
O Ministério das Relações Exteriores de Israel notificou formalmente ONU de que o país proibirá a operação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) dentro do seu território.
“Por instrução do ministro das Relações Exteriores Israel Katz, o Ministério das Relações Exteriores notificou a ONU sobre o cancelamento do acordo entre o estado de Israel e a UNRWA”, diz comunicado dos israelenses, de acordo com a AFP.
Israel alega que 12 funcionários da UNRWA participaram do ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra na Faixa de Gaza. Em resposta a uma investigação independente, a agência chegou a demitir diversos servidores, mas alega que as acusações mais amplas de Israel são infundadas.
Só na Cisjordânia ocupada por Israel, UNRWA é responsável por atender 45.000 estudantes, em 96 escolas, além de operar 43 centros de saúde, serviços de distribuição de alimentos para famílias de refugiados e serviços de apoio psicológico. Em Gaza, a agência desempenhou um papel logístico fundamental na entrega de ajuda humanitária aos 2,4 milhões palestinos deslocados.
Mas, para ministro Katz, “a UNRWA é parte do problema na Faixa de Gaza e não parte da solução”. Ele chegou a minimizar a atuação da agência dizendo que “agora, a grande maioria da ajuda humanitária a Gaza é entregue por meio de outras organizações, e apenas 13% dela é entregue por meio da UNRWA”.
Em meio ao boicote, vale ressaltar, que Israel não forneceu sequer qualquer proposta sobre como as funções da UNRWA devem ser substituídas.
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