Acordo entre Brasil e Cuba na área de medicamentos e vacinas “é um marco”, afirma ministra da Saúde

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

Acordo de cooperação será assinado pelo presidente Lula durante cúpula do G77+China

Ministras da Saúde, Nísia Trindade, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo brasileiro anunciou, no final desta sexta-feira (16), que o país deve retomar o acordo com Cuba para desenvolvimento em conjunto de produtos para a saúde. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a medida “é um marco, porque permitiu que o Brasil entrasse num campo tecnológico de ponta”.

O acordo, que foi firmado ainda em 2003, será retomado durante a viagem do presidente Lula (PT), ao país da América Central. O mandatário desembarcou nesta sexta-feira (15) em Havana, capital cubana, onde participa da cúpula do G77+China, grupo que reúne 134 países em desenvolvimento além da China.

De acordo com Trindade, que integra a comitiva brasileira, o convênio entre os países permitirá desenvolver produtos inovadores nas áreas de vacinas, medicamentos para doenças crônicas, como alzheimer e diabetes, além de remédios para gastrite a partir do uso de cana-de-açúcar.

“É todo um campo de inovação que eu quero demarcar aqui. A importância desse acordo é que o Brasil se beneficia de um conhecimento de ponta que Cuba desenvolveu, investimentos de anos nessa área. Nesse desenvolvimento conjunto, o Brasil entra com sua expertise em pesquisa clínica e a sua capacidade de produzir em escala, em laboratórios públicos e laboratórios privados”, disse.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

Lógica do ‘ganha-ganha’ 

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que o acordo pode colaborar também com a redução dos gastos na importação de remédios. 

“Eles atuam na área de investigação de doenças raras, diabetes e na fabricação de fármacos, que é uma das questões desafiadoras para o Brasil. Na balança comercial brasileira, nós temos um déficit de US$ 20 bilhões de dólares (com medicamentos). Então, tudo o que vier agregar desenvolvimento, pesquisa, conhecimento tecnológico é o que nos interessa. Por isso essa lógica do ‘ganha-ganha’ é tudo o que nós desejamos”, disse.

A ministra também afirmou que a intenção do governo brasileiro é que o memorando de entendimento firmado em 2002 com o governo cubano seja retomado, com a indicação de um novo comitê gestor, para que a cooperação bilateral volte a ser a tônica das relações. A quarta e última reunião desse comitê foi em 2010.

“Nós queremos retomar, não só na área do complexo industrial de saúde, mas em outras áreas mais abrangentes, como a bioeconomia. Queremos fazer uma nova reunião do comitê em 60 dias. É uma relação em que a gente aprende e aquilo que a gente tem mais expertise a gente oferece, a gente procura uma lógica de cooperação e parceria saudável, que faz com que a gente encontre soluções pro Brasil e pra Cuba”, explicou a ministra.

Com informações da Agência Brasil

Leia também:

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador