O decreto que perdoou o deputado federal Daniel Silveira (PTB) da condenação do Supremo Tribunal Federal foi uma decisão do próprio presidente Jair Bolsonaro, que só consultou seus assessores mais próximos – incluindo militares.
Embora o núcleo político do Centrão não tenha sido consultado, as principais lideranças do bloco (PP e PL) apoiaram a edição do texto, segundo reportagem do jornal Correio Braziliense.
O confronto com a Corte conta ainda com o apoio dos militares, representados pelo general Braga Netto (cotado para ser o vice de Bolsonaro em futura chapa eleitoral), e com subsídios tanto do ministro da Justiça, Anderson Torres, quanto do advogado-geral da União, Bruno Bianco.
Também se pode dizer que o embate é de interesse bolsonarista, por conta do poder de mobilização do presidente junto à sua ala mais radical de apoiadores e de seus seguidores nas redes sociais.
Além disso, fontes ouvidas pelo jornal dizem que o indulto foi uma resposta de Bolsonaro ao que considera “excessos e erros” do Supremo, deixando claro que sempre que aparecer uma frente de embate contra o STF ela será utilizada.
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