Israel notifica ONU sobre decisão de banir agência para refugiados palestinos

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Agência de apoio a refugiados, que ajudou milhares de palestinos em Gaza, está proibida de operar nos territórios israelenses

Foto: Facebook UNRWA

O Ministério das Relações Exteriores de Israel notificou formalmente ONU de que o país proibirá a operação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) dentro do seu território. 

Por instrução do ministro das Relações Exteriores Israel Katz, o Ministério das Relações Exteriores notificou a ONU sobre o cancelamento do acordo entre o estado de Israel e a UNRWA”, diz comunicado dos israelenses, de acordo com a AFP. 

Israel alega que 12 funcionários da UNRWA participaram do ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra na Faixa de Gaza. Em resposta a uma investigação independente, a agência chegou a demitir diversos servidores, mas alega que as acusações mais amplas de Israel são infundadas.

Só na Cisjordânia ocupada por Israel, UNRWA é responsável por atender 45.000 estudantes, em 96 ​​escolas, além de operar 43 centros de saúde, serviços de distribuição de alimentos para famílias de refugiados e serviços de apoio psicológico. Em Gaza, a agência desempenhou um papel logístico fundamental na entrega de ajuda humanitária aos  2,4 milhões palestinos deslocados. 

Mas, para ministro Katz, “a UNRWA é parte do problema na Faixa de Gaza e não parte da solução”. Ele chegou a minimizar a atuação da agência dizendo que “agora, a grande maioria da ajuda humanitária a Gaza é entregue por meio de outras organizações, e apenas 13% dela é entregue por meio da UNRWA”. 

Em meio ao boicote, vale ressaltar, que Israel não forneceu sequer qualquer proposta sobre como as funções da UNRWA devem ser substituídas.

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