A possibilidade de existência de outras gravações efetuadas pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL) no período em que chefiava a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) tem preocupado aliados e a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A família já mostra preocupação com o teor do registro que está nas mãos da PF, e Bolsonaro inclusive mostrou incredulidade com o fato de um diretor da Abin gravar o presidente – a existência de tal gravação nas mãos da PF chegou a ser chamada de “traição” por alguns bolsonaristas, como destaca o jornal O Globo.
Segundo a representação da Polícia Federal, a gravação em questão mostra o general Augusto Heleno, então chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) – entidade à qual Abin é subordinada – conversando com Ramagem e Bolsonaro e “possivelmente a advogada do senador Flavio Bolsonaro” sobre “as supostas irregularidades cometidas pelos auditores da Receita Federal”.
Essa reunião teria como objetivo discutir a blindagem do senador Flávio Bolsonaro (PL) no caso das “rachadinhas”. A PF destaca que, no áudio, “é possível identificar a atuação do Del. ALEXANDRE RAMAGEM indicando, em suma, que seria necessário a instauração de procedimento administrativo contra os auditores da receita com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.
A questão pode, inclusive, afetar a campanha de Ramagem para a prefeitura do Rio de Janeiro – o deputado federal foi escolhido uma vez que Bolsonaro vetou o nome do senador Flávio Bolsonaro (PL) para a disputa e o seu vice-presidente, general Braga Netto, não pode disputar cargos eletivos.
Pesquisa Datafolha realizada no início do mês coloca o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), na liderança isolada da disputa, com 53% das intenções de voto. Ramagem aparece na terceira colocação, com 7%.
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