Em meio a escalada dos ataques israelenses em toda Faixa de Gaza nos últimos dias, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram, nesta quarta-feira (10), que atacou a sede da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), após ordenarem que todos os civis deixem a Cidade de Gaza em direção ao sul do enclave.
Segundo o Exército israelense, combatentes do Hamas estariam dentro do prédio da UNRWA. A ação acontece após bombardeios, nos últimos quatro dias, destruírem quatro escolas controladas pela Agência.
Ontem (9), um ataque aéreo israelense contra a escola al-Awdah, em Khan Younis (sul de Gaza), matou pelo menos 30 pessoas e feriu outras 53, a maioria mulheres e crianças, segundo médicos locais.
O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, manifestou indignação sobre a situação e pediu um cessar-fogo imediato. “Quatro escolas atingidas nos últimos quatros dias. Desde que a guerra começou, dois terços das escolas da UNRWA em Gaza foram atingidas, algumas foram bombardeadas, muitas severamente danificadas”, explicou em publicação no X.
“As escolas passaram de lugares seguros de educação e esperança para crianças a abrigos superlotados e muitas vezes acabando em um lugar de morte e miséria. Nove meses depois, sob nossa vigilância, as implacáveis e intermináveis mortes, destruição e desespero continuam. Gaza não é lugar para crianças. O flagrante desrespeito ao direito internacional humanitário não pode se tornar o novo normal. Cessar-fogo agora, antes que percamos o que resta de nossa humanidade comum”, acrescentou Lazzarini.
Em comunicado, o Hamas declarou que o ataque à escola al-Awda é a “extensão da guerra de extermínio contra nosso povo pelo governo terrorista sionista”. O grupo também apelou à população árabe e muçulmana que intensifique os protestos contra a guerra.
No último relatório de vítimas, o ministério da Saúde palestino contabilizou pelo menos 38.295 mortos na guerra em Gaza. Só nas últimas 24 horas, 52 palestinos foram mortos e 208 ficaram feridos.
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