
João Doria se desfiliou do PSDB. O ex-governador do Estado de São Paulo usou o Twitter para anunciar a decisão de deixar o partido após 22 anos de participação.
Ainda, Doria mencionou indiretamente sua tentativa de ser candidato à Presidência pela legenda nas eleições deste ano. Apesar de ter vencido as prévias internas do partido, o PSDB optou por se juntar ao MDB em torno de Simone Tebet. Ela ficou em terceiro lugar nas urnas.
Encerro essa etapa de cabeça erguida. Orgulhoso pela contribuição que pude dar a São Paulo e ao Brasil, graças à generosidade e à confiança de todos aqueles que optaram pelo meu nome em três prévias e duas eleições.
disse ele
Adversários internos
O episódio foi a gota d’água do desgaste da relação de Doria com seus ex-correligionários. Após sucessos eleitorais expressivos em 2016 e 2018, quando ele se elegeu prefeito de São Paulo e Governador do Estado, respectivamente, João Doria acumulou inimigos dentro do próprio partido ao longo de seu mandato no Palácio dos Bandeirantes.
O principal deles foi Geraldo Alckmin, o padrinho político de Doria. Apesar do atual vice na chapa de Lula ter alavancado a candidatura do então colega à Prefeitura paulista, membros da sigla consideraram João como “traidor”, por se distanciar de Alckmin desde que venceu pleitos majoritários.
Vacinas
Doria ficou marcado por embates com Bolsonaro ao longo de 2020 e 2021. Nesses dois anos, ele defendeu a eficácia das vacinas e as políticas de distanciamento social, no combate à covid-19. O presidente tinha discurso contrário e acusava o então governador de ser “marketeiro” e “calcinha apertada”.
Nesse contexto, Doria articulou junto do Instituto Butantã a viabilização da Coronavac, a primeira vacina contra o coronavírus a ser aplicada no Brasil. Isso, apesar de ataques que Jair Bolsonaro fazia ao imunizante e ao ex-tucano. No final das contas, o Governo Federal ajudou financeiramente com a compra da substância.
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