O indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante gravou um vídeo em que pede para que os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) parem com os atos de violência política em Brasília.
O cacique extremista foi preso temporariamente nesta segunda-feira (12), após determinação do ministro do Supremo Tribunal de Federal (STF), Alexandre de Moraes, que atendeu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PRG).
Após a ação, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) começaram uma série de atos violentos na capital federal, que incluiu afronta a policia, queima de veículos, cerco a shopping e tentativa de invasão do prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF).
“Quero pedir que os senhores que não venham fazer conflito, briga ou confronto com a autoridade policial. E venham viver em paz, não pode continuar o que aconteceu, infelizmente essa destruição dos carros, ataque à sede da Polícia Federal“, afirmou Serere Xavante, em uma gravação divulgada pela PF.
“Porque nós sabemos que somos povo, os senhores aí, o povo santo, o povo de bem, que não compactua com derramamento de sangue, com briga, com conflito“, continuou o indígena, que está na sede da PF.
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Convocação contra a diplomação
Na decisão sobre a prisão, Moraes destacou que o cacique “convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos“, que aconteceu ontem na capital federal.
O rosto de Serere Xavante já é conhecido nas redes sociais. Vídeos mostram discursos inflamados do indígena contra os resultados das urnas e em apoio a Bolsonaro.
Em uma ocasião, em 9 de dezembro, o cacique chegou a afirmar que o presidente eleito Lula (PT) não vai tomar posse, chamou os ministros do STF de bandidos e pediu para Bolsonaro decretar Garantia da Lei e da Ordem.
Serere Xavante participou, inclusive, de um ato em frente ao hotel onde Lula está hospedado durante a transição. O local precisou ter a segurança reforçada após o confronto dos bolsonaristas com a polícia ontem.
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