
O governo Lula vem enfrentando dificuldades de manter apoio no Congresso Nacional. Entre as conclusões da nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta (22), enquanto a estratégia de dissipar o diálogo dos parlamentares junto a todos os ministros vem surtindo efeitos e, apesar de os deputados reconhecerem o desempenho do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a avaliação do governo Lula junto aos deputados caiu.
Essa última conclusão é a primeiro do relatório: aumentou a avaliação negativa do governo Lula entre os deputados federais, de 33% no ano passado para 42% este ano, e caiu a avaliação positiva de 35% para 32%.
É a mesma consideração sobre se o Brasil está indo na direção certa (hoje minoria, 38%) e errada (a maioria, 52%).

A mudança se deve, segundo análise de Felipe Nunes, diretor da Quaest, ao setor ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que se classificam como “independentes” e representam 26% do plenário da Casa.
O resultado da orientação de Lula
Por outro lado, a pesquisa divulgada hoje também é resultado de uma estratégia adotada pelo governo Lula, de envolver não somente o ministro de relações institucionais, Alexandre Padilha, mas toda a equipe ministerial do governo, em diálogos com os parlamentares.
A pesquisa mostra que a grande maioria dos deputados reconhece ter sido recebido por ministros, e mais de uma vez. A maioria dos governistas foram recebidos mais de 6 vezes, a maioria dos independentes mais de 4 vezes e a metade da oposição foi recebida, pelo menos, 1 vez.

Ainda, na avaliação dos deputados, uma parcela significativa confirma que seus pedidos foram atendidos: 65% dos governistas, 44% dos independentes e 18% da oposição.
Falta de interlocutor claro x Reconhecimento de Padilha
Entretanto, essa orientação do presidente Lula de envolver todos os Ministérios em diálogos com o Congresso também acarretou em efeitos negativos: a maioria não enxerga um interlocutor claro do governo federal para dialogar.
Para 43% dos deputados, o governo “não tem um interlocutor”. Quando os nomes são citados, a maioria reconhece que é Padilha quem exerce esse papel. As outras porcentagens ficaram divididas entre demais ministros e outras figuras de governo.

Apesar de a pesquisa não apontar essa conclusão, para Felipe Nunes, “a consequência objetiva dessa falta de interlocução é que diminuiu o percentual de deputados que acreditam que o governo vai ter sucesso em sua agenda legislativa”.
Impacto do Congresso nas eleições municipais 2024
O pesquisador lembra, ainda, da importância dos parlamentares na aprovação tanto de agenda de governo, quanto das eleições municipais deste ano, nos quais 80% dos deputados afirmam que pretendem “se envolver muito” no pleito.

O levantamento foi feito entre os dias 29 de abril e 20 de maio, junto a 183 deputados, o que são 36% de toda a Casa legislativa. Apresenta uma margem de erro de 4,2 pontos percentuais.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Me parece uma amostra muito enviezada, para se fazer uma pesquisa, que eu diria o instituto Quaest já poderia ter previsto o resultado. Dia após dia a QUaest faz pesquisas e supostamente não estamos sequer em período eleitoral. Me parece que estas são formas de influenciar, eleição do presidente da Câmara assim como as outras vão em busca do candidato ‘moderado’.