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Comentário ao post “O mapa das intenções de voto em São Paulo“
Oi, Arthemísiaa
Bom, você pode estar certa, mas o que falei sobre Haddad em S.P. é, pelo menos neste caso, o contrário. Ele está fraco na periferia, onde não havia ódio à sigla, ao contrário. Mas o eleitor se dividiu entre ele e Russomanno.
Nos bairros centrais está onde costumava ser, mas no 1º turno, quando Russomanno capta os votos.
O que é diferente é nas simulações de 2º turno, Haddad vs Serra. Essa é uma situação que não deve ocorrer, mas a simulação foi feita e nos deu informação.
Na faixa de maior renda, que é sempre apelidada de “conservadora” ou “classista”, Haddad teve 44% das intenções de voto [(38+48)/86]. E isto nesta pesquisa mais recente do Datafolha em que ele caiu e Serra subiu, se procurarmos a pesquisa de dias antes estava quase empatado.
44% vis-a-vis 56%, numa cidade em estado tão tucano, tão acostumados que se está em votar no PSDB, não é mais ódio (que pode haver também dentro dos 56%, claro), mas resultado de escolha.
Vou tentar achar a pesquisa em que Haddad estava ainda melhor. Se encontrar retorno.
Agora isso de Haddad ser bem o tipo classe média. É, vai ver justamente por isso está bem nos acima de 10 S.M. A distribuição de votos dele por faixas de renda ficou bem parecida com a de Serra. Um pouco menos no topo, um pouco mais na base.
Mas a coisa é porém um pouco mais complicada. Apesar do sucesso de duas administrações Lula, e do maior tempo de TV desde o sucesso eleitoral de 2002 (deve ter mais ou menos dobrado de 2002 para 2006), o PT não está aumentando sua votação para deputados e vereadores. Em SP até tem mantido a de deputados estaduais, mas vereadores estão caindo.
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