Novos ataques de Israel indicam “rejeição” de cessar-fogo, diz premiê libanês

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Ontem, o Líbano chegou a expressar otimismo sobre um acordo de paz com Israel, em meio aos esforços dos EUA

Foto: IRNA – via fotospublicas.com

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, criticou a “expansão” dos ataques de Israel ao seu país nas últimas 24 horas. Segundo ele, as ofensivas indicam a rejeição israelense sobre um acordo de cessar-fogo. 

As repetidas ameaças [de Israel] à população para evacuar cidades e vilas inteiras, e seus novos ataques aos subúrbios ao sul de Beirute, são indicadores que confirmam a rejeição do inimigo israelense a todos os esforços feitos para garantir um cessar-fogo”, afirmou o premiê em comunicado, segundo a AFP.

Ontem (31), antes desses últimos ataques, Mikati havia expressado otimismo sobre um acordo de paz, previsto para ser anunciado nos próximos dias, a partir dos esforços dos Estados Unidos para o fim do conflito entre Israel e o Hezbollah.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou a afirmar a enviados dos Estados Unidos ao país que está pronto para um acordo, desde que possa reagir em caso de ameaças à segurança.

A questão principal não é a papelada deste ou daquele acordo, mas a capacidade e a determinação de Israel de aplicar o acordo e impedir qualquer ameaça à sua segurança vinda do Líbano”, disse o gabinete de Netanyahu aos enviados dos EUA, Brett McGurk e Amos Hochstein.

Segundo a Reuters, as negociações previam uma pausa de 60 dias, sendo que no prazo de sete dias Israel deveria retirar suas tropas do território libanês, permitindo a implementação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que obrigaria o Hezbollah a retirar sua presença armada ao sul do rio Litani, no Líbano.

O plano teria a supervisão dos EUA e de outros países, que ainda não foram escolhidos. E, no caso de descumprimento de qualquer uma das partes, ambos os países estariam sujeitos a enfrentar sanções econômicas.

Contudo, apesar da divulgação dos detalhes desse acordo, o governo dos Estados Unidos afirmou que não há qualquer documento que possa refletir o atual estado das negociações.

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