
Está na reta final a maratona de diálogos do presidente Lula e sua equipe econômica com parlamentares, juízes e militares para anunciar o impopular plano de cortes, como um projeto conciliado entre todas as esferas de poder e setores.
Depois de importantes cortes em reajustes da máquina pública do Congresso e do Judiciário, os militares também aceitaram cortar benefícios que recebem para entrar no pacote do governo federal.
No início do mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciaram que o pacote de cortes fiscais estava pronto e prestes a ser anunciado pelo presidente Lula.
A impopularidade da medida, que traria resultados criticados por setores do governo e para a pipulação, fez com que o presidente decidisse levar a proposta para uma ampla discussão e negociação, junto também aos presidentes da Câmara e do Senado e lideranças partidárias.
Após os encontros, na primeira dezena do mês, Lula também disse que levaria o texto ao Judiciário, porque os cortes deveriam afetar também o Poder.
“É uma responsabilidade do Poder Executivo, é uma responsabilidade do Poder Judiciário. E quero saber se eles são dispostos a fazer corte de gastos naquilo que é excessivo. Eu quero saber também se o Congresso está disposto a fazer um corte nos gastos, porque daí fica uma parceria e uma cumplicidade para o bem”, havia dito Lula, no dia 10 de novembro, em entrevista à RedeTV.
Outro setor sensível de apoio, os militares, que são responsáveis por parcelas significativas das despesas da máquina pública, foi o último de diálogo e que o governo receava maior resistência.
Mas em meio às acusações de que militares ajudaram e planejaram golpe de Estado contra Lula, na prisão dos “Kids Pretos” na semana passada, as conversas avançaram e o Ministério da Defesa aceitou os pedidos de Haddad para os cortes.
Segundo divulgado nesta quarta (20), as Forças Armadas aceitaram acabar com o benefício da “morte ficta”, dado a familiares de oficiais expulsos das Forças; acabar com a transferência da pensão entre filhas de militares; a instauração de uma taxa de 3,5% sobre os rendimentos dos militares para a contribuição previdenciária; e a aplicação da idade mínima de 55 anos para que os militares possam se aposentar.
Com a aceitação dos militares, o governo espera anunciar, em breve, o texto final dos cortes de gastos.
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Haddad o algoz do povo trabalhador, dos pobres, dos portadores de limitações além de pobres. A base do governo será estraçalhada! Ninguém em sã consciência vai apoiar tamanha aberracao.
O que adianta tirar de militares, juízes e parlamentares pra entregar pro rentismo?