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Nota da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia
A eleição não está ganha e há desemprego e fome em larga escala
Nossa associação foi criada em um momento em que as mais elementares características de uma democracia estavam em risco no Brasil. Temos hoje, a nove dias das eleições, muitas indicações que voltaremos a ter um democrata na presidência. Não é, no entanto, hora de cantar vitória por duas razões fundamentais: os inimigos da democracia estão fortemente mobilizados, as forças neofascistas ainda estão no poder e não vão aceitar a possível derrota facilmente, e, ainda mais importante, a fome e o desemprego torturam milhões de nossas irmãs e nosso irmãos.
As medidas econômicas tomadas pelos governos Temer e Bolsonaro somente fizeram agravar o sofrimento de grande parcela da população brasileira. Mesmo com uma pequena melhora no emprego ainda temos 24,3 milhões de pessoas subutilizadas no Brasil. São pessoas desempregadas, que trabalham menos do que poderiam ou que pararam de procurar uma ocupação por desalento. Nossa associação apoiará todas as medidas do novo governo que visem dar ocupação e dignidade a esse enorme contingente de brasileiras e brasileiros desamparados. Apoiaremos medidas de curtíssimo prazo que aliviem a insegurança alimentar de mais de 33 milhões de brasileiros e brasileiras.
“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn “
A eleição não está ganha. Faltam poucos dias e crescem as esperanças de que o próximo governo será guiado por princípios democráticos, mas as boas notícias, em vez de arrefecer nossa luta, devem servir para impulsionar nossa motivação e nosso ativismo. Conclamamos as economistas e os economistas, que prezam a democracia e lutam por uma sociedade mais justa, se manterem unidos e fortalecerem nossa militância nessa reta final.
Associação Brasileira de Economistas pela Democracia
23 de setembro de 2022
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A recuperação econômica do País passa pela vontade de que esse crescimento possa acontecer. O Brasil é possui um PIB quer seja nominal ou pela paridade de compra entre os maiores do planeta. Nem por isso muda a realidade em relação a miséria de grande parcela da sociedade. De que enquanto como um todo existe um empobrecimento geral da sociedade, um número de milionários tem surgido, demonstrando que apesar desse volume de pobreza e miséria há quem ganhe mesmo sem o desenvolvimento do País. Essa democracia sem povo, em que o único momento de importância da maioria da população é somente agora na hora das disputas eleitorais. Mesmo sem crescer, ou com crescimento pífio, o Brasil mantém um PIB que dá fortuna para muitos. Embora com relação à marcha do desenvolvimento, o País permanecer longe daqueles que rumam em direção a essa conquista, isso não afasta o interesse de quem busca explorar outros meios de ganhar dinheiro aqui dentro. Se não houver a decisão conjunta do Brasil alcançar melhores níveis de desenvolvimento, sabendo que isso é decisão do País e requer esforço de superação, objetivos; nenhum governo vai mudar o quadro que é triste para muitos e considerável para alguns.