Bolsonaro enfrentará Moraes para ir à posse de Trump

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Ex-presidente acredita que ministro do STF não negaria um pedido envolvendo o “cara mais poderoso do mundo”

Bolsonaristas aderem ao discurso de serem alvos da censura e da violência da esquerda e comparam o ataque ao sofrido por Bolsonaro em 2018
Foto: Alan Santos/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (6), que irá solicitar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação do seu passaporte para ir à posse de Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos esta semana. A cerimônia acontecerá no dia 20 de janeiro de 2025, em Washington.

Inelegível até 2030 e proibido de sair do país, Bolsonaro já teve ao menos três pedidos de viagem internacionais negados por Moraes. Desta vez, a estratégia do ex-presidente prevê que aliados busquem diretamente o ministro, a partir do intermédio de Michel Temer (MDB), segundo informações de Bela Megale, no Globo.

De acordo com a coluna, um dos argumentos que os interlocutores bolsonaristas usarão junto ao STF é que uma nova negativa reforçaria a tese de “perseguição” contra Bolsonaro e “emparedaria” a Corte. 

Já em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-presidente se mostrou confiante por acreditar que Moraes não negaria um pedido envolvendo o “cara mais poderoso do mundo”.

Se o Trump me convidar, eu vou peticionar ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral], ao STF. Agora, com todo o respeito, o homem mais forte do mundo… você acha que ele vai convidar o Lula? Talvez protocolarmente”, disse Bolsonaro. “Quem vai convidar do Brasil? Talvez só eu. Ele [Moraes] vai falar não para o cara mais poderoso do mundo? Eu sou ex. O cara vai arranjar uma encrenca por causa do ex?”, acrescentou.

Na ocasião, Bolsonaro ainda falou sobre a proximidade que tem com Trump, assim como seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que esteve em Mar-a-Lago, na Flórida, na terça-feira (5), onde o republicano recebeu convidados para acompanhar a apuração da eleição.

Vou peticionar ao Alexandre. Ele decide. O Eduardo tem amizade enorme com ele [Trump]. Tanto é que de 85 convidados, ele foi e botou mais dois para dentro, o Gilson [Machado, ex-ministro] e o filho do Gilson. Ele me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixona por alguém de graça, né? Essa paixão veio da forma como eu tratava ele, sabendo o meu lugar”, afirmou.

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