
Fernando Pimentel é uma das vítimas do lawfare bruto forjado na esteira da Lava Jato. Perdeu a reeleição para o governo de Minas Gerais após ter sido denunciado inúmeros vezes no âmbito da Operação Acrônimo. A grande mídia fez escarcéu a cada “novidade” criada pelo Ministério Público ou Polícia Federal, sem nunca dar espaço equivalente para o petista se defender. Agora, ele coleciona vitórias na Justiça e derrota a Operação Acrônimo dentro do devido processo legal. A verdade, diz ele nesta entrevista exclusiva à TVGGN, se restabelece aos poucos. Embora a a perseguição pelos meios legais tenha detonado o PT em Minas na eleição de 2018, Pimentel já é capaz de fazer planos para 2022.
Na entrevista a Luis Nassif e Marcelo Auler, na TVGGN, Pimentel conta o desenrolar de seus processos na Operação Acrônimo. “Passados sete anos dessa confusão toda, tenho nove decisões judiciais, ou de absolvição ou de arquivamento de inquéritos. Está desmontando totalmente a Operação Acrônico.”
“O que havia era, de fato, um esquema de arrecadação financeira usando meu nome ainda como ministro da presidenta Dilma, por um cidadão que era prestador de serviços eleitorais. Ele usou meu nome e montou um esquema paralelo para proveito próprio. Fizemos um levantamento pericial do patrimônio do delator, e é uma coisa extraordinária. Ele enriqueceu com o dinheiro que se apropriou dizendo que, supostamente, estava arrecadando para uma campanha eleitoral. Eu jamais autorizei ou soube disso. Mas aos poucos a verdade vai aparecendo.”
Para fisgar Pimentel, a Operação Acrônimo simulou que o processo teria relação com uma investigação para apreensão de drogas. Assim, conseguiram, inicialmente, escapar da Justiça Eleitoral.
O PAPEL DA MÍDIA
“Pra mim foi um desgaste pessoal, familiar, político gigantesco”, relatou Pimentel. “[O Estadão, que noticiava constantemente as denúncias contra o petista] nunca me procurou. Não procuram. Eles dão a matéria do jeito que recebem da PF ou do MPF, e como nós sabemos, havia ali na PF e MP um grande conluio (…) político e partidário para ataque ao PT, principalmente contra o ex-presidente Lula, mas também contra outros políticos de projeção, e eu fui colhido nessa tempestade. Agora está sendo esclarecido, dentro do devido processo legal.”
DERROTA ELEITORAL
Pimentel atribui sua derrota na tentativa de reeleição aos ataques que sofreu na Operação Acrônimo, associados a dificuldades no primeiro mandato, fruto de bloqueio que sofreu a partir da entrada de Michel Temer no governo federal.
“Sofremos aqui no governo de Minas um bloqueio avassalador por parte do governo Temer. Perdemos mais de 20 bilhões de reais de repasses federais. Dilma e Lula nunca retaliaram o PSDB em Minas. Comparado o que o PSDB recebeu quando governou, com o que nós recebemos para governar Minas, há uma diferença de 20 bilhões de reais.” Além disso, lembrou ele, a questão da previdência pública em Minas é outro problema estrutural que estourou em suas mãos.
“Esse quadro todo impossibilitou a minha reeleição, ainda que tenhamos feito uma grande bancada de governadores estaduais e federais. (…) Agora, com a retomada da campanha de Lula, as coisas estão melhorando.”
O ex-governador já cogita uma candidatura ao Legislativo em 2022.
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Foi o responsável pela aliança com Aécio, que tirou o PT do governo de BH e depois o levou ao Palácio da Liberdade. Foi crucificado pelo Aécio e a operação Vaza a jato.
Pimentel é um covarde. O único momento na História da República em que Minas viu, calada, os fatos transcorrerem sem que seu governador se pronunciasse de maneira altiva foi no golpe contra Dilma. Pimentel não cumpriu sua tarefa como governador, defendendo a democracia e o mandato de Dilma. Vergonha. Além disso, é um traidor. Traiu Patrus e o PT ao se aliar a Aécio/Anastasia/Andreia para eleger e reeleger Márcio Lacerda. Como prefeito, destruiu a construção política de Patrus e Célio de Castro em Belo Horizonte. É, provavelmente, o principal parceiro, aliado e cabo eleitoral de Aécio/Anastasia/Andreia e, agora, de Zema.