
A diferença entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula caiu 6 pontos de acordo com a Pesquisa Genial/Quaest de abril. As duas mil entrevistas, feitas entre 30 de março e 3 de abril, em 127 municípios, apontam que, se a eleição fosse hoje, Lula teria 45% das intenções de voto contra 31% de Bolsonaro no primeiro turno.
Em março, Lula tinha 46% contra 26% de Bolsonaro. Na série histórica da pesquisa Genial/Quaest, é a primeira vez que Bolsonaro aparece acima dos 30% da intenção de votos. O resultado converge com a pesquisa Ipespe divulgado ontem, em que Bolsonaro também reduz a diferença para Lula e chega ao patamar dos 30%.
A Quaest perguntou aos eleitores se eles preferem Lula, Bolsonaro ou “nem Lula, nem Bolsonaro”. O resultado foi que cresceu 5 pontos os que preferem Bolsonaro (de 26% para 31%), e caiu 5 pontos o índice da terceira via (de 25% para 19%). Já Lula cresceu de 44% para 46%, dentro da margem de erro de 2 pontos.
Bolsonaro também cresceu na pesquisa espontânea, de 19% em março para 22% em abril. Enquanto isso, Lula oscilou de 27% para 28%.
Na pesquisa estimulada de primeiro turno, Lula tem 45% das intenções de voto, contra 31% de Bolsonaro. Antes, o atual presidente estava com 26%. Outros candidatos caíram de 19% para 12%.

No segundo turno, Lula tem 55% contra 34% de Bolsonaro, sendo que Bolsonaro vem crescendo nos últimos meses, enquanto Lula está estável.

Lula ainda vence todos os candidatos no segundo turno, mas a diferença é menor quando compete com Bolsonaro.

Na análise da Quaest, as movimentações políticas de Sérgio Moro e do ex-governador João Dória tiveram impacto direto na melhoria dos números de Bolsonaro.
Na semana passada, Doria ameaçou abandonar a corrida presidencial e Moro mudou para o União Brasil, que obrigou o ex-juiz a recuar do sonho de ocupar o Palácio do Planalto. Os partidos de direita afirmam que vão anunciar o candidato único até 18 de maio.
Segundo a pesquisa, se Moro saísse hoje, dos 6 pontos que apresenta nas intenções de voto, dois iriam para Bolsonaro e os outros quatro se diluíram entre Lula, o ex-governador Ciro Gomes, e o próprio Dória. O número de brancos/nulos também cresce. Ciro, hoje, oscila entre 5% e 7%, de acordo com o cenário.
Para Doria, há ainda outra má notícia: pela primeira vez, seu índice de rejeição ultrapassou o de Bolsonaro. Ele alcançou 63% contra 61% do atual presidente.
A pesquisa mostra ainda que o número de indecisos caiu de 48% para 46% e que 64% dos eleitores que já escolheram um candidato dizem que não mudam mais. Esse número é de 69% entre os apoiadores de Bolsonaro e 76% entre os que preferem Lula.
“Estamos vendo dois fenômenos: a volta dos eleitores do presidente ao ninho bolsonarista e o desencanto dos eleitores com o possível surgimento de uma terceira via. Há uma tendência de os votos do Moro, principalmente, migrarem para o Bolsonaro”, observa o CEO da Quest, Felipe Nunes.
De maneira geral, a avaliação do governo vem dando sinais de recuperação. Hoje, 47% dos brasileiros classificam como negativa a administração de Bolsonaro. No mês passado, eram 49%. Em contrapartida, em março, 24% dos brasileiros consideravam positivo o governo. Este número, agora, é de 26%.

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