Por aldeney
nassif,
será que a imprensa do Brasil vai divulgar esse fato?
Do Opera Mundi
Pentágono proíbe 4 jornalistas de ir a julgamentos em Guantánamo
O Pentágono vetou nesta sexta-feira (7/5) quatro jornalistas, uma norte-americana e três canadenses, de cobrir futuros julgamentos em Guantánamo. Eles são acusados de ter revelado o nome de uma testemunha durante as audiências preliminares que começaram esta semana.
O jornal norte-americano The Miami Herald, cuja repórter Carol Rosenberg é uma das afetadas, informou que o Pentágono notificou os jornalistas de que não poderiam voltar a cobrir futuras comissões.
Segundo o Pentágono, houve violação de regras básicas ao publicar o nome de um ex-interrogador do exército que era uma das testemunhas nas audiências.
Os outros afetados são Michelle Shepard, do Toronto Star; Paul Koring, do Toronto Globe and Mail, e Steven Edwards, do Canwest, todos veículos da imprensa canadense.
O coronel David Lapan, diretor de Operações de Imprensa de Defesa, ressaltou que a proibição afeta os jornalistas individualmente, não as mídias de comunicação que representam, que poderão enviar outras pessoas às próximas audiências.
Os repórteres estavam cobrindo o julgamento do jovem canadense Omar Khadr, preso no Afeganistão e levado a Guantánamo com 15 anos.
O Pentágono pediu aos jornalistas que identificassem em seus artigos o ex-sargento do exército Joshua Claus como “interrogador um”.
No entanto, eles alegam que o nome de Claus é público desde 2005, quando foi acusado por uma corte militar de ter abusado dos presos na base norte-americana de Bagram no Afeganistão, e ter sido condenado por isso a cinco meses de prisão.
“Estamos cobrindo Guantánamo há anos, sempre cumprimos as normas e fizemos isso neste caso também”, disse Mindy Marques, chefe de redação do The Miami Herald, no site do jornal.
O tribunal militar de Guantánamo iniciou as vistas do julgamento por crimes de guerra contra Khadr no dia 28 de abril. Ele é o único cidadão de um país ocidental que permanece nessa prisão.
O preso, agora com 23 anos, supostamente lançou uma granada que matou um membro das forças especiais norte-americanas no Afeganistão.
A ONU e grupos internacionais de direitos humanos pediram a libertação do jovem argumentando que ele foi doutrinado e treinado pela Al Qaeda como um criança-soldado, e consideram que não deve ser condenado, mas reabilitado, como fez em outros conflitos.

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