Mais de 16 mil crianças morreram em Gaza desde o início da guerra, segundo Hamas

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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No sábado (10), um ataque de Israel contra uma escola em Gaza matou 93 cidadãos, entre eles 11 crianças. Líderes europeus apelam por um cessar-fogo urgente

Menino vê ruínas de uma cidade bombardeada. Uma alusão à guerra de Israel em Gaza, contra o povo palestino, após ataque do Hamas. Foto: Freepik
Menino vê ruínas de uma cidade bombardeada. Uma alusão à guerra de Israel em Gaza, contra o povo palestino, após ataque do Hamas. A guerra já matou 30 mil palestinos, sendo que mais de 10 mil eram crianças. Foto: Freepik

O Gabinete de Imprensa do Governo em Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que 39.897 pessoas foram mortas em pelo menos 3.486 ataques de Israel, desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023. Entre as vítimas fatais, 16.456 delas são crianças e 11.088 mulheres.

De acordo com o comunicado, divulgado por meio do Telegram, também foram contabilizadas 885 mortes de profissionais de saúde, 168 de jornalistas e 79 de membros da defesa civil. Ainda, segundo o informe, 92.152 pessoas ficaram feridas em 10 meses de conflito.

Ataque contra escola

Somente nas últimas 24 horas, 107 palestinos foram mortos no enclave. No último sábado (10), um bombardeio israelense contra uma escola em Gaza matou 93 cidadãos. 

Houve 93 mortos na escola al-Tabi’een, entre eles 11 crianças e seis mulheres, 75 foram identificados e temos os seus nomes”, disse o porta-voz da Defesa Civil palestina, Mahmud Basal, à AFP.

Os outros não foram identificados porque os corpos estão em pedaços, outros foram queimados no bombardeio”, acrescentou Basal.

Nesta segunda-feira (12), Israel alegou ter “identificado até o momento 31” combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica “eliminados” no ataque à escola, que abriga deslocados.

Apelo internacional

Enquanto isso, líderes europeus pedem cautela nos conflitos tendo em vista o aumento da tensão no Oriente Médio, em meio as promessas do Irã contra Israel, em retaliação aos recentes assassinatos de membros importantes do Hamas e do Hezbollah.

Em declaração conjunta, a França, a Alemanha e o Reino Unido apelaram por “estabilidade regional”  e um cessar-fogo urgente em Gaza, com a soltura dos reféns israelenses e a liberação de ajuda humanitária para os palestinos, além de pedirem “ao Irã e seus aliados para que se abstenham de ataques que possam aumentar ainda mais as tensões“. 

Leia a nota assinado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer:

Nós, os líderes da França, Alemanha e Reino Unido, saudamos o trabalho incansável de nossos parceiros no Catar, Egito e Estados Unidos em prol de um acordo de cessar-fogo e da libertação de reféns. Endossamos a declaração conjunta de Sua Alteza o Xeque Tamim bin Hamad al Thani, do Presidente Sisi e do Presidente Biden, que clama pela retomada imediata das negociações. Concordamos que não pode haver mais atrasos. Temos trabalhado com todas as partes para evitar a escalada do conflito e não pouparemos esforços para reduzir as tensões e encontrar um caminho para a estabilidade. A guerra deve acabar agora, e todos os reféns ainda detidos pelo Hamas devem ser libertados. O povo de Gaza precisa urgentemente de uma entrega e distribuição de ajuda sem restrições.

Estamos profundamente preocupados com o aumento das tensões na região e unidos em nosso compromisso com a desescalada e a estabilidade regional. Nesse contexto, e em particular, apelamos ao Irã e seus aliados para que se abstenham de ataques que possam aumentar ainda mais as tensões regionais e comprometer a oportunidade de acordo para um cessar-fogo e a libertação de reféns. Eles serão responsáveis por ações que comprometam esta oportunidade de paz e estabilidade. Nenhum país ou nação tem a ganhar com uma maior escalada no Oriente Médio.

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