Togas do STF não serviriam “como pano de chão”, diz Clube Militar

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Bolsonarista, presidente da entidade diz que indulto a deputado foi “respaldado em vontade popular”, referindo-se à eleição de 2018

Presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Clube Militar, general de divisão Eduardo José Barbosa. Foto: Facebook Clube Militar

O presidente do Clube Militar, general de divisão Eduardo José Barbosa, entrou no ataque contra as instituições ao defender o presidente Jair Bolsonaro por conta do indulto concedido ao deputado bolsonarista Daniel Silveira.

Em nota intitulada “Esperança Democrática”, Barbosa – um bolsonarista que negou a pandemia e chegou a defender um golpe contra a CPI da Covid, como publicado na revista Carta Capital – disse que o julgamento do Supremo sobre o caso Silveira tinha “o intuito de cercear o sagrado direito universal da Liberdade de Expressão, fundamento pétreo de uma Democracia”.

Na visão do general, o decreto “presidencial, legítimo e fundamentado em preceito constitucional” assinado por Bolsonaro foi “respaldado em vontade popular, referendada na eleição de 2018”.

E Barbosa foi além, ao afirmar que o indulto “restabeleceu o estado de direito, constantemente ignorado por alguns Ministros da Suprema Corte com suas interpretações parciais e antipatrióticas, alinhadas com o pensamento de políticos de esquerda, que insistem no retorno ao poder de criminosos, mas que não convencem nem o pior estudante de Direito”.

“Lamentável termos, no Brasil, Ministros cujas togas não serviriam nem para ser usadas como pano de chão, pelo cheiro de podre que exalam”, disse o general.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

4 Comentários

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  1. O único trunfo do bozo fundado na “vontade popular ” são as motociatas de otários que ele faz de vez em quando.
    Ah! e os manifestações do cercadinho também. Isso quando não aparece algum estrangeiro pra dizer que o governo dele acabou.

  2. Fardas quando endossam excrescências como essas, expelidas pelo Deputado agraciado pelo Presidente da República, “Fala, pessoal, boa tarde. O ministro [Edson] Fachin começou a chorar, decidiu chorar. Fachin, seu moleque, seu menino mimado, mau caráter, marginal da lei, esse menininho aí, militante da esquerda, lecionava em uma faculdade, sempre militando pelo PT, pelos partidos narcotraficantes, nações narcoditadoras.” – O que acontece, Fachin, é que todo mundo já está cansado dessa sua cara de filho da puta que tu tem. Essa cara de vagabundo, né. Decidindo aqui no Rio de Janeiro que polícia não pode operar enquanto o crime vai se expandindo cada vez mais. Me desculpe, ministro, se estou um pouquinho alterado. Realmente eu tô. Por várias e várias vezes já te imaginei tomando uma surra. Ô? quantas vezes eu imaginei você e todos os integrantes dessa Corte. Quantas vezes eu imaginei você, na rua, levando uma surra. O que você vai falar? Que eu tô fomentando a violência? Não. Eu só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda sim não seria crime. Você sabe que não seria crime. Você é um jurista pífio, mas sabe que esse mínimo é previsível.

    – “Então, qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência, após cada refeição, não é crime.”, cheiram muito mal.

  3. Imagino também que existam muitas fardas manchadas do sangue das torturas, dos assassinatos e de sabe-se lá mais o que. Fardas que nem o fogo e muito menos toda mordomia do Clube Militar eliminaria seu mau cheiro.

  4. Em termo de ideologia, o exército brasileiro atual não deve nada ao exército alemão da década de 1930. Em termos práticos, o exército alemão pelo menos teve lá alguma utilidade para os propósitos a que se destinava então, diferentemente do exército brasileiro, que em 200 anos de história JAMAIS fez qualquer coisa de útil para o país ou sua gente, muito pelo contrário.

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