O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que recebeu o pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) na sede do governo no último final de semana, foi delatado pela Operação Lava Jato em 2017.
Casagrande apareceu na lista de políticos citados por colaboradores premiados da Odebrecht. O governador foi acusado de ter recebido caixa 2 da empreiteira nas eleições de 2010 e 2014. Ele negou todas as acusações à época.
Enquanto PT e PSB costuram uma aliança para a eleição de 2022, com possibilidade de virar uma federação, Casagrande exibiu o racha no partido ao receber Moro, o ex-juiz e grande maestro da Lava Jato, mesmo após ter sido delatado.
Casagrande teria atendido a um pedido de seu secretário de Planejamento, Gilson Daniel, que é presidente do Podemos no Espírito Santo.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, teria solicitado reunião com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para esclarecer a situação e explicar que o encontro se deu dentro do “contexto de manutenção de alianças locais”.
“O governador do Espírito Santo quer contar com o apoio do Podemos para a sua reeleição.” A informação é de Notato Viegas, em O Bastidor.
No Twitter, Casagrande foi criticado por petistas e acabou comentando em uma publicação do subsecretário estadual de Política Sobre Drogas, Carlos Lopes, que disparou: “O PT quando esteve no poder fez aliança até com satanás, agora vem querer regular quem o governador recebe? Me poupem desse falso moralismo ou puritanismo ideológico!”. O governador respondeu: “boa afirmação, amigo!!”.
Nesta segunda (14), Sergio Moro disse ao programa Pânico, da Jovem Pan, que mudou de ideia e decidiu se candidatar à Presidência porque “parte” do Congresso e do Supremo Tribunal Federal teriam acabado com o combate à corrupção e desfeito a maior ação da Lava Jato, que foi condenar e tornar Lula inelegível.
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