O edifício bolsonarista está caindo, e Augusto Aras é o próximo a pular fora

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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A reunião de Bolsonaro com embaixadores para atacar as urnas virou o evento catalisador de sua ruína, diz analista. Assista na TVGGN

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O encontro de Jair Bolsonaro com embaixadores de diversos países para lançar ao mundo suspeitas infundadas contra as urnas eletrônicas entrará para a história como o evento catalisador da ruína de seu governo.

Após a reunião vexatória, inúmeras instituições e figuras públicas brasileiras marcaram posição em defesa da lisura do processo eleitoral e do respeito ao resultado das urnas. Até mesmo as associações mais representativas da Polícia Federal, da Abin, e os militares da ativa deixaram claro que não estão ao lado do discurso golpista.

Somente impera o silêncio de duas figuras: de Arthur Lira, o presidente da Câmara submisso às vontades Bolsonaro graças ao Orçamento Secreto, e de Augusto Aras, procurador-geral da República que precisará, muito em breve, decidir de vale a pena queimar sua biografia servindo de escudo para o presidente mais inepto da história.

Se tivesse de apostar, o jornalista e comentarista da TVGGN, Cesar Calejon, referência nos estudos sobre o bolsonarismo, Aras será o próximo a pular fora do barco de Bolsonaro, que está afundando.

“O edifício bolsonarista está ruindo e o processo foi catalisado amplamente pelo episódio dos embaixadores. (…) Diferentes dimensões da vida pública deram um basta depois do que ele fez. Ele está tentando ver o que ainda resta para manter o apoio de figuras como o Aras. Porque o Aras vai ser o próximo. Um pouquinho mais, o Aras pula fora. Cabe ao Aras pensar neste momento se quer jogar a biografia fora por causa de uma figura que vai para a lata do lixo da história”, disse Calejon.

OS RISCOS A PARTIR DE AGORA

Para Calejon, o cenário atual, embora desfavorável a Bolsonaro, não significa que os riscos à democracia em 2022 diminuíram. Ao contrário. Grupos outrora alinhados ao bolsonarismo podem “calcular” que Bolsonaro “hoje vale mais sendo descartado do que presidente da República. Daí, para se organizar algum tipo de atentado para que se tente imputar alguma responsabilidade à esquerda, é um passo. Temos que estar atentos.”

O jornalista Luis Nassif concordou com a análise de Calejon sobre o iminente desembarque de Augusto Aras. “Eu tenho confiança de que Aras, eventualmente, vai chegar no ponto de não retorno.”

O PGR, que também é o chefe da Procuradoria-Geral Eleitoral, terá de decidir se acolhe pedido de dezenas de procuradores da República para processar Bolsonaro pelo ataque às urnas.

Assista a entrevista abaixo:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. 1) A biografia já está bastante chamuscada. 2) Todo cuidado é pouco no sentido de manter vivo o assassino de Foz do Iguaçu. No momento ninguém melhor do que ele para ser alvo de um atentado por parte da “esquerda”.

  2. Um dos problemas da democracia (o menos pior sistema político de todos) é a tolerância mesmo à aberrações, até que estas a destruam, como foi num crescendo dos anos 1920 aos 40 àquela à Adolf e seu nanico (mas hiperativo) partido e seus fanáticos e idólatras seguidores, lembrando que o psicopata chegou até a ser preso (para eXcrever Mein Kampf?).
    Um exemplo pode ser encontrado aqui mesmo neste bom artigo, quando se fala em “um pouquinho mais”…
    Komassim?
    Desde antes de ser presidente, o adolinquente vomita e excrementa diariamente uma avalanche, uma enxurrada de mentiras, xingamentos, proBostas, ignorâncias, visões idiotas, ameaças e outros tantos absurdos.
    São centenas de crimes cometidos de todos os tipos, mas a democracia lhe condescende o direito até de ‘fazer graça” a delinquentes condenados pela suprema corte, apenas para satisfazer seu orgulho de, tendo sido desprezado e vomitado de suas obsessivamente amadas FFAA (pensa que o mundo é apenas um quartel), agora poder dizer-se ser (e não estar) seu chefe (ou até “dono”!), ó gloriosa vingança!
    O pior é que o tempo de tanta tolerââââância já deu e agora estamos sujeitos a um blefe (ele é covarde) que de tanto se discutir pode se auto-realizar…
    Ou a glória democrática de tirá-lo pelo voto.
    Sem esquecer que este presepeiro de 5a.série e os valores que ele diz representar são misteriosamente apoiados fanaticamente por pelo menos 1 em cada 4 brasileiros, o que é e continuará sendo um péssimo sinal.
    Afinal que sociedade é essa que estaremos construindo ou desconstruindo?

    PS: E pensar que a China, há uns ~30 anos atrás (Collor / FHC) tinha um PIB menor que o nosso), enquanto discutimos arminhas e pirokas.

  3. Prezados (as);
    – Não acredito em A. Aras; A. Lira, Gal. B. Netto, M. Temer…ou seja, são TODOS “golpistas”;

    – Penso que se a oposição ganhar no 1o. Turno, tem chance, visto que “NÃO ACREDITO 2o. Turno”;

    – Ou seja ACREDITO em “GOLPE”…!!!

    A J Zanuzzo

  4. O mundo inteiro (?) se curva a esse prodígio da ciência brasileira, a máquina perfeita que ninguém quis comprar até hoje. Bolsonaro não está blefando sozinho.

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