
O interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Ricardo Cappelli, afirmou nesta terça-feira (10) que a invasão de terroristas bolsonaristas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, foi viabilizada por um ato de sabotagem do ex-secretário da Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
No último domingo (8), a democracia brasileira foi colocada à prova por criminosos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que não aceitam os resultados da eleição presidencial que elegeu Lula (PT). Em uma tentativa de golpe, os terroristas invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.
Segundo Cappelli, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça de Bolsonaro, sabotou o sistema de segurança da capital federal ao mudar todo o comando da secretaria e viajar para os Estados Unidos.
“Volto a dizer: a responsabilidade central no domingo foi a falta de comando. Foi uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres, que deixou a secretaria sem direção, sem liderança e fugiu para o exterior”, disse o interventor em entrevista à CNN Brasil.
Cappelli ainda comparou o sistema de segurança do DF entre a festa da posse de Lula, em 1 de janeiro, e no final de semana das invasões.
“No dia 1º, tivemos uma posse com milhares de pessoas e uma operação de segurança extremamente exitosa. O que mudou para o último domingo, dia 8, foi que, no dia 2, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança, exonerou todo o comando e viajou. Se isso não é sabotagem eu não sei o que é”, ressaltou.
Ainda no domingo, Torres foi exonerado do cargo pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao STF a prisão dele.
“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”
“O que aconteceu não ficará impune”
Já em entrevista à Rádio Gaúcha, também nesta terça-feira, Cappelli reforçou que as ações golpistas não foram espontâneas e sim planejadas e financiadas por pessoas “que atentam contra o Estado democrático de direito”.
“O que podemos adiantar no momento é que o que aconteceu não foi algo espontâneo, de uma mobilização coletiva, não. O que aconteceu foi algo estruturado, planejado, financiado por pessoas que atentam contra o Estado democrático de direito”, disse.
O interventor também reiterou que todos os participantes serão identificados e responsabilizados pelo terrorismo.
“O que aconteceu foi algo planejado, estruturado, financiado por empresários e todos serão identificados e punidos. O povo brasileiro pode ter certeza que o que aconteceu no domingo não ficará impune”, destacou.
Após o decreto de intervenção federal no DF, centenas de bolsonaristas já foram presos. Nesta tarde, um novo balanço com o número de presos no ginásio da Academia de Polícia Federal será divulgado.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
O governo só não pode perder a agenda e virar “delegacia de polícia” , era para para o sr Haddad estar no noticiário, ele sumiu. Creio que a ideia original da invasão era ocupar os prédios e parar a administração , estão fazendo o jogo dos caras.
Retomar a pauta.
Non sequitur:
Sobre a invasão ao Planalto, um golpista vindo de Santa Catarina afirmou que “um comandante do Exército falava para que os manifestantes fizessem uso de uma saída de emergência, convidando-os a sair, mas na sequência a tropa de choque da PMDF chegou e deu voz de prisão ao declarante e também a outros indivíduos”.
Ele disse também que “tentou evitar que infiltrados danificassem o local ou que machucassem pessoas, tendo inclusive se colocado entre a tropa de choque e os manifestantes”.
O Golpista Terrorista afirma que tentou evitar que infiltrados danificassem o local ou que machucassem pessoas, se colocando não entre os infiltrados e os manifestantes, mas entre a tropa de choque e os manifestantes. Ou será que a tropa de choque estava infiltrada?