Um estudo divulgado pela Universidade de Oxford, Reino Unido, detalha ao longo de 38 páginas como a política brasileira foi influenciada por bots na internet. Caso não saiba, bots são programas ou dispositivos que agem de maneira autônoma na internet — por exemplo, existem bots de contas falsas nas redes sociais, um dos pontos-chave nessa pesquisa.
Chamado de “Propaganda computacional no Brasil: Bots sociais durante as eleições”, o estudo mostra alguns dados: o PSDB gastou cerca de R$ 10 milhões em bots em Facebook, Twitter e WhatsApp durante a corrida eleitoral de Aécio Neves no final de 2014. Após a derrota para Dilma Roussef, os bots do PSDB continuaram agindo, porém foram reprogramados para divulgar o conteúdo de páginas como “Revoltados ON LINE” e “Vem Pra Rua”. No caso, o estudo diz que o Revoltados ON LINE contava com 16 milhões de bots do PSDB, enquanto o Vem Pra Rua tinha 4 milhões.
Na mesma época da corrida eleitoral, o PT também utilizou bots pró-Dilma Rousseff na internet. Contudo, “em uma escala muito menor”. Enquanto os bots do PSDB alcançavam cerca de 80 milhões de pessoas, os bots do PT ficavam nos 22 milhões. O estudo ainda comenta que, após o fim das eleições, os bots comprados pelo PT foram encerrados em sua maioria — e algumas contas apenas replicavam programas do governo.
“Após a eleição, todos os servidores e bots da campanha de Dilma foram desligados ou foram trabalhar para a presidente, o que significa que eles tinham regras a seguir, já que estava operando para o gabinete. Enquanto isso, os outros bots [PSDB, Aécio, Revoltados e Vem Pra Rua] não tinham regras a seguir”, disse um pesquisador brasileiro citado no estudo.
Uma das companhias que vendem esse serviço, chamada de “Brasil Liker”, vende curtidas em páginas no Facebook: são 50 likes por R$ 4,99 e 3 mil likes por R$ 200. Já para posts, a conta é R$ 90 por 10 mil curtidas. Agora, imagine o preço de um serviço automatizado e que une as três principais redes utilizadas por brasileiros — R$ 10 milhões?
As eleições municipais do Rio de Janeiro também contaram com bots. Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo, uma rede com 3,5 mil contas falsas no Twitter atacavam diretamente o candidato Marcelo Freixo (PSOL) postando 100 ou mais vezes por hora. O candidato contrário e atual prefeito, Marcelo Crivella (PRB), negou a conexão com os botnets.
“A tática de propaganda computacional usada durante as eleições de 2014 não parou após a eleição da ex-presidente Rousseff. Esses métodos foram usados para engajar pessoas em grupos opositores tanto à presidente quanto ao partido da presidente, o que aumentou os pedidos por impeachment, sendo concretizado em outubro de 2016”, diz o estudo.
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seja um bravo!
ou seja um
seja um bravo!
ou seja um bot….
Bravos permanecem ao lado dos justos. aos canlhas restam os covardes.
Sem crime, sem impeachment!
Que sujeirada.
Que sujeirada.
Até aqui no Blog a gente os vê
E agora muito mais sofisticados, chega a dar saudade dos trolls antigos (tipo Blaya, Aliança Liberal, etc) que só postavam asneiras claras e eram facilmente identificados como tal. Agora há estrategistas por trás, e a maioria dos trolls se fingem de esquerda, mas culpando Dilma e o PT por todos os males, semeando descrença e desânimo.
Mas isso só não vê quem não
Mas isso só não vê quem não quer.
A tática de guerrilha eletrônica empreendida pela direita vem desde 2000 e pouco. Já quando da desastrada campanha à reeleição de Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo, em 2004, os bots deitaram e rolaram em cima daquela peça horrível de “é casado? Tem filhos?” contra o Kassab. Cansei de receber e-mails repassados escritos por supostos “eleitores indignados” com Marta.
Enquanto isso, nossas “mentes estrategistas” pregavam o fim da propaganda pelo domínio do controle remoto.
E… SIM, estou falando de Dilma também. Tanto se fala na necessidade de autocrítica, pois é preciso reconhecer que os honestos também erram. O que Dilma tinha e tem de honesta não tinha e não tem de visão política.