Bolsonaro retorna ao Brasil com o peso da responsabilidade pela invasão dos Poderes, aponta Ipsos

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Levantamento mostra que a maioria dos brasileiros acreditam que o ex-presidente deve ser responsabilizado pelos atos criminosos

Foto: Arquivo/Alan Santos/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou ao Brasil na manhã desta quinta-feira (30), após passar noventa dias nos Estados Unidos. O político, que quer reassumir o papel de principal líder da extrema-direita, volta ao país na mira da Justiça.

Bolsonaro deixou o Brasil no final de dezembro, antes do fim do mandato, para não passar a faixa presidencial ao presidente eleito Lula, em mais um ato contra o processo eleitoral, que colocou em xeque com suas declarações falsas.

Em 8 de janeiro, bolsonaristas negacionistas protagonizaram atos terroristas em Brasília, quando invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Bolsonaro deverá prestar esclarecimentos à Justiça sobre as ações criminosas envolvendo seus apoiadores.

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Para 70% da população, Bolsonaro tem responsabilidade por esses fatos e deve ser responsabilizado, de acordo com a pesquisa da Ipsos. Nesta questão, os entrevistados poderiam indicar mais de uma resposta e 39% culparam Lula pelos atos de terrorismo. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi apontado por 48% dos participantes.

O levantamento também mostrou que 81% da população brasileira não aprova os atos criminosos de 08 de janeiro. Por outro lado, 18% responderam que aprovam e 1% não soube responder.

Ainda, 70% dos participantes demonstraram preocupação com a possibilidade de novos atos criminosos deste tipo ocorrerem no país, enquanto 23% das pessoas não acreditam que essas ações não irão acontecer novamente. Já 7% não souberam responder.

A Ipsos entrevistou, por meio digital, 600 pessoas maiores de 18 anos, de todo país, no dia 10 de janeiro, dois dias depois dos ataques. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

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2 Comentários

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  1. Bozzonaro não é exatamente um líder, mas eminentemente um “ÍDOLO”. Isso acontece com estrelas de rock, galãs de novela, cantores sertanejos, etc., com diferentes níveis de fanatismo, seja lá o que faça ou deixe de fazer ou se comporte.
    O nível crescente e perigoso de submediocridade braZileira se constata quando se elege uma tranqueira dessas como presidente. Ou quando o presidente do maior partido (!) no Congresso sugere indicar uma micheque, digo michette, digo misheik como candidata à presidência. Ou quando elegemos um adolinquente mineiro com a maior votação do país. Ou quando elegemos fartamente Zambellis, Pazuellos, Mourões, Coronéis e pastores diversos, governadores Zemas, Tarcisios vendedores, Castros nos 3 maiores PIBs do país. Ou uma míRdia que não cria caso quando se indicam para o STF e a PGR e PF cupinchas terrivelmente fiéis mas faz barulho quando se suspeita da indicação de um Zanim ou defendem um bozista evidente mantendo juros pornográficos escudado em uma independência (que é diferente de autonomia responsável como se pode dar a filhos), desconectada daquilo que se chama governo.
    Enfim, haja Lula, o melhor que temos para o momento, para 9re)tentar melhorar este país nomeado por uma árvore dizimada, verbo que continua em pauta, há 523 anos.

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