

Os maiores jornais do planeta não conseguiram, de igual modo, esconder sua euforia. Pipocaram manchetes com palavras sinônimas de “alívio”. É o mundo civilizado celebrando o fim da BESTIALIDADE na presidência de um país que, há muito pouco tempo dera ao mundo o prazer do convívio com Lula e Dilma – ambos respeitados e lembrados com carinho e admiração mundo afora.  Temer e Bolsonaro, ao contrário, eram nitidamente tratados como párias.

2 – A Globo é antipetista visceralmente. Ponto. Bonner, um dos expoentes desse antipetismo. Ponto. Pois após o discurso de Lula, numa fala vinda do seu inconsciente, de tão natural, exclama o jornalista, aliviado: “Retorno ao mundo da normalidade” – traduzindo a sensação de milhões e milhões de brasileiros, felizes, gostando ou não de Lula, por essa sensação de que voltávamos a pisar “um chão normal”, civilizado, onde você pode viver sem os sobressaltos da demência, da selvageria…

Fiz questão de iniciar esse artigo com esses dois exemplos, para que nos lembremos COMO ERA/É GRAVE, DISTÓPICA, BESTIAL, a situação em que se encontra o nosso país. A ponto das pessoas, presidentes, jornalistas, intelectuais, etc., colocarem pra fora seu alívio, sua felicidade, sua paz, pelo fim do pesadelo, pelo fim dessa PULSÃO DE MORTE E DEVASTAÇÃO que Bolsonaro significou e significa, não só no seu governo, mas em sua passagem pelo mundo, sua existência. A essência de Bolsonaro é o ódio e a intolerância, que o tornam incapaz de conviver com a democracia.

Ora, porque seria diferente justo nos dias em que mais deve ter sentido frustrações, ressentimentos, ódios da humanidade, da vida, dos inimigos que carrega dentro de si mesmo?

Uma de suas seguidoras, num sofrido momento de lucidez, comentou no Twitter, desolada:

“eu aqui me acabando de chorar, lutando por ele, e ele sumido, calado, sem nos dizer uma palavra…” – sobre o silêncio de seu mito após a perda na eleição.

Não me culpem por sentir pena da pobre fanática, sentindo-se órfã. Talvez viva sem perceber que psicopatas ególatras como Bolsonaro não se importam com ninguém. Só com a família e “os parças”, os milicianos de ofício ou semelhança de alma, no jeito de ser, no modus operandi, na selvageria…

Esse Bolsonaro, o ser insano, maligno, que quis um dia destruir o Guandu com bombas para ter aumento salarial e foi expulso do Exército, é o mesmo de hoje! Será o mesmo amanhã.

Em seus estertores finais, não pensa um segundo sequer no seu gado lacrimejante. Amanhã, candidato de novo a qualquer coisa, pensará neles e em como manipulá-los, em sua sede narcísica e sádica por poder absoluto.

A omissão descarada, criminosa, de Bolsonaro nos bloqueios de estrada, não surpreende!

Pouco se importou que pudessem ter havido haver mortes por causa dessa ação perversa.

É o Ogro supremo, o ser nefasto, apodrecido de valores humanos e sociais, jogando suas últimas cartadas.

Fanáticos manipulados, tomados por paroxismos doentios, seguem suas ordens. Tolos, como a pobrezinha desolada do Twitter.

Mas as instituições estão despertas, o Judiciário unido, a transição se inicia, muitos antipetistas crônicos, perdem aos poucos esse sentimento azedo que os consumia, a esperança os levando a sentir a mesma coisa que Bonner declamou, como num poema existencial que é puro alívio:

“É o retorno ao mundo da normalidade!”

As coisas se ajeitarão. Seja o que for que ainda esteja tramando, Bolsonaro perdeu. Perdeu a eleição, perdeu o senso, perdeu apoios importantes, perdeu, perdeu, perdeu…

Estamos vendo apenas os estertores do Ogro supremo.

Incapaz de impedir esse momento glorioso que nos espera logo logo, que já está ocorrendo, na verdade:

Esse retorno a um tempo de normalidade.

(eduardo ramos)

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para [email protected].

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Redação

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