As bem-sucedidas ações para repatriar brasileiros de Israel e Palestina e os méritos a Lula, por Fernando Castilho

Lula será reconhecido como o presidente que socorre e acolhe com carinho seus conterrâneos, seja em território nacional ou internacional.

As bem-sucedidas ações para repatriar brasileiros de Israel e Palestina e os méritos a Lula

por Fernando Castilho

Enfim, 32 pessoas conseguiram sair de Gaza e voam em direção ao Brasil. São 17 crianças, nove mulheres e seis homens: 22 brasileiros e dez palestinos familiares dos brasileiros trazidos no décimo resgate da zona de conflito no Oriente Médio.

Desde o começo do conflito Israel-Hamas, o governo, sob as ordens diretas do presidente Lula, tem acionado a máquina das relações exteriores, as Forças Armadas, ministérios dos direitos humanos, justiça e saúde para repatriar os brasileiros e familiares palestinos que viviam em Israel. Mais de mil foram trazidos de volta, mas restavam 34 que sobreviviam sabe-se lá como na Faixa de Gaza.

O governo de Israel às vezes se comportava como aquele cãozinho que pede para que a gente jogue a bolinha pra ele pegar, mas não a solta da boca. A saída para o Egito era permitida, mas os portões permaneciam fechados. Mas, enfim, chegou a hora da volta deles.

As redes bolsonaristas insistem em divulgar a fake news de que Bolsonaro fora o responsável pela libertação dessas pessoas como se o pária internacional tivesse algum poder para isso. Não cola.

Lula será reconhecido como o presidente que socorre e acolhe com carinho seus conterrâneos, seja em território nacional ou internacional. Foi assim com os Yanomamis que só sobreviveram graças a rápida ação do governo. Tem sido assim também com as vítimas de catástrofes causadas pelas mudanças climáticas. Lula é muito rápido nisso porque tem plena consciência de que, em situações como essas, o tempo trabalha contra. Será reconhecido também pelos esforços empreendidos para o cessar fogo, que só não aconteceu porque o governo dos Estados Unidos usou seu poder para vetar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

As 32 pessoas desembarcarão em Brasília, onde serão alimentados e descansarão. Equipes médicas já foram mobilizadas para identificar problemas de saúde e ministrar tratamentos adequados. Psicólogos procurarão tratar também da saúde mental daqueles que viram o que acontece no inferno dos bombardeios. Além disso, assistentes sociais conversarão com eles para que sejam facilitados desembaraço alfandegário, regularização de documentos e colocação em postos de trabalho. Ou seja, Lula mobilizou uma grande equipe multidisciplinar para tratar a questão.

O presidente, em mais uma demonstração de carinho e, buscando também, obviamente, algum capital político mais que merecido, receberá os refugiados para uma audiência.

A grande mídia provavelmente não dará a devida ênfase às providências que o governo tomou para acolher os brasileiros de Gaza, mas deverá explorar a audiência com Lula, numa insinuação de que tudo foi feito somente para que o presidente tirasse dividendos políticos.

O Brasil livrou-se de um mandatário que flertou durante 4 anos com a morte e agora tem um estadista verdadeiramente humanista que flerta com a vida de todos os brasileiros.

Fernando Castilho é arquiteto, professor e escritor

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