Em reunião com embaixadores, Bolsonaro distorce a verdade

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Não satisfeito em falar inverdades sobre os inquéritos da Polícia Federal também atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)

Reprodução TV BrasilGov

Jair Bolsonaro se reuniu com embaixadores hoje, em Brasília, e abusou do direito de distorcer a verdade. Deu nova versão a dados da própria Polícia Federal e criticou os ministros do STF e TSE, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Atacou novamente as urnas eletrônicas e baseou seu discurso no ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2018. Bolsonaro afirmou que a Polícia Federal concluiu que os hackers poderiam alterar os dados fornecidos às urnas eletrônicas.

“Segundo o inquérito, os hackers ficaram oito meses nos computadores do TSE e, ao longo do inquérito, houve a conclusão de que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar fotos, transferir uma informação para outro. O próprio Tribunal Superior Eleitoral concluiu que há várias maneiras de se alterar o processo de votação”, disse Bolsonaro.

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A distorção fica por conta de o inquérito não ter concluído que houve fraude no sistema de votação de 2018 ou que tenham sido adulterados os resultados. O próprio TSE afirmou que os hackers não representaram risco à integridade das eleições de 2018.

Bolsonaro usou seu cargo para desacreditar o TSE e atacar o STF.

Não satisfeito em falar inverdades sobre os inquéritos da Polícia Federal também atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Bolsonaro disse, novamente, que Fachin foi o responsável pela libertação do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas atuais.

Atacou Barroso dizendo que foi indicado por Lula por ter atuado no processo de extradição do italiano Cesare Battisti.

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3 Comentários

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  1. Ainda que os problemas das urnas procedessem o presidente chamou embaixadores para discutir uma questão interna nossa , só faria algum sentido se algum país estrangeiro estivesse causando o problema.
    Ao mesmo tempo diz que não precisamos de observadores estrangeiros.
    Quando usou o “nós” foi para falar como Exército do qual é o chefe mas o faz em nome da nação civil.
    Lé sequer atendeu ao telefonena de Cré.

  2. Que será que estão achando agora quem promoveu o golpe! Barroso e Fachin? Queriam que o Lula apodrecesse na prisão para eleger este protozoário.

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